segunda-feira, 30 de maio de 2011

Siderúrgica será instalada no Ceará

Assinado o protocolo de intenções para instalação da Siderúrgica
Matéria publicada no portal portosenavios.com.br
O Ceará será o primeiro estado brasileiro a ter uma Companhia Siderúrgica inteiramente instalada numa Zona de Processamento de Exportação (ZPE). Na tarde de quinta-feira (26), no gabinete do Conselho Estadual do Desenvolvimento Econômico (Cede), foi assinado o protocolo de intenções que dará início oficialmente à construção do empreendimento.

Na ocasião, estiverem presentes o presidente do Cede, Ivan Bezerra, a diretora presidente da Empresa Administradora da ZPE, Cristiane Peres; o diretor da Associação Brasileira das ZPEs, Victor Samuel; o presidente da CSP, Maurício Chu, e a comitiva do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, liderada pelo secretário executivo do Conselho Nacional da ZPE, Gustavo Saboia.

De acordo com Maurício Chu, a implantação da CSP na ZPE cearense lhe garantirá incentivos fiscais e isenção de impostos, desde que exporte o mínimo de 80% do aço produzido na usina. Durante a reunião, Chu anunciou para janeiro de 2012, a cravação das estacas de sustentação da usina. “Já terraplenagem da área de 980 hectares terá início em junho e deverá ser finalizada em dezembro”, revelou.

Já Gustavo Saboia destacou o pioneirismo cearense nessa obra “grandiosa”. “Há mais de 30 anos que o Ceará pleiteia a vinda da Siderúrgica, agora graças à disposição, empenho e parceria do Governo do Estado conosco e com os investidores o projeto executivo está pronto e a CSP já é realidade: um marco histórico para o nosso País”, disse o secretário.

Ivan Bezerra classificou um Ceará como um fenômeno do crescimento. “A CSP provocará um incremento de 12% no nosso PIB. No pico da construção da usina, serão 15.000 trabalhadores envolvidos. Um empreendimento estratégico que trará à tona as diversas potencialidades do Estado”, destacou o presidente do Cede.

VISITA

A mesma comitiva sobrevoou o Porto do Pecém e fez uma visita no local para conferir o andamento dos trabalhos da Siderúrgica. Gustavo Saboia afirmou que a ZPE do Ceará é a que apresenta a melhor estrutura institucional e a única que já tem instalada a empresa administradora que irá gerenciá-la, em São Gonçalo do Amarante.

Também para junho, está prevista a alteração societária do empreendimento, que terá como acionistas majoritários a Companhia Vale do Rio Doce, com 50% das ações, e as empresas coreana Dongkuk e Posco, que comporão os ativos com 30% e 20%, respectivamente.

CONSTRUÇÃO

A Posco Engeneiring and Constructions, braço construtor da Posco - terceira maior usina siderúrgica do mundo - será a responsável pela construção da CSP, que envolverá recursos da ordem de US$ 4,5 bilhões. A usina irá produzir três milhões de toneladas de placas de aço, na primeira fase do empreendimento, cuja operação está prevista para dezembro de 2014.

Fonte: Assessoria de Imprensa do CEDE/Jully Gomes

domingo, 29 de maio de 2011

BB e outras empresas montam sistemas para evitar perdas

BB e outras empresas montam sistemas para evitar perdas com desastres naturais e ataques hackers

Vivian Oswald, O Globo

BRASÍLIA - Desastres naturais e falhas técnicas e humanas, além de apagões elétricos ou de internet, são probabilidades cada vez mais incluídas no planejamento das grandes empresas que não podem parar, como mostrou a pane do Itaú Unibanco na última quarta-feira. Problemas, já corrigidos, no processamento de dados da instituição levaram algumas contas a mostrar saldos menores naquele dia. Duplicações de sistemas e cópias de segurança para evitar a perda de informações são apenas o começo das verdadeiras estratégias de guerra - cujos custos as companhias não revelam - montadas para preservar o imenso arsenal de dados e serviços que circulam no país e no mundo. A ordem, agora, é ter até prédios superblindados, capazes de suportar um terremoto ou a queda de um avião. E, se possível, disfarçados.

VÍDEO :Veja como bancos investem em segurança de dados

A central de dados da sede da Mastercard no Missouri, nos Estados Unidos - que processa 2,3 bilhões de operações realizadas anualmente no mundo inteiro, o equivalente a 3,1 petabytes (3,1 quadrilhões de bytes) - está preparada para terremotos, tem backup e "backup do backup" das informações consideradas críticas.

No Brasil, a Receita Federal, que tem informações fiscais de todos os 25 milhões de contribuintes pessoas físicas e de 10 milhões de empresas, além da base de dados dos cerca de 180 milhões de CPFs que circulam no país, mantém cópias de segurança dessas informações em pontos espalhados pelo país. Os sistemas modernos, com mecanismos antifraude, usados pelo Fisco já despertaram o interesse de outros países.

Responsável por todas as compensações de cheques do país, o Banco do Brasil (BB) não pode se dar ao luxo de perdê-las sob o risco de parar o sistema bancário nacional. Por isso, o plano de contingência da instituição, criado para mantê-la funcionando ininterruptamente, parece seguir o roteiro de um filme de ação.

O "cérebro" do BB fica em Brasília, em um prédio especial sobre o qual pode cair um avião de seis lugares, e que consegue suportar um terremoto de até sete graus na escala Richter. Dezenas de equipamentos protegidos em uma sala-cofre refrigerada, isolada e sem possibilidade de ser atingida por incêndios ou enchentes, mantêm armazenadas todas as operações da instituição, desde as mais simples, como a retirada de um extrato.

O gerente de Gestão de Crise e Continuação de Negócios do BB, Francisco Brito, revelou ao GLOBO que o banco processa 160 bilhões de instruções (ou comandos) por segundo.

- É a maior capacidade da América Latina - afirmou.

Investimento estrangeiro sob suspeita

Por Odelmo Diogo - Blog TRADE-OFF

Economista-chefe do Fundo Monetário Internacional acredita que IED`s estão sendo utilizados como forma de driblar o fisco.

O economista do FMI, Olivier Blanchard, afirmou na última sexta-feira que o crescimento do volume de investimentos estrangeiros diretos aportados no país pode ser decorrente de manobras realizadas pelos investidores com a finalidade de driblar o fisco. Os IED`s são livres da incidência de IOF e, para evitar desenbolsos com impostos, esses recursos externos que estariam sendo declarados ao Banco Central como sendo investimentos estrangeiros diretos teriam como destino o mercado financeiro e não o setor produtivo.

O Ministério da Fazenda acompanha, com certa preocupação, o aumento significativo do volume de IED`s que estão entrando no país. Na últma quinta-feira, Guido Mantega divulgou que o total de investimentos diretos estrangeiros projetado para o ano é de US$ 65 bilhões, projeção acima da anterior que era de US$ 55 bilhões.

A legislação brasileira que normatiza a entrada de IED`s no país é frágil deixando brechas para manobras. Estrangeiros que possuam participação acima de 10% em empresas sediadas no Brasil, podem trazer recursos do exterior declarando ao Banco Central que trata de integralização de capital da empresa na qual é sócio. No entanto, os órgão oficiais não dispõem de mecanismos para acompanhar se esses recursos advindos do exterior estão sendo utilizados em conformidade com as informações que foram declaradas ao Bacen.

Assim, em virtude das referidas manobras envolvendo os IED`s, a medida do governo que elevou a alíquota do IOF sobre recursos que chegam ao nosso mercado financeiro não estaria surtindo o efeito desejado, que era o controle da taxa de cãmbio.


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