sábado, 15 de fevereiro de 2014

Falta de gestão profissional ameaça pequenas empresas, dizem especialistas

Matéria publicada no site da Agência Brasil

Abrir o próprio negócio parece ser a solução perfeita para quem quer fugir do patrão e, ao mesmo tempo, ajudar a economia por meio da criação de empregos e do aumento da produção. Esse passo, no entanto, requer planejamento e cuidado para não terminar em dor de cabeça. A falta de gestão profissional, dizem especialistas, põe em risco a sobrevivência das micro e pequenas empresas.

De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a taxa de mortalidade das empresas com mais de dois anos de funcionamento corresponde a 24,6%. Na prática, uma em cada quatro empresas fecha até dois anos após a criação. Grande parte do índice pode ser atribuída à má administração.

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O principal problema diz respeito à mistura entre o patrimônio pessoal dos donos e o dinheiro das empresas. A falta de um sistema claro de contabilidade compromete a manutenção e a capacidade de investimento das empresas. A dificuldade, dizem os especialistas, não se restringe aos negócios familiares e acomete grande parte das empresas.

“Sem uma separação definida entre o patrimônio pessoal e da empresa, os donos ou os sócios fazem retiradas sem o devido cuidado e põem em risco a contabilidade do negócio”, adverte o consultor Marcello Lopes. Para ele, os proprietários precisam saber quanto a empresa rende, para somente então definirem o valor das retiradas. “O empresário não pode simplesmente retirar o valor que quiser porque a renda dele é determinada pelo lucro do negócio”, acrescenta.

A falta de profissionalização na administração das empresas também pode causar problemas com o Fisco. “Por falta de conhecimento, as retiradas para proveito próprio do dono são registradas como despesas relacionadas à atividade da empresa, que reduzem o lucro e diminuem o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido”, explica o advogado tributarista Edemir Marques de Oliveira.

Se a Receita constatar que as despesas foram registradas de forma errada e diminuíram o lucro artificialmente, ela pode auditar a empresa. “No fim, o empresário vai pagar ainda mais impostos e ter dor de cabeça mesmo que não tenha tido a intenção de burlar o Fisco”, diz o advogado.

Pela legislação, as empresas que faturam até R$ 360 mil por ano pagam os tributos federais, estaduais e municipais por meio do Simples Nacional. Segundo Lopes, o regime simplificado de tributação, ao mesmo tempo em que facilitou a vida das empresas, desestimulou os pequenos negócios a buscar uma gestão profissional. “No Simples Nacional, basta um livro-caixa para pagar os impostos, mas isso não significa que as empresas devam ser descuidadas com a administração e a contabilidade”, diz.

A falta de planejamento compromete o crescimento das empresas no médio e no longo prazo, principalmente quando as empresas faturam mais e saem do Simples Nacional. "Uma gestão descuidada compromete não só o pagamento de impostos como atrapalham a obtenção de crédito para a empresa porque ela não consegue justificar a contabilidade aos bancos”, alerta Lopes, que presta orientação a empresas que querem profissionalizar a administração.

Para Oliveira, o custo de as micro e pequenas empresas recorrerem a uma consultoria para profissionalizar a gestão compensa os resultados. Caso o custo seja alto, o advogado aconselha os empresários a procurar as associações comerciais e as unidades do Sebrae para receberem orientações sobre a administração dos negócios. “Essas entidades ajudam o empresário a correr atrás de uma gestão um pouco mais profissional”, comenta.


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sábado, 8 de fevereiro de 2014

Turista brasileiro está de malas prontas para o Nordeste, diz MTur

Matéria publicada no Portal Fator Brasil

Mais da metade dos viajantes de sete capitais do país devem visitar destinos da região até a Copa.

A região Nordeste, que abriga quatro cidades-sede da Copa do Mundo, deve receber o maior fluxo de turismo doméstico do país até julho, período que inclui a realização do mundial de futebol. De acordo com uma pesquisa do Ministério do Turismo, 53,8% dos potenciais viajantes elegeram algum destino da região como roteiro de viagem.


O Sudeste é a segunda região mais requisitada, com 24,1% das indicações e três sedes da Copa. Já o Sul, que vai receber torcedores da Copa em duas capitais, é alvo de 11,9% dos pretensos viajantes.

“Os atrativos naturais do Nordeste e a boa infraestrutura de seus destinos explicam a preferência dos turistas pela região”, diz o ministro do Turismo, Gastão Vieira.

A Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem, realizada em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), ouviu dois mil moradores de Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife, Salvador e São Paulo. Essas cidades, juntas, respondem por 70% do fluxo de turistas do país.

A sondagem também apontou um aumento da intenção de viagem em relação a janeiro do ano passado: de 25,7% para 27%. Entre os entrevistados que pretendem arrumar as malas nos próximos seis meses, 67,5% pretendem fazê-lo pelo país, e apenas 27,4% pelo exterior.

A maioria dos entrevistados (55,8%) vai usar o avião como meio de transporte. O automóvel é a segunda opção, com 25,2% das indicações. Os sete municípios pesquisados são também sedes da Copa do Mundo de 2014: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Recife, Belo Horizonte, e Salvador.

Cada brasileiro pagou, em média, R$145,75 de IPVA em 2013

Matéria publicada no Portal Fator Brasil

Estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação indica que foram arrecadados cerca de R$ 29,295 bilhões com o tributo estadual.

No ano de 2013, o Brasil arrecadou um total de R$ 29,295 bilhões pelo pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos e Automotores (IPVA) dos 81.600.729 automóveis em todo o País, de acordo com o estudo "Arrecadação de IPVA e sua proporcionalidade em relação à frota de veículos e à população brasileira", concluído pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT. O estudo completo, disponível no site [www.ibpt.org.br] leva em consideração a arrecadação do IPVA projetada para 2013 pelo Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ), a frota automotiva, de acordo com o Departamento Nacional de Trânsito, e a população brasileira projetada para 2013, conforme dados do Intituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo aponta que somente o Estado de São Paulo concentra quase metade da arrecadação do imposto em todo o País, com um total de R$ 12. 451.559.000,00, já que possui 24.560.202 dos automóveis registrados, a maior frota do território nacional. A segunda maior arrecadação do IPVA foi do Estado de Minas Gerais, com R$3.429.469.000,00; seguido do Rio de Janeiro, com 1.930.315.000,00; e Paraná, com 1.900.880.00,00. As menores arrecadações do imposto foram obtidas pelos Estados de Roraima, com R$34.762.00,000; Acre, com R$ 46.392.000,00 e Amapá, onde foram contabilizados R$ 55.771.000,00.

Caso todos os brasileiros pagassem IPVA, cada cidadão desembolsaria R$ 145,75 com este tributo estadual, considerado o segundo mais importante em termos de arrecadação, depois do ICMS. A maior arrecadação por habitante está concentrada no Estado de São Paulo, com R$ 285,17. Já o cidadão maranhense é o que o menor valor, de R$ 42,30. Considerando toda a frota existente no País, cada veículo pagou, em média, R$359,01.

“A variação na cobrança em valores e alíquotas diferentes em cada Estado brasileiro nos permite observar que, apesar de aparecer na sexta colocação em termos de população, o Paraná detém a terceira maior frota automotiva do País”, ressalta o presidente do IBPT, João Eloi Olenike. “Por outro lado, esta variação pode causar uma espécie de ‘guerra fiscal’ entre os Estados, o que pode ser observado no emplacamento de grandes frotas nos Estados que apresentam menor tributação, principalmente por empresas que utilizam uma grande quantidade de veículos em suas atividades”, constata o executivo.