segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Aumento de renda e bancarização estimulam previdência privada

Matéria publicada originalmente em http://www.segs.com.br/

A melhora na distribuição de renda no país e o maior acesso a produtos bancários, embora ainda reduzido em relação ao tamanho da população, rendem frutos ao mercado de previdência privada. Nos últimos 12 meses, até maio, a arrecadação de recursos em planos de previdência avançou mais nas regiões Nordeste e Centro-Oeste quando comparados ao Sul e Sudeste, mostra levantamento da Brasilprev.

A arrecadação da Brasilprev nas regiões Nordeste e Centro- Oeste cresceu 71,8% e 68,4%, respectivamente, entre maio de 2010 e o mesmo mês deste ano. “O Nordeste vem se aproximando das regiões mais desenvolvidas do país. Isso é reflexo da maior distribuição de renda e ascensão da classe C”, explica Sandro Bonfim, gerente da área de inteligência de mercado da companhia, braço de previdência privada do Banco do Brasil (BB).

O Sudeste e o Sul, por sua vez, avançaram 60% e 51,8%, respectivamente, no mesmo período em análise. O mercado de previdência privada aberta, em geral, também apresentou o mesmo movimento, porém em menor escala: expansão de 28,5% no Nordeste e 23,9% no Centro-Oeste, segundo a Susep. “Há um processo de aculturamento em curso. No Sul e Sudeste, isso já era visto e hoje estamos observando em outras regiões”, pondera André Camargo, superintendente de gestão estratégica da Brasilprev.

Outro fator que coloca o Nordeste em evidência é a expansão do tíquete médio dos aportes mensais: aproximadamente 20%, para R$ 236, na Brasilprev. Entretanto, neste quesito, o Sudeste é quem mais poupa. Por mês, os clientes da Brasilprev separam R$ 265, em média, para planos de previdência. “São Paulo ainda deverá ser o carro-chefe da indústria, pela concentração de renda. Mas a região Sudeste deve perder representatividade ao longo dos anos”, considera Bonfim.

Deficiência A região Norte registrou crescimento de 21,5% em arrecadação nas modalidades PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).

Já a Brasilprev registrou avanço de apenas 9,9% em arrecadação. “A Brasilprev concentrou esforços nos estados onde acreditávamos que a resposta seria mais rápida. Agora, vamos voltar nas atenções à região, capacitando a força de trabalho e disseminando os conceitos de previdência”, diz o superintendente de gestão estratégica da Brasilprev.

Ainda assim, a companhia registrou expansão de 16% no tíquete médio, para R$ 213, na região. “Tanto no Norte quanto no Nordeste há uma participação importante dos planos para menores. O chefe da família abdica de outras despesas para investir na educação dos filhos”, explica Bonfim, lembrando que os clientes da região Norte e Nordeste são mais jovens quando comparados à média nacional, o que indica grande potencial de crescimento para a previdência privada e potencial de expansão econômica.[2]

O estudo da Brasilprev totalizou 1,08 milhão de participantes, entre clientes de planos PGBL e VGBL. A análise mostrou que 54% dos clientes são do sexo masculino, 54% optaram pela tabela regressiva do imposto de renda (IR) e 42% têm os planos Brasilprev Júnior, voltado a clientes com idade entre zero e 21 anos.

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