segunda-feira, 25 de março de 2013

O contador na vida das PMEs

Escrito por Geuma Nascimento* - Publicado no Portal da Classe Contábil

Dois mil e treze é o ano da contabilidade no Brasil. Trata-se de um marco para a classe contábil. Nos últimos anos, a contabilidade passou por avanços nas normas, buscando desenvolver cada vez mais as empresas com maior transparência. O ano da contabilidade no Brasil é uma campanha do Conselho Federal da Contabilidade(CFC).

É um momento oportuno para as pequenas e médias empresas (PMEs), que ainda precisam de melhorias quanto à sua gestão, olharem com mais atenção a contabilidade e reconhecer a importância do contador em sua vida empresarial. As informações contábeis não se prestam apenas a atender as demandas do fisco. Elas vão muito além disso, têm papel crucial na gestão dos negócios, podendo fazer a diferença.

A correta gestão da contabilidade proporciona total tranquilidade para que as empresas trabalhem dedicadas ao planejamento, desenvolvimento e sucesso de seus negócios, sem qualquer Risco de não estarem cumprindo seus compromissos legais com o fisco

Além disso, nos últimos anos, novas leis e medidas começaram a vigorar no Brasil. A modernização da Lei das SA e a convergência do país às normas internacionais. Muitos pequenos e médios empresários, infelizmente, estão à margem dessas mudanças e desconhecem as implicações que isso pode ter na administração do seu negócio, ou mesmo no recolhimento de impostos, arcando com um valor maior do que deveria.

A partir do momento em que o empresário está ciente dos custos reais que seu negócio tem, é possível definir como fica o seu orçamento, seu estoque, estrutura física necessária para isso, a operação de vendas, entre outros diversos aspectos.

Considerando as obrigações fiscais e os outros custos é possível projetar o Preço a ser cobrado pelos produtos e Serviços para que não ocorra problemas na hora de honrar os compromissos. Sabemos que quem define o Preço é o consumidor, portanto quanto mais gestão eu faço, menos imprevisibilidade eu tenho nos meus negócios.

O trabalho do contador é fundamental em todo esse processo, ajudando as empresas a se manterem organizadas e preparadas, garantindo, assim, um crescimento sustentável. 

A campanha do CFC, cujo objetivo é informar sobre os Serviços prestados pelos profissionais contábeis, certamente jogará luzes sobre a contabilidade e o contador, resgatando sua importância na sociedade, algo que em países desenvolvidos, esta importância é notória.

*Mestre em contabilidade, escritora, professora universitária e sócia da Trevisan Gestão & Consultoria e da Efycaz Trevisan – Aprendizagem em Educação Continuada.

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Tags: Contador, Contabilidade, PMEs, Micro-Pequenas-Empresas, CFC, Conselho-Federal-Contabilidade

quinta-feira, 21 de março de 2013

Cartão BNDES financia serviços de propriedade intelectual

Matéria publicada em Portal Fator Brasil

Parceria entre BNDES, MDIC e INPI, medida facilita acesso a itens essenciais para investir em inovação, como registro de marcas e depósito de patentes.

O Cartão BNDES passará a financiar serviços como registro de marcas e depósito de patentes, prestados por fornecedores reconhecidos pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A novidade foi anunciada no dia 19 de março (terça-feira), durante o Congresso do INPI, no Rio de Janeiro.

Fruto de parceria entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o INPI, a medida facilita o acesso de micro, pequenas e médias empresas a serviços essenciais para protegerem suas inovações.

Só poderão prestar o serviço Agentes da Propriedade Industrial (APIs) credenciados pelo INPI e cadastrados como fornecedores no portal de operações do Cartão BNDES. O limite por operação será de R$ 30 mil. O valor financiado pode ser dividido em até 48 meses, com prestações fixas e iguais e juros de 0,86% ao mês (taxa vigente em março de 2013).

Para se credenciar como fornecedor do Cartão BNDES, o agente de propriedade industrial terá que ser habilitado junto ao INPI; ter CNPJ há pelo menos dois anos; possuir site próprio na Internet, com portfólio em que constem serviços prestados a, no mínimo, três empresas; e ter código de atividade econômica (CNAE) específico de Agente da Propriedade Industrial. As operações por meio do Cartão BNDES permitirão aos agentes financiar as vendas sem comprometer o capital de giro e sem risco de crédito, pois os clientes pagarão os serviços em até 48 meses, mas os APIs recebem em 30 dias. Além disso, os agentes podem expor gratuitamente seu catálogo de serviços no portal de operações [www.cartaobndes.gov.br]. Segundo estatísticas do INPI, apenas no ano de 2011 foram feitos 489 pedidos de registro de patentes e modelos de utilidade por micro e pequenas empresas.

Cartão BNDES – Exclusivo para micro, pequenas e médias empresas, o Cartão BNDES é um limite de crédito pré-aprovado de até R$ 1 milhão por banco emissor (Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Caixa e Itaú) que financia a aquisição de bens e serviços cadastrados em seu portal de operações.

Além da taxa de juros atrativa – 0,86% neste mês de março –, com prestações fixas, os prazos de pagamento vão de 3 a 48 meses. As operações são isentas de IOF e não há cobrança de anuidade.

Em 2012, foram realizadas mais de 707 mil transações no portal, perfazendo R$ 9,54 bilhões em financiamentos, com crescimento de 26,4% em relação ao ano anterior.

Atualmente há mais 600 mil Cartões BNDES emitidos, com limite de crédito pré-aprovado de R$ 32,8 bilhões. Apenas no ano passado foram emitidos mais de 102 mil novos Cartões e credenciados 12,6 mil novos fornecedores.

Mais de 218 mil itens de 50 mil fornecedores estão disponíveis para compra no portal de operações do Cartão BNDES. Atualmente, os itens mais comercializados são máquinas e equipamentos, computadores, softwares, móveis comerciais, veículos utilitários e motocicletas para serviços de entrega.

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terça-feira, 19 de março de 2013

Afinal, o que é Custo de Oportunidade?

Por Odelmo Diogo - Blog Trade-Off


A expressão “custo de oportunidade” é utilizada com freqüência no mundo dos negócios e até mesmo no cotidiano das pessoas. Mas afinal, qual seria exatamente um conceito razoável para o termo “custo de oportunidade”?

Podemos afirmar que o “custo de oportunidade” equivale ao possível ganho que o indivíduo obteria pela escolha da segunda melhor opção numa decisão qualquer. Considerando que o agente econômico toma decisões racionais, ele opta sempre pela melhor opção e abre mão do ganho ou remuneração que receberia pela escolha da segunda melhor opção.

Merece destacar que o “custo de oportunidade” tende a ser observado nas situações de trade-off, ou seja, nas circunstâncias em que o agente econômico precisa escolher uma dentre duas ou mais opções conflitantes. Nesta situação, ele elenca as vantagens de cada uma das opções e escolhe aquela que se apresenta como a melhor, sempre comparando o ganho inerente à opção escolhida com a recompensa ou ganho que receberia pela escolha da segunda melhor opção.

Cabe enfatizar que a expressão “custo de oportunidade” decorre do fato de que ao optar pela melhor opção, o agente econômico estaria tendo o custo de não usufruir ou receber os possíveis ganhos e benefícios inerentes a segunda melhor opção.

Por último, é importante deixar claro que o “custo de oportunidade” é composto e influenciado por variáveis de difícil mensuração. Seria muito simplista associar o “custo de oportunidade” apenas a uma questão de preço ou rendimentos monetários ou financeiros. As decisões dos agentes econômicos levam em conta uma série de variáveis tangíveis e intangíveis.

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Tags: custo-oportunidade, trade-off, decisões, tomada-decisão, opções-conflitantes, economia, ótimo

quarta-feira, 13 de março de 2013

Micro e pequenos crescem 115% nas vendas sustentáveis

Matéria publicada em http://www.dci.com.br

Os pequenos negócios, que constituem 99% dos 6 milhões de estabelecimentos formais existentes no País, representaram 57% dos R$ 40 milhões gastos pelo governo federal na compra de Bens ecológicos, sociais e economicamente responsáveis. Em apenas dois anos, a participação dos empreendimentos de micro e pequeno porte nesse tipo de compra pública cresceu de R$ 6,6 milhões em 2010 para R$ 22,4 milhões em 2012, o que representa um crescimento de 115%.

O presidente do Sebrae, Luiz Barretto, diz que pensar em sustentabilidade é um importante fator de crescimento para os pequenos negócios. "A sustentabilidade é um diferencial de negócio. Queremos estimular esse tipo de Produção nas pequenas empresas e o consumo desses produtos pelas prefeituras do País".

Para movimentar ainda mais a participação das micro e pequenas empresas nas licitações federais, estaduais e municipais, o Sebrae e a Associação dos Tribunais de Contas realizam um encontro entre os técnicos dos tribunais de contas, prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em cada uma das capitais brasileiras. O objetivo é capacitar gestores municipais e técnicos dos tribunais de contas para aplicar a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa nas compras públicas. Pesquisa do Sebrae demonstrou que 79% dos donos dos pequenos negócios sabem que as ações sustentáveis podem atrair mais clientes e que a sustentabilidade está fortemente associada às questões ambientais, sociais e econômicas. "Apesar de o assunto sustentabilidade ser relativamente novo, os empreendedores já estão com a consciência de que esse assunto envolve diversos fatores, e que só traz benefícios para quem vende e para quem compra", afirmou Barretto.

No ano passado, os Bens sustentáveis mais comprados pelo governo federal foram computadores, no qual as aquisições feitas movimentaram em torno de R$ 10,3 milhões.

 
Tags: MPEs, sustentabilidade, compras-setor-público, negócios-sustentáveis, pequenos-negócios

segunda-feira, 4 de março de 2013

Hotel na Copa será mais barato que no Carnaval, diz setor



Matéria publicada na coluna Mercado Aberto - Folha de São Paulo

"Os preços estão definidos há cinco anos e eles [o governo] sabem disso. Não adianta criar terrorismo", diz o presidente do Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), Ricardo Rotter.

A declaração foi motivada após o ministro do Turismo, Gastão Vieira, dizer, no último dia 21, que o governo irá punir eventuais abusos do setor hoteleiro na Copa das Confederações 2013 e na Copa do Mundo de 2014.

"As diárias serão menores do que as praticadas em grandes eventos, como a Fórmula 1, em São Paulo, e o Carnaval do Rio de Janeiro."

No próximo dia 6, no Rio, o Fohb e a Match Hospitality, empresa detentora dos direitos do programa de hospitalidade da FIFA, vão se reunir para, conforme Rotter, "tranquilizar" os ânimos.

"A Match detém de 60% a 80% dos quartos de hotéis para as duas competições. Não é interessante para eles cobrar um valor absurdo", afirma Rotter.

"Ninguém se preocupou com uma diária de R$ 1.200 durante o Carnaval do Rio. Queremos aproveitar esse período para a divulgação do destino Brasil. Turista que não é explorado volta."

O Ministério do Turismo afirmou, em nota, estar trabalhando em parceria com os hotéis para que diárias abusivas não sejam praticadas durante os eventos.

A pasta reafirmou que abusos serão coibidos.

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Tags: hotéis-resorts, copa-mundo-futebol-2014, preço-diárias-turismo-carnaval.