domingo, 29 de abril de 2012

Indústria da burocracia fatura R$ 1,2 bi no Brasil

Setenta empresas dedicadas a alugar espaço para guardar documentos estocam 40 milhões de caixotes

Marcelo Rehder
Matéria publicada no O Estado de São Paulo

SÃO PAULO - Em plena era digital, a burocracia produz uma quantidade impressionante de papel e alimenta um negócio que cresce sem paralelos no mercado brasileiro. No ano passado, 70 empresas dedicadas a guardar documentos de outras companhias dividiram um faturamento de R$ 1,2 bilhão no País, 20% mais que em 2010. Esse grupo mantém 40 milhões de caixas de papelão de padrão arquivo lotadas de informações de setores como financeiro, hospitalar e jurídico. 

Os números são astronômicos. Pelos cálculos da Associação Brasileira de Gestão de Documentos (ABGD), as caixas armazenadas nas empresas do setor guardam algo como 120 bilhões de documentos. Se a papelada fosse enfileirada, daria para fazer 40 viagens de ida e volta para a Lua, cuja distância da Terra é de aproximadamente 385 mil quilômetros. 

Além das caixas que congestionam os galpões das firmas especializadas, estima-se que existam mais 50 milhões arquivadas nas empresas e instituições que ainda não terceirizaram a gestão de documentos - a maioria delas de pequeno e médio portes. 

Como a burocracia brasileira só cresce, a estimativa é que, para cada caixa destruída, após o término do prazo legal dos documentos, quatro novas são armazenadas. 

As empresas são obrigadas a guardar um número gigantesco de papéis como parte de suas operações ou para cumprimento legal. Não existe nenhuma lei que dê subsídios para que as companhias possam digitalizar os documentos e jogar fora o papel, afirma Eduardo Coppola, presidente da ABGD e gerente-geral da Keepers do Brasil, uma das maiores empresas do setor. 

"O mercado acabou migrando para TI para prover soluções que facilitem a vida das empresas na consulta e na preservação digital desses documentos", diz Coppola. Segundo ele, uma empresa com o acervo mal organizado pode levar de uma semana a um mês para achar um documento. 

Nas empresas especializadas, o processo é turbinado. O cliente recebe o documento original em até quatro horas, ou leva só cinco segundos para obter a informação via internet. "Mas, se precisar de documento para uma ação, auditoria ou fiscalização, ele tem de ser o original", lembra Coppola. 

A burocracia é tão enraizada na cultura empresarial que nem mesmo a implantação da nota fiscal eletrônica, a partir de 2006, foi capaz de eliminar o papel, embora tenha reduzido o volume de documentos trafegados entre as companhias. Em muitos casos, conta o executivo, as empresas continuam imprimindo e guardando as notas fiscais, apesar de não ser mais obrigatório. 

Custos 

Além de evitar dores de cabeça, uma administração bem estruturada dos documentos legais permite ganhos de produtividade, com significativa redução de custos. 

A empresa paulista de biotecnologia SuperBac percebeu isso no seu caixa. Dedicada a pesquisar e reproduzir bactérias que possam ser usadas em processos industriais ou até em tarefas do dia a dia de forma sustentável, ela não fazia ideia dos ganhos que poderia obter ao terceirizar a guarda e administração dos seus documentos. 

Logo de cara, reduziu um gasto fixo de R$ 20 mil por mês, referente à área útil que perdia no escritório para poder abrigar a documentação, para R$ 5 mil, valor pago mensalmente à prestadora do serviço. 

Essa não foi a maior vantagem, diz Luiz Chacon Filho, fundador da SuperBac. Segundo ele, o que surpreendeu foi o ganho de tempo obtido com a agilização do processo. "Sem brincadeira, tínhamos casos em que o funcionário levava 15 dias para achar a porcaria de um documento no arquivo morto", diz. "Hoje, em questão de segundos, tenho a imagem do documento escaneado na tela do computador." 

Outro exemplo é mostrado por uma faculdade paulista que prefere ficar no anonimato. Como num passe de mágica, ela deixou uma situação em que a manutenção de arquivos próprios representava custos, e passou a faturar mais depois que o serviço foi terceirizado. 

O problema é que os arquivos ocupavam o espaço físico de cinco salas de aula. Como cada sala comporta cerca de 40 alunos, a um custo unitário de mensalidade ao redor de R$ 1,2 mil, passou a contar com uma receita extra de R$ 240 mil por mês. 

"Além de liberar mais espaço para salas de aula, o tempo gasto para localização de documentos, que antes chegava a quase uma semana, agora é de segundos, já que os prontuários foram todos digitalizados", ressalta um porta-voz da faculdade.

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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Pesquisa aponta mandarim como 2ª língua mais importante para executivos

Sílvio Guedes Crespo
Matéria publicada no Blog Radar Econômico

O mandarim, língua falada na China e em outros países asiáticos, passou o Espanhol e já é o segundo idioma mais exigido dos executivos em multinacionais, mostra uma pesquisa da Economist Intelligence Unit, empresa irmã da revista The Economist. 

Os pesquisadores perguntaram a 572 profissionais qual o idioma mais exigido em sua companhia para executar os planos de expansão internacional. Mais de dois terços dos entrevistados (68%) responderam que era o inglês; 8% citaram o mandarim, e 6%, o espanhol. 

Os dados fazem parte de um estudo sobre as barreiras culturais que as empresas encontram quando se expandem internacionalmente. De todos os entrevistados, 64% disseram que diferenças culturais ou de idioma “atrapalham muito” ou “um pouco” os planos de expansão internacional da companhia; 20% afirmaram que isso não afeta e 17% declararam que até ajuda. 

No Brasil, a proporção dos que veem as diferenças culturais como barreira é maior: 70%. Os países nórdicos são os que disseram ter menos problemas com diferenças de idioma e cultura: só 36% afirmaram que isso prejudica os negócios. 


A pesquisa foi feita com profissionais de grandes empresas que atuam ou já têm planos concretos de atuar em outros países.


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terça-feira, 24 de abril de 2012

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Banco do Brasil agora quer status de banco global

Por Aluísio Alves
Matéria publicada pela Agência Reuters

SÃO PAULO (Reuters) - O Banco do Brasil está preparando uma guinada em seu projeto de internacionalização, com o objetivo de marcar posição como uma marca financeira global nos próximos anos. 

A ofensiva considera planos de expansão mais abrangentes na América Latina, podendo incluir o México, alternativas para entrada na África e uma possível joint venture com um sócio estrangeiro na área de banco de investimento. 

"A meta do BB é ser um banco global no médio prazo", disse nesta quarta-feira à Reuters o vice-presidente de Atacado, Negócios Internacionais e Private Bank do BB, Paulo Rogério Caffarelli. "Vamos ser a Petrobras financeira." 

O banco estatal deflagrou a campanha de expansão no exterior após a crise de 2008, comprando em 2010 o controle do Banco Patagônia, da Argentina, e adquirindo o Eurobank, há um ano, nos Estados Unidos, onde pretende ter 400 mil clientes. 

Além dos alvos já revelados pela instituição em países vizinhos, como Colômbia, Peru e Chile, o banco também enxerga possibilidades de atuação mais ampla, estendendo para toda a América Latina, incluindo o México, segundo o executivo. 

"Nosso foco é em países com perfil de expansão parecida com a do Brasil", disse Caffarelli. Devido a essa orientação, planos de entrar no varejo bancário da Europa, estão fora do radar. 

Fora da América Latina, o próximo destino para ter operações de varejo é a África. Mas o banco estuda alternativas ao acordo anunciado em agosto de 2010, que previa uma joint venture com Bradesco e o português Banco Espírito Santo. 

"Podemos entrar sozinhos ou com outro sócio", disse. 

BANCO DE INVESTIMENTO 

No caso do braço de banco de investimento, a expansão tende a vir necessariamente por meio de parceria, devido a regras estatutárias que inviabilizam o BB como controlador de um negócio nesse segmento. 

O interesse em fortalecer esse segmento tem a ver com a tendência de queda da taxa de juro de longo prazo no Brasil, o que deve fortalecer a demanda de investidores por instrumentos de mercado de capitais. 

Recentemente, o BB transferiu esse segmento da vice-presidência de Finanças para a área internacional chefiada por Caffarelli desde dezembro. 

Caffarelli, antes vice-presidente da área de Varejo, é forte aliado do presidente do BB, Aldemir Bendine, que está no posto há três anos e, segundo fontes do setor é forte candidato a sucedê-lo no banco. 

"O BB quer ser um protagonista em banco de investimentos e, por isso, revisitou sua estratégia no setor, para ganhar mais agilidade." 

Atualmente, Itaú BBA (do Itaú Unibanco), BTG Pactual e BBI (do Bradesco) são as grandes instituições domésticas nesse mercado, deixando para trás o BB, que é o maior banco de varejo do país.

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segunda-feira, 9 de abril de 2012

BB e Caixa têm “gordura” para queimar com juros e crédito, diz professor da UnB

Stênio Ribeiro
Matéria publicada pela Agência Brasil

Brasília – A redução dos juros nas operações de crédito para pessoa física e empresas de pequeno porte, a partir de hoje (9), na Caixa Econômica Federal, e na próxima quinta-feira (12), no Banco do Brasil (BB), é uma estratégia que busca compensar a perda de rentabilidade com ganhos na escala de mercado, viabilizados pelo aumento da clientela e consequente aumento do volume de operações, segundo o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB), Roberto Piscitelli. 

Ele disse que tem observado “discreto” aumento da participação dos bancos oficiais na oferta de crédito, em relação aos bancos privados nacionais e estrangeiros, e lhe “parece que os bancos públicos têm gordura para queimar” na concorrência direta com os “bancões”, como são tratados no Sistema Financeiro Nacional (SFN), pela ordem de ativos, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e HSBC. 

No entender de Piscitelli, “pode dar certo” o estratagema montado pelo governo para induzir os banqueiros a reduzir as margens de ganho definidas nos altos spreads (diferença entre os juros que o banco paga ao aplicador e os juros que cobra nos empréstimos). Embora desconheça qualquer sinalização dos bancos privados no sentido de acompanhar o BB e a Caixa, Piscitelli acredita que “de alguma forma [a redução dos juros e ampliação do crédito] terão reflexo na ponta”. 

A posição dos banqueiros será discutida amanhã (10) em reunião dos dirigentes da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), no início da tarde, com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. Até lá o assunto continuará envolto em mistério, mas o professor arrisca que os bancos vão prometer baixar o spread, desde que o governo diminua também os níveis de exigibilidade bancária (dinheiro dos depósitos à vista e a prazo que os bancos são obrigados a recolher ao Banco Central ). 

Piscitelli vê, porém, com “reserva e cautela”, a ampliação da oferta de crédito, e diz que não se pode ignorar a possibilidade de efeitos inflacionários com mais dinheiro no mercado para consumo. Segundo ele, “existe preocupação com uma certa liberalidade do crédito, que não pode ser promovido de forma indiscriminada”. 

Ele manifesta estranheza, por exemplo, em relação aos recursos tomados pelo Tesouro Nacional, via colocação de títulos públicos no mercado, a juros médios de 12%, e os repassa ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que empresta o mesmo dinheiro às grandes empresas com a taxa de juros de longo prazo (TJLP), de 6% ao ano. “Não dá para explicar o repasse a juros subsidiados”, ressaltou.

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domingo, 8 de abril de 2012

Cresce número de profissionais que planejam finanças pessoais no Brasil

Wellton Máximo

Brasília – A expansão de renda dos brasileiros, em muitos casos, traz um efeito colateral. O impulso que estimula as famílias a consumir também pode resultar na perda do controle das finanças pessoais e no envolvimento em dívidas cada vez maiores. Ao mesmo tempo, a população perde oportunidades de ampliar a riqueza, ao deixar de investir em aplicações rentáveis por puro desconhecimento. 

Para ajudar as famílias a administrar a renda, uma nova categoria de profissionais se expande no Brasil. O planejador financeiro pessoal orienta as famílias a gerenciar o orçamento e a investir o dinheiro. As estatísticas do próprio setor mostram que a demanda por esse serviço não para de crescer. 

De acordo com o Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF), 714 profissionais brasileiros obtiveram a certificação para atuar como planejadores financeiros pessoais em 2011, contra 485 em 2010. De um ano para outro, houve um salto de 47%. A entidade é a única no país autorizada a conceder certificados conforme os padrões do Financial Planning Standards Board (FPSB), entidade criada nos Estados Unidos para estabelecer normas de qualidade para o setor. 

Para o economista Fabiano Calil, diretor do IBCPF, o crescimento do número de planejadores financeiros pessoais está associado ao descompasso entre o aumento da renda dos brasileiros e a falta de informações sobre como administrar o orçamento doméstico. “O planejador financeiro diminui a lacuna entre o baixo nível de educação financeira e a grande oferta de serviços oferecidos pelo mercado financeiro”, diz. 

Calil esclarece que apenas profissionais autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estão autorizados a dar dicas de aplicações. Mesmo assim, os planejadores financeiros podem explicar as modalidades de investimento e ressaltar a importância de poupar. “O planejador financeiro não necessariamente pode recomendar produtos, mas sempre destaca a necessidade de fazer poupança ou aderir a um plano de previdência complementar”, declara. 

O planejador financeiro também fornece orientações sobre o tipo de crédito que a população deve contrair, evitando o cheque especial e o financiamento rotativo dos cartões de crédito, modalidades com juros mais altos. “O planejador ajuda a ver a necessidade de crédito de cada família e a contrair os empréstimos ou financiamentos mais baratos, evitando que a captação [de recursos] vire dívida”, explica. 

Segundo o IBCPF, o crescimento do setor no Brasil está acima da média mundial e até de outros países emergentes. Enquanto o número de profissionais financeiros certificados aumentou pouco mais de 40% no país, a expansão foi 22% na Índia, 20% na China e 14% na Indonésia. 

Em todo o mundo, o número de profissionais da área aumentou apenas 4,5% no ano passado. Na avaliação da entidade, o potencial de crescimento nos países emergentes continuará elevado nos próximos anos porque o número de profissionais da área ainda é pequeno na comparação com os países desenvolvidos.

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