terça-feira, 30 de agosto de 2011

Mercantil estreia em FIDC com captação de R$400 milhões

Reportagem de Aluísio Alves
http://br.reuters.com/

SÃO PAULO (Reuters) - O banco mineiro Mercantil do Brasil anunciou nesta terça-feira ter captado cerca de 400 milhões num Fundo de Investimentos em Direitos Créditos (FIDC) lastreado na concessão de crédito consignado a beneficiários do INSS.

A operação coordenada por Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, HSBC e Mercantil do Brasil Distribuidora teve nota "AAA" da Standard & Poor's. Os papéis oferecem ao investidor taxa de CDI mais 2,4 por cento ao ano. A participação em cotas subordinadas foi de 90 milhões de reais.

Segundo o diretor financeiro do Mercantil do Brasil, Cristiano Gomes, os papéis foram distribuídos entre 10 investidores institucionais. O prazo do fundo é de cinco anos.

O banco, que no final de 2010 venceu a licitação pela folha de pagamento dos aposentados e pensionistas do INSS no estado de Minas Gerais e no interior de São Paulo, tem 30 mil novos beneficiários a cada mês.

"Dependendo do desempenho dessa carteira, podemos fazer outras captações do tipo em 2012", disse Gomes à Reuters.

O crédito consignado foi uma das modalidades de empréstimos que o governo procurou esfriar com as medidas macroprudenciais tomadas no fim de 2010. Para Gomes, no entanto, essas medidas devem ter pouco impacto nos novos beneficiários.

A expectativa do banco é de que sua carteira de beneficiários do INSS atinja 1,8 milhão de pessoas até 2016.

O Mercantil do Brasil fechou o primeiro semestre deste ano com uma carteira de crédito total de cerca de 7,5 bilhões de reais, incluindo avais e fianças, distribuídos de forma paritária entre pessoa jurídica e varejo.

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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Aprenda a montar o seu Plano Estratégico de Despesas

Matéria publicada originalmente em http://www.previ.com.br/

O primeiro semestre do ano já acabou. Em geral, as revisões do que está dando certo e as criações de metas acontecem na virada do ano, mas os especialistas em educação financeira recomendam o planejamento em qualquer época. E já que o ano caminha para o final, que tal montar o seu Plano Estratégico de Despesas? 

Segundo o professor do Ibmec, Roberto Zentgraf, as pessoas acham que o importante para ter uma vida financeira saudável é ganhar mais, quando na verdade o fundamental é fazer sobrar algum dinheiro. Zentgraf comenta que aumentar o ganho quase nunca está em nossas mãos, sendo assim, a opção é controlar os gastos e, para isso, sugere a montagem do Plano Estratégico de Despesas (PED). 

Antes de receber o dinheiro 

A dica do professor é a criação de uma ferramenta estratégica que sirva para ajudar a planejar o seu dinheiro antes mesmo de tê-lo recebido. Como todo planejamento, é preciso detalhar as despesas do dia a dia, as obrigações assumidas, contas fixas e, ainda, o dinheiro que possivelmente você reservará para planos de curto e longo prazo. 

Em seguida, o Zentgraf recomenda estabelecer percentuais que serão gastos em determinado período em cada categoria do planejamento. Assim será possível, com o passar dos meses, saber se as metas foram atingidas e, se necessário, mudar atitudes para alcançá-las. 

Seis passos 

Para o especialista, um ciclo completo de implementação de um PED se faz em seis etapas. 

1) Perceber onde é possível controlar as despesas;
2) Valorizar suas experiências e aprender com elas;
3) Classificar as despesas;
4) Comparar as despesas (gastos) com as receitas (entradas de dinheiro);
5) Analisar os resultados; e
6) Estabelecer suas prioridades. 

No item 1, que fala sobre controle, Zentgraf recomenda anotar tudo ou em caderninho pessoal ou usar softwares específicos para finanças pessoais. 

No site da Associação Brasileira de Educação Financeira (Abef), por exemplo, é possível baixar uma planilha em Excel criada pelos profissionais da instituição. Basta visitar o site da Abef e, no menu vertical à esquerda, clicar em planilha de orçamento familiar. 

Por dentro dos gastos 

Para Zentgraf, só se pode melhorar aquilo que se conhece, por isso, anotar tudo é importante. Uma dica valiosa sobre registros dos gastos no cartão de crédito, ao invés de anotar o total, é interessante controlar cada uma das despesas assumidas. 

Hora de calcular 

Tomados esses devidos cuidados e já tendo feito a classificação, Zentgraf indica que se divida o total gasto em cada uma delas pela sua receita líquida mensal e multiplique cada resultado por 100. Depois, analise os gastos e some o percentual por categoria, se o valor for inferior a 100%, segundo o professor, é sinal de que se gasta menos do que se ganha. Caso a soma for superior a 100%, o gasto está maior do que o ganho e é preciso mudar em prol da saúde financeira. 

domingo, 28 de agosto de 2011

Pequenas empresas aumentam vendas para a União em 44,5% no primeiro semestre

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/

Brasília – Micro e pequenas empresas de todo o país venderam mais de R$ 5,2 bilhões em bens e serviços para o governo federal, no primeiro semestre, o que representa expansão de 44,5% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o secretário de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento, Delfino Natal de Souza.

Foi o melhor faturamento das micro e pequenas empresas no período, desde que a SLTI iniciou esse tipo de estatística, em 2002. O levantamento abrange compras da administração direta, de autarquias e de fundações. Segundo ele, R$ 3,6 bilhões do faturamento, equivalentes a 55,5% do todo, foram negociados por meio da modalidade de pregão eletrônico.

Delfino acredita que os bons resultados do primeiro semestre devem se repetir também na segunda metade do ano, que, “normalmente, é um período mais intenso na aplicação do Orçamento”. Ele destacou que as compras por pregão eletrônico proporcionaram economia para os cofres públicos de R$ 2,1 bilhões, dos quais R$ 1,1 bilhão “deve-se à contribuição dos micro e pequenos negócios”.

De acordo com o secretário, o aumento da participação dos pequenos empreendedores nas compras do governo decorre, principalmente, da aplicação dos benefícios garantidos pela Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar 123/06), em vigor desde dezembro de 2006. Dentre esses benefícios, há a prioridade nas compras governamentais até o valor de R$ 80 mil.

A lei também estabelece preferência quando há empate com o preço de outra empresa de maior porte e a possibilidade de novo lance para a micro e pequena empresa que tiver estipulado preço até 5% acima da cotação da empresa concorrente, de maior porte. Quando ocorre o empate, a experiência tem demonstrado que as pequenas empresas ganham em torno de 99% das concorrências de preço.

Pelas estimativas do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), a tendência é que o faturamento dessas empresas cresça mais ainda, em decorrência, também, da busca de qualidade e eficiência do setor, além do crescimento natural da economia, segundo destacou o diretor de Administração e Finanças do Sebrae, José Claudio dos Santos.

De acordo com Santos, “serão geradas, no Brasil, mais de 900 oportunidades de negócios para os próximos anos e não haverá espaço para aventureiros. Para crescer, é preciso ter qualidade”. O país tem hoje cerca de 6 milhões de micro e pequenas empresas.

Metalúrgicos do ABC fecham acordo salarial por 2 anos

ANDRÉ MAGNABOSCO - Agencia Estado

SÃO PAULO - Os metalúrgicos do ABC paulista aprovaram neste domingo acordo salarial com as montadoras no qual ficou definido um aumento real para 2011 e 2012. O acerto negociado na última madrugada e votado em assembleia na manhã de hoje prevê reajuste dos salários de 10% neste ano, a partir de 1º de setembro. O valor considera a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) até a data-base da categoria, de 7,26%, e um aumento real de 2,55%. O novo piso salarial da categoria foi definido em R$ 1.500. Para quem ganha mais de R$ 8.400,00 por mês, o salário terá um reajuste fixo de R$ 840,00. 

Para 2012, ficou acertada a aplicação de um aumento real de 2,39% mais a variação da inflação no período. 

O acordo beneficiará 36 mil trabalhadores das montadoras Volkswagen, Ford, Mercedes-Benz, Scania e Toyota. Essas condições também devem ser levadas às negociações por outras categorias, incluindo a de trabalhadores de empresas de autopeças e fundição da região composta pelos municípios de São Bernardo do Campo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. São, ao todo, 108 mil metalúrgicos que trabalham na região. 

O acordo, além do aumento real de 5% dividido em dois anos, inclui abono de R$ 2.500,00 em 2011 e em 2012 (este, corrigido pela inflação) e ampliação da licença-maternidade de 120 dias para 180 dias. 

Em documento publicado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o presidente da entidade, Sérgio Nobre, destacou o avanço das negociações - os trabalhadores haviam recusado proposta anterior da classe patronal que previa aumento de 8,6%. Além do porcentual mais elevado, a definição de um aumento real para dois anos reduz as preocupações dos trabalhadores em um momento de incertezas em relação à economia mundial. 

Concluída a negociação, Nobre quer priorizar o debate sobre a produção nacional. "Queremos a engenharia aqui, queremos desenvolver os carros aqui, pois só uma produção forte garante o desenvolvimento econômico e os postos de trabalho com qualidade", destacou. A preocupação da categoria está associada ao avanço de veículos importados, principalmente daqueles fabricados na China. "Esses carros destroem nossa economia. Vale lembrar que comprar carros chineses é apoiar uma ditadura civil e militar que explora o trabalho escravo", complementou.

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Sem rever modelo, PIB chinês crescerá só 3% ao ano, diz especialista

Camila Dias, Fernando Travaglini e Filipe Pacheco | Valor
http://www.valor.com.br/

CAMPOS DO JORDÃO - O modelo atual de crescimento da China, baseado no aumento do investimento e não na expansão do consumo, pode levar a economia do país a ter crescimento anual de apenas 3% ao longo da próxima década, afirmou Michael Pettis, professor na Guanghua School of Management da Universidade Peking.

Pela teoria de Pettis, o aumento do investimento em torno de 15% ao ano vai levar a dívida do país a um nível insustentável no médio prazo. Ao mesmo tempo, a participação do consumo no PIB chinês é muito baixa, hoje em torno de 30%, ante média mundial de 65%. Segundo o professor, para que o consumo represente uma fatia maior do Produto Interno Bruto (PIB), ele precisa crescer a um ritmo entre 3 e 4 pontos percentuais acima da taxa de expansão da economia, enquanto o investimento precisaria cair drasticamente.

"A China tem sérios problemas com a estrutura de seu crescimento econômico e vai precisar rebalancear essa equação o quanto antes. Essa situação é insustentável", afirmou. Pettis traçou três cenários para o país com base em previsões de crescimento para os próximos anos.

Pelo modelo atual, considerando a visão predominante do mercado, segundo a qual a economia chinesa vai continuar crescendo em torno de 9% ao ano pelos próximos cinco ou dez anos, isso significa que o investimento precisa crescer a uma taxa de 15% ao ano. Um segundo cenário, que, segundo ele, começa a ganhar cada vez mais adeptos, pelo qual a China vai desacelerar seu crescimento para algo entre 5% e 7% ao ano nesse período, o investimento precisaria aumentar cerca de 10%. E num cenário mais pessimista, defendido como provável pelo professor, segundo o qual a China cresceria 3% ao ano na próxima década, o investimento teria que subir de 5% a 6%. "Ou seja, mesmo no melhor cenário o investimento precisa crescer muito para que o ciclo se sustente".

Segundo o professor, o consumo doméstico na China é muito baixo e o país depende muito de superávits comerciais. "Isso é um problema porque não dá para garantir que o restante do mundo vai absorver essa oferta de produtos sempre. Se não consegue ter superávit comercial forte, vai ter déficit em conta corrente cada vez maior. Déficits em conta corrente muito altos não são sustentáveis no longo prazo", disse.

A saída para o país, na avaliação de Pettis, é o aumento da participação do consumo interno no PIB, reequilibrando o modelo de crescimento. Segundo o professor, o consumo representava em 2005 40% do PIB do país, nível já considerado muito baixo. Na economia americana, considerada pelo professor como outro extremo, 70% do PIB está amaparado pelo consumo. Em 2009, último dado oficial, o consumo respondeu por 35% da economia chinesa. E, pelas contas de Pettis, essa taxa deve cair para algo em torno de 30% este ano.

"Em março último, a China anunciou seu plano econômico para os próximos cinco anos e elevar a participação do consumo estava entre as prioridades. Vamos assumir que em cinco anos o consumo volte a ser 40% do PIB. Isso significa que ele precisa crescer três ou quatro pontos percentuais acima da expansão do PIB do período", explicou. Considerando as previsões mais otimistas de alta do PIB de 9% ao ano nos próximos anos, isso significa que o consumo deveria crescer 12% ou 13% ao ano, ao passo que hoje cresce entre 6% e 7%. Ao mesmo tempo, segundo o raciocínio do professor, o investimento deveria crescer cerca de 9% ao ano, mas hoje cresce em torno de 15%.

O pessimismo do professor em relação ao crescimento chinês, na contramão da maior parte dos analistas, encontra mais uma base de análise. Para o consumo crescer em um ritmo superior à expansão do PIB, a renda da população, hoje muito reprimida, precisaria crescer muito. "O chinês poupa não porque ele não gosta de comprar. Ele poupa porque a renda dele é muito reprimida", afirmou.

O câmbio também é uma dificuldade adicional ao país, na avaliação de Pettis. Segundo ele, a moeda precisa se valorizar, mas isso teria que acontecer de maneira lenta e gradual já que uma mudança na política cambial afeta os exportadores de "forma dramática". "Se a valorização da moeda for feita muito rapidamente, vai afetar o poder de compra da população e aí a taxa de consumo não cresce no ritmo que precisa para o reequilíbrio da economia."

O prazo para que esse cenário negativo se concretize? "Difícil dizer. Mas quanto antes a China começar a reestruturar seu modelo de crescimento, menos doloroso será", afirmou.

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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Profissionais de finanças e contabilidade tiveram valorização salarial de 20%

Os profissionais que atuam no setor de finanças e contabilidade registraram valorização salarial de cerca de 20%, segundo revela o Guia Salarial 2011-2012, realizado pela Robert Half.

Segundo a consultoria, quanto mais experiente o profissional, mais serão exigidas dele, além do perfil técnico, habilidades como integração com as linhas de negócios, visão estratégica, foco em resultados e perfil analítico para vislumbrar oportunidades. Os setores mais aquecidos com relação à Demanda destes profissionais são o farmacêutico, Bens de capital, energia e agronegócio.

Visão estratégica
O levantamento aponta também que, entre as mudanças observadas no setor, está a de responsabilidade do CFO (Chief Financial Officer), que atualmente atua com visão estratégica. De acordo com o gerente de recrutamento da divisão de Finanças e Contabilidade da Robert Half, Alexandre Attauah, é cada vez mais comum empresas, principalmente em setores industriais, adotarem o CFO como "primeiro homem".

“O CFO precisa ser cada vez mais completo, já que existem vários produtos para captação de recursos e é preciso entender a mais adequada para cada momento, além das possibilidades de operações estruturadas como abertura de capitais, fusões e aquisições”, acrescenta.

O aumento de responsabilidade, exigência por liderança e importância do CFO na estrutura das organizações podem ser observados na valorização salarial deste profissional. Pela pesquisa, o CFO tem salário inicial de R$ 22 mil, nas grandes empresas, versus o de R$ 18 mil, do Guia Salarial anterior.

Analista contábil
Outro destaque é o profissional que atua como analista contábil. A valorização é maior caso ele tenha conhecimentos das normas internacionais de contabilidade e domínio fluente na língua inglesa. O analista contábil com experiência entre seis e nove anos de experiência tem teto salarial de R$ 7,5 mil no Guia Salarial de 2011-2012, enquanto no ano anterior chegava a R$ 6 mil.

“A dificuldade é encontrar mão de obra qualificada suficiente para o número de oportunidades. Há muitos jovens com pouca experiência e, por conta do mercado aquecido, as empresas encontram dificuldades tanto para retenção como contratação”, explica Attauah.

Planejamento e orçamento
O guia ressalta ainda a valorização de profissionais que atuam em Planejamento e Orçamento. O especialista explica que a área ganhou relevância, por se tornar mais estratégica, devido à necessidade de interação com as outras áreas e do número de projetos em execução.

O salário inicial do Gerente de Planejamento Financeiro, por exemplo, é de R$ 7,5 mil e o teto pode chegar a valores superiores a R$ 24 mil. Assim como no último levantamento da Robert Half, a área tributária segue em alta e com salários atrativos. Já os cargos de auditores são extremamente valorizados, quando os profissionais são muito experientes.

“No começo da carreira, o papel é operacional. Com a experiência, se torna um gerente com status de diretor, de caráter incorruptível e muitas vezes como report direto para o CEO da empresa”, finaliza Attauah.

Fonte: Administradores.com

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Carteira de Crédito do Banco Rural cresce 129% no primeiro semestre de 2011

Matéria publicada originalmente em http://www.revistafator.com.br

Captações tiveram aumento de 60% no período e ajuste na carteira de consignados gerou redução do resultado líquido. 

O Banco Rural divulgou seu balanço do primeiro semestre de 2011 com expressivo aumento de sua carteira de crédito, que saltou de R$ 3,1 bilhões em junho de 2010 para R$ 4,2 bilhões em junho de 2011, um aumento de 129% no período. A captação também cresceu, totalizando R$ 4,4 bilhões em junho de 2011. Resultado 62% maior, se comparado aos R$ 3,8 bilhões de junho de 2010. “Essa expansão se deve ao conhecimento e capacitação dos profissionais que compõem o corpo gerencial. Reconhecemos que o sinônimo de bons negócios é conhecer profundamente os seus clientes”, afirma o presidente do Banco Rural, João Heraldo Lima. 

Ajustes no Consignado-Antevendo as mudanças significativas no segmento de crédito consignado, o Banco Rural reavaliou suas metas de crescimento desta carteira e reduziu o volume de novas operações. O impacto desta medida afetou o Resultado Líquido da Instituição, que chegou a R$ 2,8 milhões no primeiro semestre, ante R$ 22 milhões do mesmo período de 2010. “O cenário macroeconômico, além das novas normas e da entrada de grandes bancos no setor, demonstrou que essa seria a melhor decisão”, explica João Heraldo Lima. 

Foco no crédito às pequenas e médias empresas - Ao tomar a decisão de rever sua atuação no crédito consignado, o Rural reforçou seu posicionamento no segmento de crédito para pequenas e médias empresas. “A estratégia é aumentar o volume de negócios no middle market, aproveitando a experiência em conceder crédito com agilidade e na medida certa para nossos clientes”, ressalta o presidente do Banco Rural. 

A decisão faz parte do plano de negócios elaborado pela administração do Rural, que está apoiado em premissas consistentes com o atual ambiente da economia nacional e projeta um crescimento na base de ativos e passivos em montante compatível com a capacidade de sua estrutura operacional e administrativa. A linha mestra do plano, segundo o presidente do Banco Rural, continua fundamentada em uma gestão eficiente do crédito, aperfeiçoamento dos mecanismos de acompanhamento de garantias e investimentos em modernos processos de controles através da tecnologia. 

Anistia Fiscal - O aproveitamento dos benefícios da anistia fiscal trouxe melhorias expressivas para a qualidade do balanço do Rural. Dando continuidade a essa providência, nesse semestre o Banco consolidou sua adesão ao processo estabelecido pela Lei nº 11.941, cujos impactos estão refletidos no patrimônio da Instituição contra ajustes de exercícios anteriores no montante de R$29,5 milhões líquido dos efeitos tributários. O Banco Rural obteve índice de Basileia de 12,66% em 30 de junho de 2011. 

Perfil-O Banco Rural, durante seus 47 anos de história, sempre apoiou o desenvolvimento de pequenas e médias empresas. Sua capacidade de entender o potencial de negócio de seus clientes, ofertando crédito com agilidade quando as empresas mais precisam, levou o Banco a se tornar referência neste segmento de mercado. Tudo construído com a garantia de rentabilidade aos acionistas e aos investidores, o que assegura consistência, dinamismo e longevidade à sua atuação. 

O Banco Rural conta ainda com a estrutura do Grupo Rural, um conglomerado de 19 empresas, com presença nas áreas financeira (Rural DTVM, Banco Rural Rural Europa, Rural International Bank, Rural Seguradora, entre outras) e não-financeira (construção civil, mineração, entre outros). 

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Afinal, como fica o dilema contábil das MPEs?

Por Odelmo Diogo - Blog TRADE-OFF

Foi criado em julho de 2011 um Grupo de Trabalho para elaborar estudos, analisar mudanças e propor ações para a melhor aplicação das regras de contabilidade para Micro e Pequenas Empresas. 

Não é difícil perceber que a Ciência Contábil é subutilizada e até mesmo “desconhecida” por parte das Micro e Pequenas Empresas, enquanto ferramenta essencial para a tomada de decisões econômico-financeiras. 

Dados do SEBRAE (2005) mostram que, para 68% dos empresários de empresas extintas, a principal razão para o fechamento da empresa está relacionada a um rol de falhas gerenciais. Assim, a Ciência Contábil poderia ser vista pelas MPEs como uma importante ferramenta de controle e gerenciamento econômico-financeiro que contribuiria para a diminuição das falhas. 

No cenário atual, a Contabilidade das MPEs limita-se, na maioria dos casos, ao acompanhamento e gestão do recolhimento de tributos. É raro ver MPEs com sistema de escrituração contábil e o empresário utiliza apenas relação de vendas, planilhas de custos e outros relatórios incompletos para subsidiar suas importantes decisões gerenciais. 

Espera-se que a criação do referido Grupo de Trabalho, que será coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, seja um marco inicial na criação e adaptação de regras que facilitem e estimulem a utilização da Ciência Contábil para a tomada de decisões por parte dos dirigentes das MPEs. 

O Conselho Federal de Contabilidade será uma das entidades que fará parte do Grupo de Trabalho e o prazo para a entrega da proposta de plano de trabalho será de 120 dias.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Mais de 20 mil brasileiros declararam ao Banco Central ter US$ 274 bilhões no exterior

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Banco Central (BC) divulgou hoje (23) que 17.879 pessoas físicas e 2.191 empresas declaram ter US$ 274,6 bilhões no exterior, em dezembro do ano passado. Comparado a 2009, representam aumentos de 18,6% no número de declarações de capitais brasileiros no exterior e de 23% no volume de recursos. 

A declaração, iniciada no ano-base 2001, é obrigatória para pessoas físicas e jurídicas que detinham ativos acima de US$ 100 mil em outros países, para permitir ao Brasil medir sua posição internacional de investimentos (PII). Isso e o balanço de pagamentos constituem as estatísticas fundamentais para a análise do setor externo da economia brasileira. 

O balanço divulgado pelo BC mostra que do total de recursos brasileiros lá fora US$ 189,2 bilhões são referentes a investimentos diretos, que cresceram 15% em relação a 2009. Comparado aos R$ 49,7 bilhões de investimentos em 2001, a evolução mais que triplicou, “evidenciando a sólida e acelerada internacionalização das empresas de capital brasileiro”. 

Os investimentos brasileiros em carteira no exterior somaram US$ 38,397 bilhões, dos quais US$ 797 milhões em derivativos. Os demais US$ 47 bilhões correspondem a aplicações diversificados. Segundo o BC, a participação do capital brasileiro no exterior concentra-se em atividades de extração mineral (27,4%) e em serviços financeiros e atividades auxiliares (38,2%). 

Quanto à distribuição geográfica, destaque para a Áustria, país no qual foram investidos 21,9% do estoque total. Mais do que receberam alguns paraísos fiscais como as Ilhas Cayman (17,4%), Ilhas Virgens Britânicas (8,7%) e Bahamas (7,3%). Os ativos brasileiros são significativos também nos Estados Unidos (7,8%), Países Baixos (6,4%), na Dinamarca (5,5%) e Espanha (5,3%). 

Os empréstimos intercompanhia, que compreendem os créditos concedidos a subsidiárias e filiais no exterior na forma de empréstimos e financiamentos de bens e serviços, bem como a compra de títulos emitidos por essas coligadas, registraram retração de 37,2% no ano. Eles somaram US$ 20,2 bilhões ao final de 2010, dos quais US$ 15,6 bilhões de longo prazo e US$ 4,6 bilhões de curto prazo.

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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Filipinas exportam homens do mar para o Brasil

Matéria publicada originalmente em http://www.opovo.com.br

A expansão do setor de petróleo e gás atraiu um número recorde de trabalhadores filipinos ao País para exercer atividades em alto-mar. Com o mercado aquecido e pouco equipamento nacional disponível, a Petrobras e outras empresas petrolíferas de produção e exploração contratam prestadoras de serviço que trazem o "pacote completo", com embarcações e mão de obra estrangeiras.

A admissão de trabalhadores das Filipinas em tarefas que poderiam ser feitas por brasileiros dentro de navios e em plataformas incomoda entidades que representam categorias importantes na indústria nacional de óleo e gás, como petroleiros e oficiais de Marinha Mercante. Segundo o Ministério do Trabalho, a maior parte das autorizações é concedida para a realização de serviços de curto prazo. Com isso, as empresas ficam desobrigadas de contratarem operários brasileiros. A presença de mão de obra local é exigida quando embarcações e plataformas estrangeiras operam no País por mais de 90 dias contínuos.

O número de autorizações do Ministério do Trabalho a filipinos quadruplicou em quatro anos. Passou de 1.532 em 2006 para 6.531 em 2010. No primeiro semestre deste ano, já foram emitidas 2.294 autorizações de trabalho, 32% a mais que no mesmo período de 2010.

"Os filipinos em geral fazem o trabalho braçal. Se o contrato é de curto prazo, as embarcações trazem a tripulação. Nas normas internacionais, os trabalhadores podem ficar mais de um mês embarcados, folgar dez dias e depois embarcar por mais um mês. Se o contrato for de longo prazo, as empresas têm de contratar mão de obra nacional e seguir a lei brasileira", diz o diretor do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense Vitor Carvalho, representante da Central Única dos Trabalhadores no Conselho Nacional de Imigração, vinculado ao Ministério do Trabalho. 

A legislação brasileira fixa a escala de 14 dias de trabalho embarcado para igual período de repouso em terra. Os petroleiros da Petrobras têm regime de 14 dias de trabalho embarcado para 21 de descanso em terra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

domingo, 21 de agosto de 2011

Especialistas recomendam cautela no uso de cheque especial e cartão de crédito

Kelly Oliveira
Repórter da Agência da Brasil

Brasília - Mesmo com as altas taxas de juros, o consumidor brasileiro continua a recorrer ao cheque especial e ao cartão de crédito. Segundo dados do Banco Central (BC), em junho, as concessões de crédito por meio de cheque especial e cartão de crédito representaram 60,8% do total para pessoas físicas, que foi R$ 75,203 bilhões.

Em junho, as concessões acumuladas de cheque especial chegaram a R$ 25,526 bilhões, contra R$ 22,781 bilhões registrados em igual mês de 2010. A média diária de concessões em junho deste ano ficou em R$ 1,216 bilhão, contra R$ 1,085 bilhão de igual período de 2010.

Já as concessões acumuladas do cartão de crédito ficaram em R$ 20,176 bilhões, ante R$ 16,983 bilhões de junho do ano passado. A média diária passou de R$ 809 milhões, em junho de 2010, para R$ 961 milhões no mesmo mês deste ano.

De acordo com o vice-presidente da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, o cheque especial e o cartão de crédito são empréstimos mais fáceis de serem tomados porque estão pré-aprovados e disponíveis imediatamente para os clientes.

Entretanto, o custo dessas modalidades é muito elevado. Pelos dados da Anefac, a taxa de juros do cheque especial ficou em 10,69% ao mês em julho. No caso do cartão de crédito, os juros chegaram a 8,27%, acima da taxa média de 6,84% e do crédito direto ao consumidor dos bancos. de 2,37% ao mês. 

Oliveira orienta os consumidores a negociar as taxas e os tipos de empréstimos com os bancos. “Falta às pessoas saber que custa caro escolher essas modalidades. O cheque especial só deve ser usado em prazo curto e em situação emergencial”, disse Oliveira.

O professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) e consultor de finanças pessoais Newton Marques observa que, em geral, os consumidores usam cheque especial e cartão de crédito quando já não têm margem para tomar empréstimos com custo mais barato. Para ele, os consumidores devem fazer planejamento de suas contas.

O primeiro passo é analisar detalhadamente cada uma das despesas e reduzir os gastos que não são prioritários. “É preciso cortar na carne.”, diz Marques. Quando o endividamento é alto, o consumidor pode vender bens, como o carro, para pagar as dívidas. “A regra é não pagar juros”, destaca. O ideal é que, além de quitar as dívidas, o consumidor reserve pelo menos 10% da renda para aplicações e emergência.

Em cenário de incertezas no mercado internacional e de menor ritmo de crescimento da economia brasileira, o conselho dos especialistas é evitar dívidas. Isto porque um menor crescimento econômico pode levar trabalhadores do setor privado a perder o emprego e servidores públicos a ficar com reajustes salariais abaixo do esperado. “É preciso segurar as despesas”, completa Marques.

“O trabalhador deve ter muita cautela neste momento. É preciso evitar assumir dívidas de longo prazo. Nesta crise [econômica], a cada dia, há uma notícia pior, queda das bolsas. Não sabemos qual será a extensão desta crise no Brasil”, conclui Oliveira.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Perdas com fraudes bancárias feitas por meio eletrônico aumentam 36% no primeiro semestre, diz Febraban

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – As perdas com fraudes bancárias realizadas por meio eletrônico chegaram a R$ 685 milhões no primeiro semestre de 2011, 36% a mais que o registrado no mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados hoje (19) pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

De acordo com os bancos, o aumento se deve ao uso crescente dos meios eletrônicos como forma de pagamento, à falta de uma legislação que iniba o avanço da ação dos criminosos, “com punições efetivas”, e ao descuido de alguns usuários em relação a procedimentos de segurança.

Segundo a entidade, não há registro de invasão ou fraude eletrônica a partir dos sistemas internos dos bancos. Em nota, a Febraban diz que “[os golpes] quase sempre ocorrem externamente, como captura de trilhas de cartões nas operações de compras”.

A Febraban defende a promulgação de lei com tipificação específica aos novos crimes. Os bancos pedem a definição de crime para atos de inserção ou difusão de códigos maliciosos na internet ou nos computadores dos usuários da rede. “Esse artigo tem por objetivo atacar frontalmente os disseminadores de programas que, uma vez acionados pelos usuários de computadores, permitem capturar informações sensíveis, como senhas de acesso e dados pessoais”, explica a entidade por meio de nota.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O soluço de junho


Matéria publicada originalmente em http://www.dci.com.br/

A economia brasileira soluçou, em - junho, pela primeira vez desde a crise financeira que teve seu epicentro na quebra do banco Lehmann Brothers, nos Estados Unidos, em setembro de 2008. O Brasil deu sinais de que os agentes econômicos pisaram no freio em junho na expectativa da ação dos bancos centrais e dos governos mais ricos da Europa ante a crise que começou na Grécia e se espalhou fortemente por Irlanda, Portugal, Espanha e Itália. O recuo foi detectado pelo índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br), que mede o movimento da economia e é uma espécie de prévia do PIB - e ele caiu 0,26% em junho, em relação a maio, ficando em 142,90. Em maio o índice tinha sido 143,27.

A última vez em que o indicador havia mostrado queda na comparação mensal foi dezembro de 2008, quando ficou em 122,5 pontos, durante o auge da crise internacional. O indicador revela se as indústrias e os agricultores estão produzindo, se o comércio está vendendo e se as pessoas estão comprando. O Banco Central usa o índice como uma das informações para definir se a autoridade monetária do País, o Banco Central, terá de interferir ou não nos juros básicos da economia, Selic.

No primeiro semestre, o resultado foi melhor, e a economia cresceu, registrando uma alta de 3,74% em relação ao mesmo período do ano passado.

Na comparação com junho de 2010, também houve crescimento (3,07%). Em 12 meses, o índice subiu 4,89%.

O IBC-Br mostrou a estimativa para a produção mensal dos três setores da economia (indústria, agricultura e serviços), e de impostos sobre produtos. O indicador é importante porque é visto pelo mercado financeiro e pelas bolsas como uma boa antecipação do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB).

Os gastos do governo, que andavam recuados, especialmente com a lentidão dos investimentos do PAC, são outro fator que impulsiona o PIB. Quando aceleram-se as obras se eleva a produção geral da economia. E o governo de Dilma já declarou que está liberando mais verbas, especialmente para as obras do PAC, para tentar manter o ritmo da economia doméstica. As exportações também fazem o PIB crescer, pois mais dinheiro entra no País e é gasto em investimentos e consumo.

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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Venezuela anuncia retirada de suas reservas de bancos europeus

Claudia Jardim - BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/


O governo da Venezuela anunciou nesta quarta-feira que retirará suas reservas internacionais depositadas em bancos europeus para "proteger os ativos do país".

Para a medida, a Venezuela usa como argumento a instabilidade do sistema financeiro internacional.

Dos US$ 29 bilhões que a Venezuela possui em reservas internacionais, cerca de US$ 6 bilhões estão em instituições europeias.

O governo estuda transferir parte destes ativos ao Brasil, Rússia e China. O restante das reservas está concentrado em cerca de 365 toneladas de ouro que serão transferidas gradualmente de volta aos cofres do Banco Central venezuelano.

"O que queremos (com a medida) é proteger nossos ativos", afirmou a jornalistas o presidente do Banco Central da Venezuela, Nelson José Merentes Díaz, em Caracas, ao lado do ministro de Finanças, Jorge Giordani.

Pelo telefone, o presidente do país, Hugo Chávez – que continua tratamento contra um câncer – interveio na entrevista para defender a medida, que, a seu ver, corrige medidas impostas pelo FMI, as quais seu governo teria demorado para identificar.

"Nos anos 1980, o ouro venezuelano foi levado a outros países por exigência do Fundo Monetário Internacional. É uma medida saudável para o país trazer esse ouro", disse o presidente.

A medida acompanha uma decisão de Chávez de nacionalizar o ouro do país, de olho no incremento das reservas internacionais.

"Vamos nacionalizar o ouro e vamos convertê-lo, entre outras coisas, em reservas internacionais", afirmou o presidente, pouco antes do anúncio referente à transferência das reservas.

O deputado opositor Julio Montoya, que antecipou a medida nessa terça-feira, afirma que a transferência dos ativos a Brasil, China e Rússia podem geram desconfiança entre os investidores.

"Pedimos que expliquem o porquê de todas essas medidas, que preferimos arriscar a estabilidade de nossas reservas internacionais e a confiança internacional para fazer uma operação desta dimensão", afirmou o deputado a uma rádio local.

O Parlamento convocou uma sessão extraordinária para discutir a medida, que tem sido criticada pela oposição.

Bric

Analistas consideram que a medida também responde à visão geopolítica do governo Chávez.

A aposta em transferir parte das reservas internacionais a pelo menos três países que integram o grupo dos Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) busca garantir maior estabilidade também no campo político.

Brasil, Rússia e China se converteram nos principais credores da Venezuela, em um montante que pode alcançar US$ 34 bilhões.

"Brasil e China são nações emergentes que não têm problemas econômicos e demonstram segurança e tranquilidade", afirmou o deputado governista Rodrigo Cabezas à TV estatal.

A seu ver, a transferência dos recursos venezuelanos a esses países "(pode) evitar que (a economia) seja afetada pelas crises capitalistas".

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Economista sugere que China diversifique reservas e controle entrada de "Hot Money"

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Economista sugere que China diversifique reservas e controle entrada de "Hot Money"

Por Florbela Guo
http://portuguese.cri.cn/

Motivada pelo rebaixamento do rating da dívida soberana dos EUA, a bolsa de ações da China, como as de todo o mundo, sofreu uma queda vertiginosa. A taxa de câmbio do renminbi frente ao dólar também foi afetada, batendo outro recorde histórico ao ultrapassar os 6,4 yuans. Maior detentor de títulos da dívida pública norte-americana, a capacidade de investimento da China em reserva estrangeira será, sem dúvida, enfraquecida pelo corte da nota dos EUA. Como a China deve enfrentar a reação em cascata gerada pela crise econômica dos EUA? Ouça a opinião do renomado economista chinês Yuan Gangming, pesquisador da Academia de Ciências Sociais da China. Para ele, o país não deve se desfazer dos papéis da dívida pública norte-americana.

"Acho que a China não deve e não deve se desfazer dos títulos norte-americanos. Nesse momento existe uma atmosfera de pânico. A China, como o maior investidor, caso venda uma grande quantidade de papéis dos EUA, danificará seus próprios interesses. Por isso, para proteger-se, o país não deve se livrar dos ativos norte-americanos. Se fizermos uma análise de longo prazo ou da situação geral dos ativos mundiais, a credibilidade e a segurança da dívida pública dos EUA continuam sendo relativamente boas, por isso não é preciso tantas preocupações."

Os dados publicados pelo Tesouro norte-americano mostram que, embora a China tenha registrado no primeiro semestre do ano um crescimento notável de suas reservas em divisas estrangeiras, esse aumento não se deveu aos títulos da dívida pública dos EUA. O país asiático, na verdade, reduziu a detenção dos papéis em US$30,4 bilhões. Para o economista, é importante que a China avalie os riscos de ser o principal investidor da dívida americana e acelere a diversificação de reservas.

Os papéis do Tesouro americano, por muito tempo considerados a modalidade de investimento mais segura do mundo, estão sendo questionados. Investidores internacionais estão buscando novos destinos. A valorização do renminbi e as boas perspectivas de desenvolvimento econômico tornaram a China um abrigo de capitais internacionais. O país está tendo de lidar com a entrada de um volume maior de "Hot Money", capital de características especulativas, e grande pressão inflacionária.

Para Yuan Gangming, o contra-ataque dever ser o reforço do macrocontrole e o aumento dos juros.

"Acho que a contramedida racional da China frente ao "Hot Money" é melhorar o macrocontrole nacional para reduzir as oportunidades de especulação no mercado doméstico. A China deve executar a política de juros altos, já que uma taxa de juros muito baixa pode aumentar as chances de especulação e atrair "Hot Money" vindo do exterior."

Muitos especialistas entendem que a crise atual reacende o debate sobre a importância de criar um palco de investimento que concorra com o mercado norte-americano. A China deve unir as forças mundiais em torno dos mesmos interesses, apelando por uma reforma do sistema monetário internacional controlado pelo dólar e se empenhando em tornar o renminbi uma moeda de reserva internacional.

Na reunião ordinária do Conselho de Estado na semana passada, a China exigiu que todos os países executem políticas financeiras e monetárias responsáveis, reduzam o déficit orçamentário, tratem prudentemente das dívidas soberanas, mantenham a segurança dos investimentos e o andamento estável do mercado, como forma de preservar a confiança dos investidores globais. O país pediu ainda que a comunidade internacional reforce a comunicação e a coordenação em políticas de macrocontrole, como forma de concretizar o crescimento forte, sustentável e equilibrado da economia mundial.

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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Mundo ainda está em “zona de perigo” por alta nos preços dos alimentos, diz Banco Mundial

Da BBC Brasil
Acessada em http://agenciabrasil.ebc.com.br/

Brasília - Os altos preços dos alimentos e os baixos níveis de estoques fazem com que o mundo continue em uma “zona de perigo”, disse hoje (15) o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick.

Segundo o relatório trimestral Food Price Watch, divulgado pelo Banco Mundial nesta segunda-feira, em julho (último dado disponível) os preços mundiais dos alimentos estavam 33% mais altos do que um ano antes e próximos do recorde registrado em 2008.

O documento cita ainda os níveis “alarmantes” dos estoques mundiais de alimentos. “Com esses baixos níveis de estoques, mesmo pequenas quedas na produção podem ter efeitos amplificados sobre os preços”, diz o texto.

Depois de um pico em fevereiro, alguns produtos chegaram a registrar baixa de preços, mas a volatilidade é motivo de preocupação.

De acordo com o Banco Mundial, a “esperada volatilidade” nos preços de produtos como açúcar, arroz e petróleo pode ter “efeitos inesperados” nos preços dos alimentos nos próximos meses. “A vigilância é vital, devido às incertezas e a volatilidade existentes”, disse Zoellick.

A volatilidade pode ser observada na evolução de produtos como o milho, cujo preço caiu em junho e voltou a subir em julho, registrando aumento global de mais de 80% no período de um ano.

O comportamento também varia de acordo com a região. Enquanto os preços do milho aumentaram mais de 100% em um ano em Uganda, no Haiti, no mesmo período, houve queda de 19%.

Entre os diversos fatores que contribuem para a alta dos alimentos está o aumento dos custos de produção, causado em parte pelos altos preços do petróleo, atualmente 45% maiores do que os registrados um ano atrás.

A alta tem impacto sobre a cadeia produtiva. De julho de 2010 a julho de 2011, o preço dos fertilizantes subiu 67%.

Segundo o Banco Mundial, as incertezas sobre a economia global e a instabilidade política em diversos países do Oriente Médio e do Norte da África devem manter os preços do petróleo voláteis no curto prazo.

Dessa combinação de altos preços dos alimentos, baixos estoques e grande volatilidade é uma situação de risco para as populações mais pobres do mundo em desenvolvimento, onde o exemplo mais recente é o da crise que já afeta mais de 12 milhões de pessoas no Chifre da África.

De acordo com o relatório, apesar de a situação de emergência na região ter sido provocada por um período prolongado de seca e conflitos internos, como no caso da Somália, os altos preços dos alimentos contribuíram para agravar a crise.

“O desastre afetou os mais vulneráveis”, diz o Banco Mundial. “Na Somália, os preços dos cereais produzidos localmente continuam a crescer em todas as regiões desde 2010 e já ultrapassam o pico de 2008.”

Para Zoellick, “em nenhum outro lugar do mundo” a combinação de altos preços dos alimentos, pobreza e instabilidade produz efeito mais trágico do que no Chifre da África.

Segundo o relatório, como a vulnerabilidade aos altos preços dos alimentos varia em cada país e também entre diferentes grupos populacionais dentro de um mesmo país, a resposta ao problema deve envolver uma combinação entre intervenções de emergência para ajudar aos mais vulneráveis e iniciativas de longo prazo.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Como lidar com o impulso consumista

Matéria publicada originalmente em http://www.previ.com.br/

Além do novo cenário econômico, no qual ganhamos poder de consumo, há a questão do estímulo generalizado pela mídia. A receita é organizar o orçamento e planejar.

Nos dias atuais, mal satisfazemos uma vontade, um desejo e já arrumamos outro. O desejo pela aquisição de um determinado produto ou serviço pode ser mais ou menos relevante em relação a outro, mas a necessidade de comprar, de adquirir e conquistar estão sempre presentes e elas podem servir de motivação ou virar frustrações, quando não saciadas.

Nesse sentido, a organização do orçamento familiar, além de ajudar na saúde financeira da família, pode evitar frustrações.

Dificuldade de organização

Segundo a psicóloga Aridinéa Vacchiano, as famílias têm dificuldade em realizar o orçamento familiar por questões culturais. "A estabilidade da nossa moeda é algo recente. Até então não se tinha o hábito de pensar no futuro, pois não havia a garantia do retorno gerando uma ansiedade grande e uma necessidade de se tirar proveito máximo do momento presente", comenta.

Para a profissional, além do novo cenário econômico há a questão do consumismo, estimulado o tempo todo pela da mídia. Tal combinação não favorece a organização do orçamento familiar e tampouco o planejamento.

Frustração

A viagem tão sonhada, o carro novo, a reforma da casa ou a compra de um eletrônico. Nada disso foi possível de ser realizado, ou pior, até foi concretizado, mas, agora, a família carrega dezenas de parcelas e vive com a corda no pescoço, pois a renda da casa não dá conta de pagar todas as dívidas. Situações assim são frustrantes.

"Hoje, a frustração é algo insuportável, pois o tempo todo nos dizem que podemos comprar na hora que queremos. O crédito está ao alcance de todos de maneira facilitada. As pessoas são criadas achando que podem tudo. Os pais querem dar tudo aos filhos", afirma Maria Angélica, coordenadora de psicologia da Unisuam.

Angélica chama atenção para o fato de que, em geral, as pessoas sentem mais a frustração quando percebem que não podem pagar as dívidas assumidas. "É a dívida que gera o estresse, é quando a pessoa se dá conta dos exageros", comenta.

Motivação

E é justamente o estresse que pode se tornar um fator motivador. A pessoa vive uma tensão e por meio dela busca soluções, motivos para reverter situações não confortáveis. Em geral, a palavra estresse carrega sentimentos negativos, mas sendo uma tensão controlável é possível transformar a ansiedade e gerar mudança de comportamento.

Foi o que aconteceu com o universitário Paulo Renato Teixeira. "Sempre vi meu irmão mais velho poupando e abrindo mão de certas coisas para juntar dinheiro para comprar seu próprio carro. Quando ele fez 18 anos, comprou um. Eu não era assim. Torrava todo o dinheiro do estágio e da mesada", comenta.

Renato dependia da boa vontade dos pais para poder sair de carro. "Quando me vi nessa situação tive um misto de sentimentos: inveja, raiva e frustração. Me senti infantil. Depois que assimilei a situação resolvi mudar. Comecei a juntar e pensar nos gastos. Como o estágio de engenharia remunera bem melhor que o da época da escola consegui juntar uma grana e dei uma boa entrada. Estou de carro, claro, com parcelas, mas a serem pagas em um prazo não muito longo", conta orgulhoso.

Mas para Aridinéa, o caso do estudante é raro. A profissional acredita que a frustração provoca uma crença negativa. "É difícil uma pessoa vencer uma frustração sozinha, pois ela passa a crer realmente que é incapaz de conseguir. Com um acompanhamento profissional será mais fácil reprogramar esse sentimento, ficará mais fácil para o paciente se enxergar sob outra ótica, mais positiva", orienta a psicóloga.

sábado, 13 de agosto de 2011

13 DE AGOSTO: DIA DO ECONOMISTA
O TRADE-OFF PARABENIZA TODOS OS ECONOMISTAS BRASILEIROS!


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

ANÁLISE - BB e Bradesco agradam, mas Itaú e Santander frustram no 2o tri

Por Aluísio Alves
Agência Reuters
http://br.reuters.com/

SÃO PAULO (Reuters) - Mais que aumento dos lucros e do crédito, foi o controle dos calotes e dos custos que definiram quais dos grandes bancos no Brasil agradaram ou frustraram o mercado nos balanços do segundo trimestre.

Num cenário menos vistoso, com alta de juros e medidas restritivas nos empréstimos para o consumo, Banco do Brasil e Bradesco se destacaram, ao evitar uma piora da qualidade da carteira e um aumento das despesas.

O BB, o único que conseguiu reduzir levemente o índice de atrasos de 90 dias no balanço trimestral, também entregou novos ganhos da Previ (fundo de pensão dos funcionários do banco), bom desempenho na tesouraria e em redução de custos, combinação que o fez superar com folga as previsões de lucros do mercado.

"A rentabilidade do BB foi significativamente apoiada por receitas fortes e custos comportados", resumiram os analistas do UBS, em relatório.

Já o Bradesco teve o maior ritmo de crescimento do crédito, sem com isso piorar a inadimplência. Sua rentabilidade também surpreendeu analistas.

"Mais uma vez, o Bradesco conseguiu entregar resultados sólidos", resumiu o Credit Suisse em relatório, no qual manteve recomendação de compra para as ações do banco.

O mesmo não aconteceu com Itaú Unibanco e Santander Brasil que, além de despesas maiores para fazer frente crescentes perdas com empréstimos não honrados de clientes, ainda não começaram a entregar os prometidos ganhos de eficiência em seus processos de fusão.

O Itaú admitiu ter "acelerado" demais os empréstimos para empresas de pequeno e médio portes, justamente um dos segmentos que mais tiveram aumento dos calotes. O banco prometeu cortar mais custos administrativos para tentar amenizar os efeitos da inadimplência, que ainda pode ter uma pequena piora no terceiro trimestre. Após o balanço, as ações do grupo despencaram.

"(Estamos) conscientes da mensagem que o mercados está enviando", disse o diretor de relações com investidores, Alfredo Setubal, em teleconferência com analistas.

No caso do Santander Brasil, de pouco adiantou um lucro acima das expectativas, fazendo a unidade ganhar ainda mais peso dentro dos resultados mundiais do grupo espanhol, abalado pela fragilidade da economia na Europa.

Sem conseguir rentabilizar o capital no mesmo nível dos concorrentes, especialmente após a bilionária oferta inicial de ações de 14 bilhões de reais há dois anos, o banco ainda teve crescimento menor da carteira e inadimplência maior do que a média do mercado. Resultado: suas ações voltaram a cair forte.

"O banco tem performado abaixo de seus concorrentes, isso é um dado", disse a jornalistas o presidente-executivo do banco, Marcial Portela. "Mas, se o investidor for paciente, vai recuperar um valor importantíssimo."

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Tempo, um bem precioso

Matéria publicada originalmente em http://www.previ.com.br/

Como boas práticas de organização podem evitar o desperdício do tempo

As necessidades da atualidade parecem deixar boa parte da população cada vez mais sem tempo. Competitividade, impaciência, tensão muscular, sentimento de urgência e fala acelerada têm se tornado um padrão de comportamento. Vale ficar atento, pois a doença da pressa tem afetado cada vez mais as pessoas.

Marilda Novaes Lipp, professora de psicologia da PUC-Campinas, explica que as pessoas acometidas pela doença tendem a reclamar da sobrecarga de trabalho e da necessidade que sentem de fazer tudo com muita rapidez.

“Essa pessoas sempre comentam como são muito ocupadas e utilizam com frequência expressões como tempo é dinheiro, não gosto de perder tempo, não dá tempo”, diz a psicóloga. Marilda explica que elas sentem que conversar uma hora com um amigo, ir a uma reunião na escola dos filhos ou simplesmente passar alguns minutos olhando a beleza da natureza é perder tempo.

“São pessoas que mantêm punhos cerrados, ficam irritadas com qualquer demora, falam muito rápido e interrompem os outros e, ainda, se sentem culpadas quando não estão trabalhando”, exemplifica a especialista.

Os números da doença

Marilda analisou o comportamento de pessoas em regiões como Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas e constatou que 65% dos brasileiros têm comportamentos que indicam a presença da doença da pressa. Destes, 10% sofrem de forma patológica, ou seja, têm tensão muscular e mental constante, não possuem habilidade para relaxar mesmo quando dormem, sofrem de hiperacidez estomacal, oscilações de pressão arterial, podem vir a ter infarto, sentem mal humor e raiva com frequência. Entre os executivos, o percentual chega a 95%.

A pesquisadora da PUC-Campinas esclarece que quem tem estresse não necessariamente sofre da doença da pressa, pois ele pode ser originado de outras causas. Porém, quem tem a doença da pressa, em geral, sofre de estresse também, pois a pressa se torna uma fonte interna de estresse.

O tempo

Para melhor administrar a relação tempo x atividades, a psicóloga Fernanda Montanholi sugere priorizar determinados trabalhos ou distribuí-los de forma a não ocupar 90% do dia.

“Temos que valorizar o que realmente é importante ou o que tenha prazo e flexibilizar as demais atividades. O acúmulo de funções tende a elevar o grau de estresse causando ansiedade, estafa mental, depressão e até riscos à saúde física, como hipertensão e úlcera”, alerta.

Velocidade do mundo corporativo

Resultados positivos, disponibilidade e dedicação são esperados dos profissionais. Nesse cenário, organizar o tempo pode ser uma boa opção para busca da qualidade de vida.

“Otimizar tempo em projetos significa foco em resultados. A criação de regras simples, como não abrir Outlook diversas vezes ao dia, pode ajudar. São medidas que se utilizadas evitam o excesso de trabalho e a falta de foco, vilã da organização do tempo”, afirma o consultor empresarial Sergio Guimarães.

Para as mulheres que se comprometem com trabalho e casa, é recomendado dividir as tarefas com o marido, assim diminuiria o estresse e o volume de atividades. “Organizar o tempo é um compromisso de vida. Fazer o contrário é o mesmo que abrir mão de uma alimentação básica todos os dias”, ressalta o especialista.

MMX, LLX, MPX... Afinal, de onde vêm tantos "X"?

Por Odelmo Diogo - Blog TRADE-OFF

O Grupo EBX atrai os olhares de investidores e curiosos tanto pelas oscilações das ações de suas empresas como pela postura empreendedora de seu Presidente Eike Batista. O grupo é formado por cerca de doze empresas e as principais são: MMX, LLX, MPX, OGX e OSX que fazem parte do Novo Mercado da BOVESPA.

Eike Batista, visto por muitos como grande empreendedor e por outros como aventureiro, começou a construção do Grupo EBX no início dos anos 80 atuando na comercialização de ouro garimpado na Amazônia. Nos anos seguintes, adquiriu minas e passou a operar na extração de ouro, consolidando assim os alicerces da construção de seu patrimônio. Nos anos 90 expande suas atividades para mineração, energia, óleo e gás, além de outros segmentos menos importante nas atividades do grupo.

Informações sobre as Empresas EBX e sobre Eike Batista são divulgadas diariamente na imprensa e um detalhe que chama atenção de muitos é a presença do famoso “X” nos nomes das empresas de Eike.

Afinal, o que significa o tal “X” nas denominações das empresas do Grupo EBX?

Simples e singelo. Os “X” das empresas de Eike representam a capacidade de multiplicar e acelerar a criação de riquezas. Segundo o site oficial do grupo, multiplicar riqueza é uma característica que acompanha as empresas EBX nos mais de 20 anos de existência.

Em resumo, o X é o sinal de multiplicação! É o “vezes”! Afinal, foi uma bela "tacada" de marketing?

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Brasil defenderá na Rio+20 economia verde sem miséria

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/

São Paulo - A execução de políticas públicas que sejam capazes de proteger o meio ambiente e ao mesmo tempo estimular atividades de inclusão da população pobre na formação do Produto Interno Bruto (PIB) será uma das principais propostas a serem encaminhadas pelo Brasil, em novembro, à Organização das Nações Unidas (ONU) para as discussões da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

A proposta foi defendida hoje (9) por representantes do governo federal, na Conferência Ethos, Empresas e Responsabilidade Social 2011, realizado pelo Instituto Ethos, na sede da Federação do Comércio do Estado de São Paulo.

Durante o encontro, a ministra Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que o Brasil tem mais condições do que qualquer outro lugar do planeta de mostrar ao mundo capacidade para manter a trajetória de crescimento econômico sem comprometer a biodiversidade. Ela cobrou ousadia do país nos debates da conferência, destacando que “o Brasil tem como liderar em projetos de crescimento sustentado e no desafio da erradicação da miséria”.

Para a ministra, é necessário, no entanto, criar uma lei que “dê segurança jurídica para uma visão de políticas públicas e para o investimento por parte do setor privado e para o financiamento de todos aqueles que querem plantar, reflorestar e manejar”. Ela acredita que o país pode se desenvolver sem desmatamento ilegal. “Nossa proposta é trabalhar junto com o setor privado”.

Também presente ao encontro, a ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, observou que apesar de o governo ter tido êxito na política de redução da pobreza, com a retirada de 28 milhões de pessoas da situação de extrema pobreza, ainda existem 16,2 milhões de pessoas vivendo na miséria, com renda per capita abaixo de R$ 70.

Ela enfatizou que esse universo de pessoas não foi favorecido com as chances oferecidas no “apagão da mão de obra” por falta de qualificação. E que por isto mesmo, o governo tem trabalhado para reverter este quadro concentrado em três eixos: transferência de renda; inclusão produtiva e ampliação do acesso aos serviços públicos.”Nós temos que ir atrás dessa população”, disse.

Segundo a ministra, o governo está trabalhando em medidas para que a agricultura familiar ganhe espaço no suprimento de produtos para o mercado doméstico como um meio de geração de renda. No meio rural, 25% da população estão em situação de extrema pobreza.