quinta-feira, 29 de março de 2012

Os estrangeiros estão chegando

(O Estado de São Paulo - São Paulo/SP - ESPECIAL - P. H12 - 29/03/2012) 

Investidores do exterior focam suas atenções no mercado brasileiro, que enfrentou alguns problemas, mas continua aquecido 

Marilena Rocha
ESPECIAL PARA O ESTADO 

Com a crise nos Estados Unidos e sua propagação por quase toda a Europa, o mercado imobiliário brasileiro passou, ao longo de 2011, por alguns ajustes, mas continuou aquecido. Tanto que os investidores estrangeiros estão mais e mais focando seus interesses por aqui e uma das maiores franquias americanas já planeja ter 500 imobiliárias espalhadas por todo o território nacional em quatro anos.

O otimismo do setor baseiase em estudos da evolução do mercado imobiliário, incluindo uma pesquisa da Associação de Investidores Estrangeiros no Setor Imobiliário (Afire, sigla em inglês), que dá como certo o fato de o Brasil estar bem próximo de ocupar a segunda colocação no ranking de melhor mercado imobiliário do mundo em termos de atração de investidores estrangeiros, ficando atrás somente dos Estados Unidos.

Nova York ainda é a primeira colocada no ranking das localidades que mais atraem investidores estrangeiros. Mas cidade de São Paulo deu um salto considerável, passando do 26º lugar registrado em 2011 para o quarto lugar este ano. Superou todas as capitais europeias e também dos países que integram os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Tal desempenho é atribuído às garantias legais em vigor e a eventos, sobretudo esportivos, além o seu crescimento econômico.

Há quatro anos operando em solo brasileiro, a Century 21 Brasil Real Estate tem 693 corretores, 151 lojas (das quais 76 já comprando e vendendo imóveis), 75 em fase de instalação e outras 72 franquias podem ser confirmadas até dezembro. "Até 2016 teremos 500 lojas. Afinal, a média de crescimento da empresa em 2011 foi de 300% em relação a 2010", comemora o presidente da Century 21, Ernani Assis. Ele atribui o sucesso justamente ao fato de o mercado imobiliário brasileiro continuar em ascensão, de aumentarem as facilidades na obtenção de crédito e ao déficit habitacional ainda grande. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o País ganha a cada ano 1,5 milhão de novas famílias.

Presente em 73 países com um total de 8.804 agências e 121 mil corretores, a Century 21 já tem representantes em 21 estados brasileiros e no Distrito Federal, atuando sobretudo (60%) em áreas do interior, exceto em São Paulo, onde 16 das 31 franquias operam na capital. "A nossa grande preocupação é eliminar as operações informais no País, pois só erradicando esse formato é que conseguiremos dar maior segurança para um negócio financeiro rentabilizado, ou seja, elevar o nível das negociações." Segundo Assis, nos Estados Unidos, somente 14% das transações imobiliárias dispensam a participação de um corretor de imóveis. "Aqui, 60% das transações são feitas entre pessoas físicas. Então, o que a gente quer é incentivar uma legislação mais justa para proteger o consumidor. Na Espanha é crime fechar um negócio imobiliário sem a intermediação de um agente imobiliário."

O melhor negócio, entende o presidente da Century 21, é o que concilia os interesses das duas partes. "Não buscamos uma queda de preços, mas sim uma acomodação. Ou seja, ninguém deve sair prejudicado numa transação de compra e venda de um imóvel. Deve haver um equilíbrio. Nossos corretores representam os dois lados e é assim que funciona no mundo todo. Por isso, multiplicamos por dois o número de transações que realizamos. Foram 768 mil imóveis usados no ano passado, mas consideramos que atendemos a 1.536.000 famílias." A procura por imóveis usados cresce porque o preço do metro quadrado do lançamento cada vez mais se aproxima do valor cobrado pelo metro quadrado do imóvel pronto. A diferença de até 40% já é coisa do passado, o que se atribui à elevação dos preços dos terrenos e custos altos da mão de obra qualificada cada vez mais escassa. De maneira geral, os preços praticados ao longo do ano obedeceram às diferenças regionais preexistentes: o Sudeste registrou em média 29% de ajuste positivo em relação ao Nordeste e o Sul exibiu preços 12% mais baratos do que o Sudeste. Em São Paulo, o tíquete médio ficou em quase R$ 900 mil, mas, no Sudeste como um todo, a predominância foi de dois quartos por R$ 445 mil, ao passo que a preferência no Nordeste foi por três dormitórios por R$ 312 mil (tíquete médio) e, no Sul, três quartos por R$ 396 mil.

Assis destaca ainda o fato de a Century 21 ser a única franqueadora internacional que não cobra royalties. "A maioria cobra 7% sobre o faturamento bruto. Nós cobramos apenas uma pequena taxa fixa, mas não ficamos sem receita porque oferecemos uma série de serviços dentro do mesmo ponto de venda, de crédito imobiliário e seguros a leilão de imóveis privados. A pessoa compra um imóvel, por exemplo, e ali mesmo já contrata a mudança ou até mesmo profissionais para pequenas reformas. Com isso o lucro líquido de nossas imobiliárias é, em média, de 3,14% ante o 1,2% registrado por qualquer outra imobiliária no País. Isso é mágico, mas é na verdade fruto de um modelo de negócio inovador", argumenta.

Comprando lá fora.Outro movimento marcou o setor imobiliário em 2011: o crescente interesse de brasileiros na compra de um imóvel no exterior. Os preços baixos por causa da crise na zona do euro e nos Estados Unidos, o real valorizado em relação ao dólar e até a facilidade de financiamento em outros países são apontados como os principais fatores para essa disposição. Mas há também quem admita estar fugindo da ganância dos que embarcaram na cobrança de preços estratosféricos pelo metro quadrado tanto no Rio como em São Paulo: até R$ 50 mil o metro quadrado numa cobertura na Vieira Souto ou mais de R$ 32 mil o metro quadrado na Delfim Moreira ou entre R$ 20 mil e R$ 30 mil o metro quadrado em áreas nobres da zona sul de São Paulo.

O setor imobiliário confirma que o ritmo desses negócios em 2011 foi duas vezes maior do que o verificado em 2010 e até 30% superior ao registrado em 1997, quando real e dólar estavam nas negociações de agora é que a maioria de interessados é formada por brasileiros que buscam por um segundo imóvel, principalmente para passar as férias. Tanto que de 11 negócios fechados por brasileiros, dez ficam em Miami, com preços a partir de US$ 250 mil, e apenas um em NovaYork. Ou seja, não se trata tão somente de investimento, mas sim de algo para uso próprio junto a praias.

Dada a continuidade de consultas a corretores e bancos por parte dos interessados, analistas apostam no prosseguimento desta tendência. A maior parte paga à vista, mas há quem dê 40% de entrada e financie o restante, aproveitando os juros anuais, que não ultrapassam a casa dos 5%. Nesse sentido, alguns brasileiros chegaram a comprar vários imóveis, quase que alugando-os de imediato para pagar as dívidas assumidas com bancos.

O brasileiro também estende sua procura por imóveis no exterior aos países vizinhos. Destaque para a sua presença no Uruguai. Dos US$ 7 mil em negócios imobiliários fechados diariamente em Punta del Este, em 2011, 40% foram pagos por clientes do Brasil - 67% procedentes de São Paulo. "O interesse é tamanho que vamos abrir nossa primeira loja lá em maio, fazendo a conexão direta de São Paulo com Punta del Este", informa o presidente da Century 21.

La Barra, Jose Ignacio, Playa Brava, Bosque e Beverly Hills são as regiões que mais atraem brasileiros. "Nelas, 78% das transações são de novos empreendimentos e 22% de imóveis de revenda. Em Jose Ignacio, por exemplo, metro quadrado de mansões custa US$ 2.300." O dirigente destaca as facilidades que o governo uruguaio dispensa aos estrangeiros que lá queiram plantar raízes: só exige renda estável e não possuir antecedentes criminais.

Os estrangeiros têm direitos e proteções idênticos aos dos uruguaios para comprar e vender imóveis em todo o seu território. "A igualdade é garantida por lei e o seu sistema de registro de imóveis é sólido, bem como o sistema bancário, com leis de privacidade. O país é política, social e economicamente estável, possuindo economia aberta preços, fluxo de capital, convertibilidade de moeda e repatriamento de capital e dividendos livres", conclui.

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quarta-feira, 28 de março de 2012

BNDES apoiará estudos da UERJ e da UFPB sobre microempreendedor individual

Matéria publicado no Portal Fator Brasil

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apoiará com R$ 200 mil dois estudos acadêmicos sobre a lei 128/08, que instituiu a figura do microempreendedor individual (MEI). Os recursos irão para a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), através da sua Fundação de Apoio à Pesquisa e à Extensão da Paraíba (FUNAPE-PB). 

Os estudos, que serão conduzidos de maneira independente por cada instituição, têm o objetivo de diagnosticar a adesão de trabalhadores informais como microempreendedores individuais nos primeiros anos de vigência da Lei Complementar e avaliar o impacto dessa formalização sobre a demanda de crédito, a receita fiscal e a geração de emprego. 

Pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Economia da UFPB tratarão dos nove Estados da região Nordeste, enquanto o Instituto de Matemática e Estatística da UERJ cobrirá os 92 municípios do Rio de Janeiro. Os dois projetos apoiados pelo BNDES foram selecionados a partir de Chamada Pública desenvolvida por meio de cooperação técnica entre o Banco e o Ministério da Previdência Social. 

Os recursos, não reembolsáveis, são provenientes do Fundo de Estruturação de Projetos (BNDES FEP), constituído com parte do lucro do Banco e destinado a fomentar pesquisas ou estudos que contribuam para a formulação de políticas públicas ou a geração de projetos de desenvolvimento econômico e social no Brasil e na América Latina. 

Em vigência desde 1º de julho de 2009, a lei 128/08 institui a figura do microempreendedor individual, que tem direito à inclusão no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), mas fica isento de praticamente todos os tributos, à exceção de taxas simbólicas de ICMS (caso indústria ou comércio) e ISS (caso serviço). 

Outra vantagem é a alíquota reduzida na contribuição previdenciária, de apenas 5% (R$ 29). Até janeiro de 2012, a Receita Federal registrou 1,8 milhão de MEIs cadastrados, aumento de 134% em relação a janeiro de 2011.

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segunda-feira, 26 de março de 2012

Banco adota no cheque especial taxa de consignado

Juro mais baixo do País nessa modalidade só está disponível para clientes do Sofisa e seu braço online Sofisa Direto; analista vê estratégia de marketing

ROBERTA SCRIVANO - O Estado de S.Paulo
Matéria publicada em www.estadao.com.br

O Sofisa Direto coloca hoje à disposição dos seus clientes um cheque especial com taxa menor que a de crédito consignado - o mais barato do mercado. Chamado Saque Especial, o produto cobrará 1,95% ao mês. A média do mercado para o cheque especial é de 9,5% mensais. O consignado cobra, também em média, 2% ao mês.

O banco, braço totalmente online do já conhecido Sofisa, iniciou em junho do ano passado as suas operações com a venda de CDBs que pagam, no mínimo, 100% do CDI (taxa de juros de referência do mercado financeiro nacional). O porcentual vale para qualquer valor investidor - um diferencial em relação à prática de outros bancos, que dão melhor rentabilidade para quem tem valores mais altos.

Agora, o Sofisa quer desmanchar a imagem de banco de atacado e mostrar ao cliente que pode oferecer mais. O lançamento do Saque Especial é o primeiro passo nessa direção, explicou Bazili Swioklo, diretor do Sofisa Direto. Embora não tenha antecipado detalhes, o executivo disse que a partir do segundo semestre mais novidades virão.

Para que o uso do cheque especial não seja indiscriminado, sobretudo porque a taxa é baixa, o banco só disponibilizará o limite pré-aprovado para quem já é cliente e, portanto, tem investimentos na instituição. "O risco para nós é muito baixo porque já temos esse cliente na carteira, com dinheiro aplicado aqui", comentou Swioklo para justificar como o banco conseguiu alcançar os 1,95% de taxa por mês.

Competição. Oferecer produtos mais atrativos também é uma forma de atrair a atenção dos clientes e ganhar competitividade diante dos tradicionais grandes bancos. Alcides Leite, professor da Escola de Negócios Trevisan, avalia que oferecer o limite de crédito pré-aprovado pode ser exclusivamente uma jogada de marketing do Sofisa. 

"O perfil do cliente deles não é de tomador de empréstimo. Mas, sem dúvida, ter o limite pré-aprovado é um atrativo."

Fazer a "venda casada" de investimento e crédito também ajuda a assegurar o empréstimo, frisa Leite. Colocar o limite à disposição, diz o professor, não provoca suspeitas contra a instituição. "Mesmo se o banco quebrar, quem estará com o dinheiro é o cliente que, mesmo nesse caso extremo, terá de pagar a dívida", explica. O cuidado, diz ele, deve ser sempre em relação ao investimento. O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) assegura aplicações de até R$ 70 mil em CDBs. Portanto, investimentos dentro do limite não têm risco.

O Sofisa Direto não abre conta corrente com cartão de débito, por exemplo. Isso também impede que o limite de cheque especial seja usado com tanta facilidade quanto no banco de varejo. Quem quiser usar o Saque Especial precisa, pela internet, solicitar a transferência do dinheiro para outra conta e, em seguida, fazer o saque. "Não é um empréstimo para consumo, mas para aproveitar oportunidades", detalha Swioklo.

Desta forma, completa o executivo, não há necessidade de o investidor sacar os seus recursos que estão aplicados e desfazer a estratégia inicialmente traçada. "Queremos facilitar a vida do nosso cliente".

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Fuga de capitais enfraquece o yuan

Matéria publicado no The Wall Street Journal

Para saber quais as perspectivas para a China, siga o rastro do dinheiro. 

Operadores nos mercados de câmbio da China estão relatando duas semanas de vendas de yuans — sugerindo que o capital está saindo do país. Cálculos baseados em dados do banco central chinês sugerem que muito capital especulativo deixou o país em quatro dos últimos cinco meses, totalizando uma fuga de capital de mais de 200 bilhões de yuans (US$ 31,7 bilhões). 

As expectativas menores para a valorização do yuan formam grande parte do quadro. O banco central fixou a cotação do yuan em uma alta recorde frente ao dólar na sexta-feira e na segunda-feira. Apesar disso, a moeda chinesa registrou alta de apenas 0,2% contra o dólar no primeiro trimestre. Isso se compara com uma valorização de 5,1% em 2011. Com poucas esperanças de lucros fáceis por meio da taxa de câmbio, o capital especulativo está rumando para a porta da saída. 

Há implicações políticas importantes. Um êxodo de fundos do sistema financeiro chinês ameaça exaurir a liquidez dos bancos e torna mais provável que o banco central afrouxe sua política, provavelmente reduzindo a proporção de reservas bancárias compulsórias. Não é coincidência que a primeira queda nessa proporção – uma iniciativa que libera os depósitos bancários para empréstimos – ocorreu em novembro, depois de dois meses de fuga de capital. 

Ações destinadas a aumentar a flexibilidade do regime cambial da China podem ser adiadas. O yuan atualmente é negociado contra o dólar em uma faixa de 0,5% acima ou abaixo da cotação fixada diariamente. O banco central deseja ampliar essa faixa para permitir maior flexibilidade nos dois sentidos, reduzindo os estímulos aos investidores que fazem apostas de mão única na apreciação do yuan ao trazer capital especulativo para o país. 

Mas o banco central chinês ainda vive sob a grande sombra da crise financeira asiática, quando repentinas fugas de capital deixaram países vizinhos de joelhos. Ampliar a faixa num momento em que o capital especulativo já está saindo do país poderia provocar uma pressão ainda maior para a venda de yuans. Isso significa que a mudança na política cambial, há muito aguardada, provavelmente ficará em suspenso pelo menos por um pouco mais de tempo.


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quarta-feira, 21 de março de 2012

Doenças por fumo custam US$ 185 milhões aos brasileiros, diz pesquisa



Sílvio Guedes Crespo
Matéria publicada no Blog Radar Econômico

Os brasileiros gastaram US$ 185 milhões (R$ 340 milhões, na cotação atual) tratando de doenças relacionadas ao uso do tabaco, segundo o mais recente relatório da Fundação Mundial do Pulmão. Esse valor inclui as despesas dos setores público e privado com o problema. 

O número é relativamente baixo se comparado com outros países. Nos Estados Unidos, cuja população é apenas 64% maior que a brasileira, o chamado “custo direto do tabaco”, nas palavras da fundação, somou US$ 96 bilhões. 

O estudo inclui diversos outros dados sobre a indústria de tabaco, entre eles um cálculo curioso: para cada US$ 6 mil que as empresas de fumo lucram, uma pessoa morre em decorrência do tabagismo. 

O dado resulta de uma divisão do lucro estimado das seis maiores companhias de tabaco do mundo em 2010 (US$ 35 bilhões) pelo número de pessoas que morreram de doenças causadas pelo fumo (6 milhões). 

Não custa dizer que essa constatação vale apenas como curiosidade. Logicamente, não pode ser interpretada ao pé da letra, como se cada pessoa morresse após gastar US$ 6 mil em cigarros, ou seja, após consumir 2 mil maços de R$ 5 cada.

Íntegra 
Clique aqui para baixar o relatório da Fundação Mundial do Pulmão

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Uma boa conversa é a chave da saúde financeira de um casal


Matéria publicada no The Wall Street Journal

Quando os casais vêm pela primeira vez consultar Bruce Helmer, do Wealth Enhancement Group (Grupo para Aumentar a Riqueza), em Minneapolis, no Estado americano de Minnesota, ele costuma dar a eles um baralho de cartas. Cada carta tem uma palavra que representa um valor, como família, espiritualidade ou aventura, e Helmer pede a cada cônjuge que selecione entre as 50 cartas as 15 que julga mais importantes para si. Por fim, cada um deve reduzir sua seleção para 10 e depois para 5 cartas. Nesse ponto, os dois mostram suas cartas.

Os resultados muitas vezes surpreendem os casais, pois um dos cônjuges talvez nunca tenha imaginado que o outro tem o sonho de escalar o Monte Evereste ou fundar uma ONG. E também indicam uma das maiores dificuldades do planejamento financeiro: conseguir que marido e mulher conversem e expressem o que é mais importante para cada um. 

O trabalho do assessor financeiro é fazer com que a conversa passe de objetivos vagos, como "economizar o suficiente para a aposentadoria", a metas bem reais e concretas, como definir qual o legado que o casal quer deixar na vida. Não é uma tarefa fácil, e exige muito planejamento — e às vezes criatividade — por parte do assessor. 

Kimberly K. Maez, consultora particular para gestão de fortunas na Ameriprise Financial Inc., em Colorado Springs, no Estado do Colorado, dá uma tarefa aos clientes: criar o que ela chama de "livro dos sonhos", usando uma série de perguntas para ajudá-los a desenvolver uma visão para as suas vidas. As perguntas incluem: Como você quer que a sua vida seja daqui a cinco anos? O que é importante para você em relação à família? O que você quer que o seu dinheiro faça para você, para a sua família ou para o legado que você vai deixar? 

Cada cônjuge responde a essas perguntas individualmente e depois conversa sobre o que escreveu. "Eu digo aos clientes que é realmente importante que eles saiam da roda-viva do cotidiano e conversem um com o outro", diz Maez. "Se essas conversas não acontecem ao longo do relacionamento, quando os filhos vão para a universidade a relação tem uma tendência maior a se desintegrar." 

Um casal com quem Maez trabalhou chegou à conclusão de que suas vidas estavam indo em direções diferentes: ele queria viajar para a China e ela queria trabalhar para uma organização de caridade, prestando assistência médica gratuita a pessoas de baixa renda. Antes de discutir de que forma eles poderiam financiar esses objetivos, Maez primeiro pediu ao casal que pensasse se cada um poderia dar apoio ao outro nesses caminhos separados. 

Não foi fácil. No início, ela notou que a mulher ficava de braços cruzados e o homem parava de se envolver na conversa. Mas Maez continuou a fazer perguntas e deixou o casal passar por momentos incômodos de silêncio. Ela então lhes disse para voltar para casa e pensar sobre seus objetivos, individualmente. "Eles perceberam que estão juntos há 25 anos e nunca conversaram sobre a visão de cada um para essa fase da vida", diz Maez. 

Um mês depois, o casal voltou e teve uma conversa aberta, onde cada um teve permissão de dizer o que queria, sem que o outro ficasse na defensiva. 

A mulher, de 60 anos, agora trabalha para uma organização sem fins lucrativos. O marido, de 62 anos, faz periodicamente viagens de duas semanas para o exterior. "Foram as conversas que surgiram a partir do livro dos sonhos que lhes permitiram compreender que cada um tinha que fazer o que queria", diz Maez. Isso, por sua vez, lhes permitiu chegar a um planejamento financeiro mais realista, diz ela. 

Stacy e Barry Johnson, que trabalham juntos em uma consultoria financeira em Casper, no Estado de Wyoming, dizem que o fato de serem um casal os ajuda a entender melhor o funcionamento interno de um relacionamento, quando o assunto é o planejamento das finanças. 

As mulheres muitas vezes se sentem inclinadas a trabalhar com Stacy, e os homens com Barry. "Como casal, temos dois pares de olhos e ouvidos distintos e perspectivas diferentes, o que ajuda os casais a quebrar essas barreiras", diz Stacy, consultora de gestão de investimentos na firma Raymond James Financial Services Inc. 

Os assessores financeiros se lembram de um casal cujo marido tinha guardado muito dinheiro e havia separado as economias em diferentes categorias: viagens e diversão, despesas mensais e despesas para a educação futura dos netos. 

O problema era que a esposa não havia sido envolvida no processo de planejamento financeiro. "Ele sempre pensou em economizar para suas próprias categorias de atividade e não tinha levado as necessidades da mulher em consideração", diz Johnson. "Pedimos que ela expressasse seus desejos." 

Foi a primeira vez que alguém lhe perguntou sobre seus próprios planos de aposentadoria e serviu para lembrá-los que o casamento é uma parceria, na qual ambos os cônjuges merecem ser ouvidos.

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quarta-feira, 14 de março de 2012

Gustavo Franco diz que Brasil deve se acostumar a real valorizado



A abundância cambial no Brasil não é produto de guerras cambiais mundiais ou resultado de um tsunami financeiro como afirma o governo, disse Gustavo Franco, antigo presidente do Banco Central do Brasil, que também é sócio e diretor executivo da firma Rio Bravo Investimentos. 

"As autoridades no Brasil parecem estar querendo se eximir da culpa pela valorização da moeda", disse Franco em uma entrevista ao The Wall Street Journal. 

O ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, cunhou o termo "guerra cambial" para descrever as políticas de dinheiro fácil do mundo desenvolvido, enquanto a presidente Dilma Rousseff referiu-se recentemente a um "tsunami financeiro" para reclamar do efeito do dinheiro barato disponibilizado pelos bancos centrais da Europa e dos Estados Unidos. 

Para Franco, que na década de 90 era defensor do regime de taxa de câmbio fixa no Brasil, é uma "perda de tempo" para o governo brasileiro culpar fatores externos e deixar de olhar para os problemas estruturais que permanecerão mesmo depois que o "tsunami" passar, pois a "saúde da economia brasileira" trará mais investimentos ao país. 

"As melhorias na economia são melhorias na moeda... É melhor não lutar contra isso, mas acostumar-se com isso", disse Franco. 

Embora admitindo que intervenções do governo proporcionam algum alívio de curto prazo para o real, ele afirmou que estas ações têm impacto limitado, pois as forças do mercado prevalecerão. Na sua opinião, as mudanças estruturais criam um novo desafio para os líderes da indústria brasileira, que tinham "ideias românticas sobre uma indústria completamente nacionalizada", e que agora precisam aceitar que o conceito de uma indústria autossuficiente, com índices de conteúdo nacional de 95%, é inconsistente com a economia global. 

"Você precisa ser capaz de usar as melhores importações do mundo, capaz de exportar sua atividade; ter plantas na China e Índia e comprar máquinas da Alemanha", disse Franco. 

O antigo presidente do Banco Central acredita que o Brasil está passando por uma transformação parecida àquela já vivenciada pelo Japão e pela Coreia, quando esses países fizeram sua transição para se tornar economias desenvolvidas. Para Franco, o que o Brasil precisa fazer — e já está fazendo — é reduzir o custo de capital, baixando a taxa de básica de juros, a Selic, e também buscar níveis mais altos de produtividade.

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domingo, 11 de março de 2012

O mercado de trabalho do economista

Por Fernando de Aquino Fonseca Neto (*)
Artigo publicado em http://www.cofecon.org.br

O espaço do economista no mercado de trabalho no Brasil tem sido restringido pela visão que se formou desse profissional. As definições de economia, dentre as quais uma mais inteligível seria “a ciência que trata dos fenômenos relativos à produção, distribuição e consumo de bens e serviços”, evocam uma disciplina de natureza acadêmica, aplicável apenas às discussões da atuação dos governos no ambiente econômico, ou ainda às perspectivas de diversos mercados, em escala global, nacional ou local. É analisando esses temas e eventos que o economista tem tido frequente exposição na mídia, o que faz parecer que o seu espaço seria apenas o de estudioso acadêmico. Outro espaço de atuação reconhecido pela opinião pública seria como especialista em mercado financeiro – habilitado a identificar as melhores oportunidades de compra e venda de ações e títulos, assim como as mais adequadas opções de aplicações financeiras e de financiamentos para indivíduos e empresas. 

De fato, a área acadêmica e o mercado financeiro são fortes áreas de atuação dos economistas – no Brasil e no mundo poucas áreas seriam comparáveis em quantidade e qualidade de mestres, doutores, periódicos científicos e instrumental metodológico; assim como em formação e habilidades para um desempenho diferenciado no mercado financeiro. Entretanto, em várias outras atividades o envolvimento de economistas é vantajoso não só por ampliar o seu campo de atuação, mas pelo seu potencial de prestar serviços mais adequados que outros profissionais, sempre que sua formação específica possibilitar, elevando a eficiência na utilização dos recursos, com implicações favoráveis sobre os resultados do contratante e, como a própria teoria econômica postula, sobre o bem-estar social. 

Mas qual seria esta formação específica? Muitos reclamam, sobretudo os próprios economistas, dos conteúdos dos cursos serem muito teóricos e abstratos, não lhes capacitando para atender às demandas do mercado. Em que pese a importância do aumento de conteúdos de aplicação mais direta, deve-se admitir que é justamente essa sólida formação teórica que permite um efetivo acompanhamento da conjuntura econômica, até em escala global, e uma correta interpretação do comportamento dos mercados de interesse. Agregue-se a essa formação o domínio de instrumentos bem específicos dos economistas, como cálculo financeiro, econometria e análise de insumo produto. Antes mesmo da reserva de mercado legal, disso resultam as suas vantagens em várias atividades. 

As demais profissões são dignas de todo respeito e reconhecimento nas atividades em que suas formações são mais adequadas. Dentre os que interagem com mais freqüência com os economistas, vale citar os administradores, os contadores e os engenheiros. Longe de querer rotular ou limitar a atuação de qualquer profissional, o foco do administrador seria a gestão das diversas áreas de uma instituição; do contador, o registro das alterações e levantamento de demonstrativos do patrimônio de uma instituição, e do engenheiro, a identificação das soluções mais adequadas para demandas no âmbito físico. Assim, o administrador se envolve na gestão de todas as áreas, o contador se apresenta para assumir as demandas de natureza financeira e o engenheiro é dotado de um treinamento que lhe confere grande habilidade para atividades de natureza analítica, mas esses profissionais não retiram a utilidade do economista para empresa, como funcionário e/ou como prestador de serviços. 

Embora com demanda consolidada no mercado financeiro e nas atividades de pesquisa, em universidades, instituições de pesquisa e consultorias, os economistas sofrem a concorrência de outros profissionais em atividades nas quais teriam a formação mais adequada. Nessa situação, vale citar três exemplos – planejamento, projetos e perícia. Deve-se esperar que equipes multiprofissionais tenham desempenho melhor em tais atividades, mas a presença de economistas seria indispensável para a obtenção de resultados de alto padrão, principalmente em função de sua formação voltada para entender o ambiente macro e microeconômico. Essa capacidade em outro profissional é improvável e tende a ser inadequada, podendo ser difusa, superficial ou representar mera opinião. 

Nas atividades de planejamento, seja no setor público ou privado, a elaboração de cenários macro e microeconômicos é indispensável. No mesmo sentido, a elaboração de projetos de viabilidade econômico-financeira exige a identificação de dimensões, momentos e ritmos dos projetos que demandarão pesquisas de mercado e correto acompanhamento da conjuntura e tendências econômicas. Enquanto na perícia econômico-financeira, a utilização de cálculos financeiros e econométricos, além da aplicação de indicadores econômico-financeiros, são requeridos, fazendo do economista o profissional mais habilitado. Observe-se que a perícia econômico-financeira é muitas vezes erroneamente denominada perícia contábil, o que não modifica a sua substância nem a torna privativa do contador. Em particular, essas três atividades citadas são bons exemplos das que seriam mais adequadas à formação do economista, mas muitas vezes são desempenhadas pelo contador, sobretudo por estarem mais próximos das empresas no exercício de suas atividades privativas de registros e elaboração de demonstrativos contábeis. 

Apenas para preencher planilhas e formulários não é preciso ser economista, assim como apenas para cortar alguém com o bisturi não é preciso ser cirurgião. Então, que tal fazer uma cirurgia plástica com um esteticista? Afinal de contas, os barbeiros, que já cortavam os cabelos dos clientes regularmente, eram aproveitados para eventuais extrações de dentes. Porém, nesse serviço nós já evoluímos. 
___________________________________________________
(*) Fernando de Aquino Fonseca Neto é doutor em economia pela Universidade de Brasília e presidente do Conselho Regional de Economia de Pernambuco (CORECON-PE)

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Dominado pela Caixa, financiamento estudantil migra para o BB

Por Murilo Rodrigues Alves
Valor Econômico

BRASÍLIA – O Banco do Brasil (BB) conseguiu abocanhar quase metade do mercado de financiamento estudantil no país. A instituição emprestou R$ 913,2 milhões a universitários em fevereiro, aumentando o volume da sua carteira do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o acumulado de R$ 3,21 bilhões desde agosto de 2010, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo banco. 

Esse mercado até pouco tempo era exclusivo da Caixa Econômica Federal. Em 2010, quando o BB começou a fazer esse tipo de operação, a fatia do banco no mercado era de apenas 3%. A participação saltou para 30% no fim de 2011 e, com os contratos já formalizados neste ano, subiu para 48%. “O banco tem como objetivo tornar-se o principal operador do Fies”, informou, em nota, o BB. 

No mês passado, foram recebidos quase 25 mil novos contratos, 75% a mais do que os 14,3 mil de janeiro deste ano. Foram formalizadas mais de 40,5 mil operações de Fies no BB no acumulado de 2012 - ou 87% do total registrado em todo o ano passado (46,2 mil). De acordo com o banco público, 88 mil universitários de faculdades privadas já contrataram empréstimos na instituição, com "tíquete" médio de aproximadamente R$ 36,6 mil. 

O Fies permite financiar até 100% do valor da graduação, com prazo de pagamento de até três vezes o período financiado, mais um ano. Os juros são de 3,4% ao ano (ou 0,27% ao mês) para todos os cursos. O pagamento começa um ano e meio depois da formatura.

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