terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Crise econômica entra na pauta das turnês de rock


O grupo de rock Metallica vem ganhando a vida nos últimos 30 anos rosnando e grunhindo sobre a morte, em hinos apocalípticos como "The Four Horsemen" e "Enter Sandman". 

Agora, os pioneiros do heavy metal estão perdendo o sono por uma razão diferente: a crise financeira da Europa. 

O manager de longa data do Metallica, Cliff Burnstein, está acelerando os planos das turnês da banda para não ser arrastado pelos problemas da dívida europeia. Com o pessimismo dos investidores se espalhando para países mais ricos como a França, Burnstein teme que o euro vá se dissolver, tornando mais difícil para os promotores de shows nos 17 países do bloco do euro pagarem o cachê do grupo. 

Em vez de tocar na Europa em 2013, como inicialmente previsto, o Metallica vai para lá no ano que vem, começando com shows nos festivais Rock Im Park e Rock Am Ring, na Alemanha, no início de junho — onde a banda "thrash" que mais fatura no mundo vai tocar integralmente seu disco de sucesso de 1991, o chamado "Black Album" — seguindo então para a Grã-Bretanha e a Áustria. 

"Olha, não sou economista, mas tenho diploma, e isso ajuda", disse Burnstein certa tarde, sentado na sala dos fundos de seu escritório no centro de Manhattan, usando jeans e uma camiseta vermelha da revista "The Economist" com as palavras "Think Responsibly" ("Pense com Responsabilidade"). "Você tem que se perguntar qual é o melhor momento para fazer o quê, quando e onde." 

A indústria mundial da música já está prejudicada pela queda nas vendas de discos, o preço exorbitante dos ingressos e a economia claudicante. Agora os temores financeiros estão fazendo até mesmo os maiores rebeldes do rock'n'roll fazerem apostas seguras para proteger suas contas bancárias.

O Red Hot Chilli Peppers, de Anthony Kiedis, está afinado com o câmbio 

O Red Hot Chili Peppers, outro grupo que Burnstein administra, junto com o sócio Peter Mensch, também antecipou seus planos para a Europa, depois de lançar sua primeira turnê em quatro anos no trimestre passado. A banda foi tocar na América Latina, apesar das queixas dos fãs americanos, que a queriam ver. Cerca de 75% da receita do grupo vem de turnês no exterior, disse Burnstein. 

Alguns roqueiros se dão mal — e aprendem com a queda. Duff McKagan, ex-baixista da Guns N' Roses, certa vez gastou, sem querer, US$ 40.000 em ternos caros na Itália, porque não percebeu o quanto suas compras — feitas em liras italianas — valiam em dólares. Agora, depois de fazer cursos de administração na Universidade de Seattle, o músico começou a escrever sobre finanças na "Playboy" (a coluna "Duffonomics") e, recentemente, lançou uma empresa de gestão de riqueza para roqueiros, a Meridian Rock Capital Management LP. 

Após a crise financeira mundial de 2008, bandas de rock e seus agentes estão dando mais atenção a preocupações obscuras como taxas de câmbio e tendências econômicas, ao assinarem contratos com promotores de shows em países estrangeiros. Oito meses antes do Metallica subir ao palco na Alemanha, Burnstein decide se a banda deve ser paga em dólares, euros, ou uma combinação dos dois. Se o câmbio oscila de forma a prejudicar os ganhos do Metallica, ele compra instrumentos financeiros derivativos para fixar uma cotação preferencial. Às vezes os preços dos ingressos são aumentados para compensar possíveis perdas cambiais, embora Burnstein evite essa estratégia. 

"Ninguém tem intenção de fazer uma transação cambial para ganhar dinheiro, mas ninguém quer sair perdendo também", disse o manager. 

O problema do euro é o que mais preocupa Burnstein. "Ao longo dos próximos anos, o dólar vai ficar mais forte e o euro mais fraco, e se esse for o caso, quero aproveitar para fazer mais shows na [Europa] agora, porque vão ser mais lucrativos para nós", disse. 

Às vezes, os cálculos de Burnstein estão em harmonia com os desejos de seus clientes. Em setembro, o Chili Peppers viajou pela América do Sul, um destino popular para artistas graças, em parte, à alta das moedas locais que torna mais fácil para os promotores locais pagar artistas americanos especialmente bem. Durante a estada no Brasil, o cantor Anthony Kiedis e o baixista Flea, aficcionados do surfe, aproveitaram para ir pegar ondas antes do Rock in Rio. 

Outras vezes as coisas se complicam. O baixista Flea quer tocar na África, mas o dinâmico Burnstein recusou, dizendo que em termos de infraestrutura e potencial de lucros, o continente — excluindo a África do Sul — ainda não chegou lá. 

Com as nuvens ficando mais negras sobre a Europa, managers como Burnstein estão direcionando seu foco de longo prazo para lugares com moedas mais fortes, como América do Sul, Sudeste Asiático e Austrália. 

"Somos um produto americano de exportação, da mesma forma que a Coca-Cola", disse ele. "Procuramos os melhores mercados para entrar." 

"A Indonésia está na minha lista", disse ele, sorrindo.


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Brasil deve crescer a taxas chinesas em 2012, projeta ABC Brasil

Por Francine De Lorenzo

SÃO PAULO – O desempenho nulo do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior não deve ser visto como uma tendência, segundo o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luis Otávio de Souza. “Esse resultado é um ponto fora da curva, reflexo das medidas macroprudenciais adotadas no passado. Daqui para frente a tendência é de recuperação, com a economia crescendo a uma taxa anualizada em torno de 8% a partir do segundo semestre”, prevê o economista, que só descarta tal cenário caso haja um agravamento muito forte da crise no exterior. 

O ritmo de crescimento chinês, na avaliação de Souza, será derivado das medidas de incentivo ao consumo e dos cortes de juros promovidos desde agosto deste ano. Pelos seus cálculos, apenas essas medidas já são suficientes para promover uma expansão de 3,5% no PIB no próximo ano. “Deveremos começar 2012 com um crescimento mais fraco e ir acelerando no decorrer do ano. Por isso é preciso ter cuidado ao se adotar novas medidas para impulsionar a economia, lembrando que já estão previstos mais cortes nos juros”, afirma o economista, destacando que incentivos como redução de impostos sobre alguns produtos podem comprometer o ajuste fiscal prometido pelo governo. 

A expansão econômica no próximo ano, diz Souza, deverá ser puxada não só pelo consumo das famílias, mas também pelos investimentos. “Várias obras precisam ser feitas para a Olimpíada e a Copa. Se não ocorrer uma ruptura na Europa, a tendência é o Brasil entrar num ciclo virtuoso de expectativas, que gera investimentos e consumo”, comenta. 

Caso as projeções do ABC Brasil se concretizarem, a herança estatística para o PIB de 2013 deverá ser de 2,7%. “Ou seja, não precisaríamos fazer nada para termos quase o mesmo crescimento esperado para este ano”, observa o economista do ABC Brasil, que prevê expansão de 2,9% na economia brasileira em 2011, com o PIB do quarto trimestre aumentando 0,4% sobre o trimestre anterior. 

Souza ainda considera pouco provável expansão acima de 3% no PIB neste ano, já que para isso a economia brasileira teria que crescer mais que 0,8% no último trimestre deste ano. “Se não fosse pela revisão dos dados do primeiro e do segundo trimestres, seria possível crescer 3,1% em 2011 com expansão de 0,4% no quarto trimestre”, diz. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou para baixo o PIB dos dois primeiros trimestres de 2011, com a alta passando de 0,8% para 0,7% no segundo trimestre e de 1,2% para 0,8% no primeiro trimestre. 

O resultado do terceiro trimestre foi sustentado pelo setor agropecuário, olhando pelo lado da oferta, e pelas exportações, considerando a óptica da demanda. Os demais componentes do PIB apresentaram resultado negativo entre o segundo e o terceiro trimestres. 

Segundo Souza, o desempenho das exportações reflete a desvalorização do real no período, mas também se deve ao fato de o Brasil ser um grande vendedor de commodities agrícolas. “Num quadro de desaquecimento econômico mundial, isso é algo favorável, porque sempre há demanda por alimento”, diz o economista, acrescentando, porém, que as exportações não devem se manter como motor do PIB nos próximos meses. “A tendência é as exportações crescerem menos que as importações”, afirma. “O nível de atividade no Brasil deve ficar acima do registrado lá fora, devido às medidas tomadas para aquecer a economia.”


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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Argentina flerta com o Irã e preocupa os EUA

Por Louis Charbonneau

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - A Argentina está discretamente se aproximando do Irã, o que preocupa os EUA e seus aliados, envolvidos num esforço para isolar o governo iraniano por causa do seu programa nuclear, disseram à Reuters diplomatas na ONU.

As relações da Argentina com o Irã estavam praticamente congeladas desde 2007, quando o país conseguiu que a Interpol (a polícia internacional) emitisse mandados de prisão de cinco iranianos e um libanês acusados de participação num atentado que matou 85 pessoas, em 1994, num centro judaico de Buenos Aires.

O Irã negou envolvimento no incidente, mas em julho se ofereceu para conversar com o governo argentino e "lançar luz" sobre o caso.

Dois anos antes do atentado a bomba na entidade judaica Amia, um grupo chamado Organização da Jihad Islâmica, supostamente ligado ao Irã e ao grupo xiita libanês Hezbollah, assumiu a autoria de um ataque que deixou 29 mortos na embaixada de Israel em Buenos Aires.

Durante mais de uma década, a Argentina pareceu ter pouco empenho na investigação. Isso mudou em 2003, quando Néstor Kirchner tomou posse como presidente e prometeu reabrir os processos, qualificando a negligência dos anos anteriores como uma "desgraça nacional".

Anos depois, o ex-presidente iraniano Ali Rafsanjani estaria na lista de pessoas indiciadas por promotores argentinos e procuradas pela Interpol.

Mas agora há sinais de uma reaproximação. As exportações argentinas para o Irã, que haviam despencado durante o afastamento, cresceram 70 por cento no ano passado, chegando a 1,5 bilhão de dólares. O Irã é o maior comprador do trigo argentino, cultivo essencial para a economia do país sul-americano, que luta para aumentar seu superávit comercial.

"Enquanto o resto de nós trabalha para pressionar o Irã a acabar com seu programa de armas nucleares e parar de apoiar o terrorismo, o governo da Argentina tem considerado avançar na direção contrária", disse um diplomata europeu, pedindo anonimato.

Em público, a posição argentina parece ter mudado pouco. Em maio, o procurador Alberto Nisman, chefe de uma unidade especial dedicada exclusivamente à investigação do atentado de 1994, conseguiu a renovação dos mandados de prisão da Interpol.

No mês passado, a Argentina votou com a maioria dos países participantes do comitê de direitos humanos da Assembleia Geral da ONU numa resolução que condenava a situação dos direitos humanos no Irã.

Por outro lado, a presidente Cristina Kirchner disse em setembro na Assembleia Geral que seu país está disposto a dialogar com o Irã, desde que a República Islâmica cumpra sua promessa de colaborar nas investigações do atentado. "Essa é uma oferta de diálogo que a Argentina não pode e não deve rejeitar", disse a presidente em seu discurso.

Diplomatas ocidentais disseram que o embaixador argentino na ONU, Jorge Arguello, causou perplexidade entre seus colegas ao permanecer sentado durante o discurso do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, na Assembleia Geral.

Ahmadinejad é conhecido por fazer ataques a Israel, Europa e Estados Unidos nos seus discursos. Em anos anteriores, o representante argentino boicotou o discurso, a exemplo de diplomatas de outros países ocidentais.

O Irã tem todas as razões para querer se reaproximar da Argentina. Enfrentando sanções e um crescente isolamento devido ao seu programa nuclear, o país tem poucos aliados e precisa de amigos. A Argentina é um dos 35 países que compõem a direção da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU), onde o programa nuclear iraniano é exaustivamente discutido.

Diplomatas dizem que a motivação argentina é menos clara. Alguns diplomatas dizem que, além de ampliar o comércio, os argentinos querem adotar uma política externa mais afinada com a do Brasil, que enfatiza as relações com nações não-alinhadas.

"Em geral, vemos um terceiro mundismo na política externa da Argentina - afirmando a independência em relação às grandes potências, e buscando novas relações com países como o Irã", disse uma autoridade israelense à Reuters, em Jerusalém.

Vários diplomatas europeus observaram que Cristina é aliada de líderes esquerdistas sul-americanos como o venezuelano Hugo Chávez e o boliviano Evo Morales, que mantêm estreitas relações com o Irã.

A chancelaria argentina não respondeu aos pedidos da Reuters para comentar o assunto.


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sábado, 3 de dezembro de 2011

BB entra forte no mercado imobiliário e financia mais de R$ 7 bilhões no ano

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Publicada pela Agência Brasil 

Brasília – Com atuação recente no setor de financiamento habitacional, o Banco do Brasil (BB) vê, desde 2008, a sua carteira de crédito imobiliário crescer a passos largos, embora o setor como um todo tenha perdido um pouco o ritmo forte em 2010, disse à Agência Brasil o vice-presidente de Cartões e Novos Negócios do banco, Paulo Rogério Caffarelli. 

Segundo ele, a carteira de crédito imobiliário do BB atingiu a marca de R$ 7,02 bilhões em financiamentos este ano, até sexta-feira da semana passada (25). Um crescimento de 105% em relação aos R$ 3 bilhões financiados em 2010. Os créditos para pessoa física somaram R$ 5,56 bilhões e para empresas R$ 1,46 bilhão. 

A expectativa, segundo ele, é ultrapassar os R$ 7,5 bilhões ainda este ano e chegar a R$ 13,5 bilhões de financiamentos imobiliários em dezembro de 2012. A estratégia para o ano que vem já está montada, com atuação mais contundente na liberação de créditos para a compra de moradias e para atender as necessidades das construtoras. 

“Queremos chegar ao fim de 2012 entre as três maiores financiadoras do setor imobiliário”, disse ele. Hoje, o mercado tem participação majoritária da Caixa Econômica Federal, seguida, de longe, pelos bancos Itaú, Santander e Bradesco. 

Caffarelli informou que o BB já atua no financiamento de moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida para as faixas de renda familiar entre R$ 1,6 mil e R$ 5 mil, e a partir do dia 2 de janeiro o banco vai entrar também na faixa de menor renda, até R$ 1,6 mil, que tem atuação exclusiva da Caixa até agora. A previsão inicial, acrescentou, é financiar em torno de 97 mil unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida no ano que vem.


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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Crise nos EUA leva famílias inteiras a morar dentro de carro

Sílvio Guedes Crespo 

O desemprego duradouro nos Estados Unidos tem forçado famílias inteiras a morar dentro de carros, mostra o programa 60 Minutes, da rede de televisão americana CBS. 

Em apenas uma escola na Flórida, a reportagem encontrou 15 crianças que moram em veículos. Uma delas, de oito anos, vive com os pais, dois cachorros e um gato dentro de um carro. 

Mas o repórter acompanhou mais de perto uma outra família, composta por um pai viúvo e seus dois filhos, que vivem em um caminhão há cinco meses. Carpinteiro desempregado, ele comprou o veículo com os últimos US$ 10 mil que lhe sobraram depois de perder sua casa, que estava hipotecada. 

Os dois filhos (loiros e de olhos azuis, não custa frisar) frequentam a escola e preenchem o tempo livre com atividades gratuitas. Por exemplo, atuam no teatro da comunidade ou passam horas na biblioteca, onde têm, inclusive, acesso à internet. 

Segundo a reportagem, “nunca o desemprego permaneceu tão alto (hoje em torno de 9% da população ativa) durante tanto tempo” nos EUA. 

Segundo uma assistente social entrevistada, o problema de moradia continua aumentando ao mesmo tempo em que o desemprego persiste. Aos poucos, a poupança das famílias vai acabando e, “quando você menos espera, elas já estão morando no carro”. 

Nos EUA, de acordo com o 60 Minutes, existem hoje 16 milhões de crianças consideradas pobres, um quarto do total. 

O vídeo foi indicado ao Radar Econômico pela leitora Tereza Guedes. Caso tenha visto alguma notícia interessante ou curiosa na imprensa internacional, sobre economia, participe enviando o link para o Radar Econômico.


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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Parceria da CNI com o Google vai permitir que micro e pequenos empresários façam negócios na rede

Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os micro e pequenos empresários ganharam reforço extra para aderir ao meio digital e fazer negócios por meio da internet. O Clube Indústria de Benefícios, portal de negócios do setor industrial, gerido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), firmou parceria com o Conecte Seu Negócio, programa do Google. A proposta é incentivar os pequenos empreendedores a aproveitar os benefícios da internet para negociar serviços e produtos. 

Para celebrar a parceria, amanhã (1º), haverá a abertura de sites gratuitos para as primeiras mil empresas interessadas. Além disso, os associados do portal de negócios da CNI e as empresas cadastras no site do Google passarão a ter acessos a ofertas exclusivas dos dois parceiros. 

Segundo o coordenador do projeto na CNI, Uirá Menezes, ainda existe resistência por parte dos pequenos empresários em fazer parte da web. Por esse motivo, a CNI focou o projeto nesses empreendedores. Após o primeiro contato com os empresários, a ideia é fidelizá-los a manter os negócios na rede. “É um desafio para nós, forçarmos esse primeiro contato com o mundo digital. Mas nossa proposta é, uma vez criado o site, que o empresário passe a dar publicidade à sua empresa na internet. Com esse primeiro entendimento, vai ficar mais fácil se relacionar, comprar e vender por meio digital”, explicou. 

A parceira vai beneficiar diretamente os micro e pequenos empreendedores, que correspondem a 97% do total das 600 mil indústrias cadastradas. “A grande maioria dos empreendedores não despertou para os benefícios que a internet pode oferecer aos negócios. Queremos ser esse canal inicial para inserção dessa base”, disse Menezes. 

Lançado em maio, o portal Clube Indústria de Benefícios tem o mesmo princípio dos clubes de compras coletivas na internet: reunir um grande número de compradores para reduzir os preços dos fornecedores. A diferença é que as compras não são concluídas no próprio portal e não é necessário juntar um número mínimo de participantes. Cada ofertante tem uma regra própria de compra. Ao imprimir o cupom de oferta, o interessado passa a negociar diretamente com o anunciante.


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terça-feira, 29 de novembro de 2011

O computador de US$ 25

Por Ben Rooney
Matéria publicada pelo The Wall Street Journal

Um computador do tamanho de um maço de cartas de baralho, mas poderoso o suficiente para rodar aplicações em tamanho real, que oferece até reprodução de vídeo de alta definição com qualidade de Blu-ray, está sendo projetado por pesquisadores em Cambridge, no Reino Unido. 

Vai custar apenas US$ 25.

Batizado de Raspberry Pi, o computador é destinado principalmente a crianças em idade escolar, para ajudá-las a gostar de computadores e se divertir brincando de programação, de acordo com Robert Mullins, cofundador e professor do Departamento de Ciências da Computação da Universidade de Cambridge, 

"Queríamos algo que desse a sensação de ser um brinquedo", disse. "Queríamos torná-lo barato o suficiente para que mesmo aqueles que só tenham um pouco de dinheiro no bolso possam comprar um." 

O computador é apenas uma placa-mãe. Para usá-lo como um computador normal, é preciso acoplar um teclado, mouse e monitor. 

De acordo com Mullins, um tutor no processo de admissão da Universidade de Cambridge, os candidatos ao curso de ciências da computação já não têm a experiência de programação. "Temos visto um declínio no número de pessoas que desejam fazer uma licenciatura em ciências da computação", disse, e aqueles que se candidatam tem apresentado "pouca experiência de programação." 

"Muitas pessoas têm medo de seus computadores. Nós não queremos que as pessoas sejam escravas das máquinas, queremos que sejam capazes de compreendê-las e, mais importante, de se divertir com elas." 

Ele relembra o sucesso do Spectrum Sinclair, um computador barato que era popular no Reino Unido no início de 1980, que muitos consideram como responsável pela criação de uma geração de entusiastas que viria a fundar o setor de jogos para computadores do Reino Unido. 

"Nosso sonho é que o Raspberry Pi seja adquirido por um grande número de crianças em idade escolar e que uma fração delas aprenda a programar. Eles se tornarão a próxima geração de inovadores que irá estimular a economia", disse. 

Embora apenas do tamanho de um cartão de crédito, o Raspberry Pi tem um processador Arm 700 Mhz, e até 256 MB de memória flash. Ele irá rodar uma versão do popular sistema operacional Linux, embora Mullins afirme que o pacote final de programas ainda não foi finalizado. 

O desenvolvimento do Pi Raspberry começou há três anos, disse, e eles esperavam ter um produto para venda em meados de 2012. Existe atualmente uma lista de espera de mais de 10.000 pessoas. 

E o nome?
"Surgiu porque inicialmente iríamos fazer com que o computdor se iniciasse diretamente com o Python (uma linguagem de programação), ao estilo de um micro BBC ou Spectrum — daí o Pi (de Phyton). A parte "Raspberry" (framboesa) foi meio de brincadeira, mesmo — acho que alguém mencionou outra empresa com nome de uma fruta ... Também soou bem britânico, e nosso plano é projetar e construir tudo no Reino Unido.


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sábado, 26 de novembro de 2011

Para especialista, Reforma Tributária pode não ter o efeito esperado e trazer novos dilemas

Matéria publicada no Portal Fator Brasil

Segundo Sergio Gegers, da consultoria Actual Brasil, Reforma Tributária seria desnecessária se o atual sistema fosse mais claro, objetivo e organizado. 

O Brasil caminha para uma imprevisível e fatiada Reforma Tributária, que, independentemente de seus rumos, impactará a população brasileira, os empresários e governos. Ao menos na teoria, uma série de novas medidas será adotada para proporcionar ao país estabilidade econômica, competitividade à indústria, contenção da guerra fiscal entre os Estados, maior racionalidade nos recursos destinados à manutenção dos serviços públicos, investimentos privado e desenvolvimento regional. 

Mas, de acordo com o advogado tributarista Sergio Gegers, sócio-diretor da Actual Brasil, empresa especializada em consultoria e assessoria tributária, é difícil saber o que tem por trás dessa proposta. “Há muitos questionamentos que os brasileiros devem fazer. Ela, incondicionalmente, trará benefícios para todos? Existem garantias de que muitas das propostas não sofrerão desvios de finalidade para atender interesses de poucos? O fato é que a probabilidade de não acontecer o que todos esperam é algo que não deve ser ignorado” afirma o especialista. 

Para Gegers, o país possui exemplos de muitas medidas implementadas que, por um lado, geraram benefícios para alguns e, ao mesmo tempo, prejuízos e empecilhos para muitos, especialmente ao empresariado. “A questão é que mudanças dessa magnitude sempre despertam mobilizações em torno de interesses e disputas de recursos públicos e, neste caso, não será diferente”, observa. “Ou seja, uma reforma pode não ter o efeito esperado e, no fim das contas, aliviar de um lado e sufocar de outro”. 

A carga tributária brasileira é uma das mais pesadas do mundo. No Brasil, a arrecadação de impostos representa cerca de um terço das riquezas produzidas no país e, para piorar a situação, a legislação tributária brasileira é extremamente complexa, repleta de variáveis e de difícil interpretação – fato que foi agravado ao longo de muitos anos. “Por isso, uma ampla Reforma Tributária seria desnecessária se um esforço efetivo tivesse sido dispensado por muitos governos para ajustar o sistema, deixá-lo mais claro e menos subjetivo e poluído”, defende o diretor da Actual Brasil. 

Desafios e alternativas-Atualmente, o grande gargalo do setor tributário nacional é a dificuldade de saber o que pode e o que não deve ser realizado. Esse cenário é o principal responsável por fazer com que muitas empresas apurem de forma equivocada seus impostos, pagando valores acima ou abaixo do que deveriam. Segundo Sergio Gegers, com vontade política, essa questão poderia ter sido resolvida há muito tempo, dispensado reformas complexas que possam dar margens à manipulações, ocultação de arrecadação e jogos de interesse. 

Para o advogado tributarista, juntamente com o trabalho de simplificar a lei, a criação de um imposto único também poderia ter sido uma solução adotada e que estaria gerando muitos benefícios para a economia brasileira. “Tal medida neutralizaria falhas na apuração dos tributos, aumentaria a arrecadação e reduziria as obrigações acessórias e outras diversas burocracias”, afirma. 

“De acordo com o Ministério da Fazenda, o crescimento da economia brasileira neste ano deve ficar em torno de 5%, uma margem satisfatória e que manterá a estabilidade do país. Mas se esses ajustes tributários tivessem sido realizados no passado, essa porcentagem seria ainda maior, o que desencadearia uma série de benefícios, como aumento de renda, ampliação dos investimentos e diminuição dos índices de desemprego. De fato vivemos um bom momento, mas a realidade brasileira era para estar bem melhor”, ressalta Gegers.




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Equador diz que negocia nova linha de crédito com China

Matéria publicada pela Agência Reuters

QUITO (Reuters) - O Equador negocia uma linha de crédito de cerca de 1,7 bilhão de dólares com o Banco do Desenvolvimento da China, além dos empréstimos que o país andino já tem com o gigante asiático, disse neste sábado o presidente do Equador, Rafael Correa. 

A China se converteu no principal sócio financeiro do Equador, o menor membro da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), com a entrada de mais de 7 bilhões de dólares em linhas de crédito de livre disponibilidade, financiamento de centrais hidrelétricas e compra de petróleo com recursos antecipados. 

"Estamos negociando um financiamento adicional de 1,7 bilhão de dólares", disse Correa em seu informe semanal de atividades. 

"A China vê o Equador com muita expectativa, temos uma aliança estratégica com a China", acrescentou o presidente, sem explicar o destino do novo crédito. 

O líder equatoriano defendeu o nível de endividamento de seu governo nos últimos anos com a China, argumentando que contribuiu para o desenvolvimento econômico do país pelos diferentes projetos que se desenvolveram com esses recursos. 

Atualmente, o governo promove a construção da central hidrelétrica Coca Codo Sinclair, a maior do país, com recursos chineses. 

"A China respeita muito o governo equatoriano, por isso nos tem dado tanto financiamento e isso é apenas o começo, porque podem nos dar muito mais e, de fato, temos que seguir aprofundados esta relação", concluiu Correa. 

Recentemente Pequim desembolsou 1,4 bilhão de dólares de um empréstimo aprovado de 2 bilhões de dólares negociados no meio do ano pelo governo, com o que o Equador financiou parte do Orçamento para 2012. 


(Reportagem de Alexandra Valencia)




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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Bancos têm as marcas mais valiosas do País

Estudo mostra que Bradesco, Itaú e Banco do Brasil lideram ranking, superando empresas como Petrobrás, Casas Bahia e Vivo

Altamiro Silva Junior, de O Estado de S. Paulo
Matéria publicada em http://economia.estadao.com.br

Apesar do crescimento de outros setores, como varejo e telefonia, os grandes bancos brasileiros mantêm a liderança em marcas mais valiosas do País, superando empresas como Petrobrás, Casas Bahia, Vivo e Walmart. Das dez marcas com maior valor que operam no mercado, cinco são de instituições financeiras, de acordo com ranking da Brand Finance/Superbrands, obtido com exclusividade pela Agência Estado. 

As três primeiras colocações no ranking de 2011 ficaram com Bradesco, Itaú e Banco do Brasil, nessa ordem. Santander, na sétima posição, e Caixa, na décima, são os outros bancos do ranking, que será divulgado ao mercado em evento na próxima terça-feira.

O levantamento inclui 130 empresas de diversos setores, mas as dez primeiras posições estão concentradas em três setores (financeiro, varejo e telefonia), além da Petrobrás. Ao todo, a soma do valor dessas marcas aumentou 16,4% em 2011 na comparação com o ano passado, chegando a R$ 320 bilhões. 

O Bradesco tem valor de marca de R$ 31,2 bilhões e foi, pelo sexto ano consecutivo, líder do levantamento. A novidade no ranking de 2011 foi a entrada do Santander, que pela primeira vez aparece entre os 10 primeiros por conta da conclusão da incorporação de suas operações com as do Banco Real, que aumentou o tamanho e a atuação do banco espanhol no País.

Efeito Crédito. Na avaliação do CEO e sócio da Brand Finance/Superbrands América do Sul, Gilson Nunes, a presença maior dos bancos é justificada pelo tamanho que estas instituições têm no Brasil, pela maior oferta de crédito e pela ampliação da presença no território nacional. 

"É um setor desenvolvido tecnologicamente e que tem chegado à população de baixa renda", disse Nunes. "A presença dos bancos no ranking reflete a melhoria de seus serviços, da reputação e do relacionamento com clientes." 
Nunes diz que empresas de outros setores, como de telefonia celular, poderiam ter marcas mais valiosas. Mas, por conta da qualidade ruim de alguns serviços prestados, fator que pesa na avaliação para a elaboração do ranking, acabam tendo valor menor de suas marcas. As duas operadoras que aparecem no levantamento são a Vivo e a Oi. "Em outros países, as empresas de telefonia têm posições melhores", afirmou Nunes. 

Além dos bancos e das operadoras de telefonia, o varejo é outro setor que aparece entre as dez marcas mais valiosas. 

O Walmart subiu três posições e aparece em oitavo lugar no ranking. A Casas Bahia vem em seguida. De acordo com Nunes, a presença do segmento se deve aos investimentos em expansão de lojas. Com o aumento da renda, a população passou a consumir mais no varejo. 

Metodologia. Para elaborar o ranking, foram analisados fatores técnicos e outros mais subjetivos a partir de pesquisa de campo em nove capitais (como São Paulo, Rio e Belo Horizonte), ouvindo 16,3 mil pessoas sobre a percepção das marcas.

Entre os indicadores, 35 foram avaliados e incluem o valor de mercado da empresa, taxa de crescimento histórica e estimada das vendas e o Índice de Força da Marca. 

O Índice de Força da Marca é obtido a partir de avaliações de vários pontos, como preço do produto ou serviço da empresa, marketing, canal de venda/atendimento, governança corporativa e serviços no pós-venda (assistência técnica, atendimento ao cliente etc). 

A Brand Finance/Superbrands é uma empresa inglesa com sede em Londres e conta com escritórios em mais de 21 países, incluindo Estados Unidos, Brasil, países da Europa e Ásia. É uma das maiores do mundo em avaliação de marcas e ativos intangíveis.


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Avaliação da BRAiN mostra que País tem tudo para se tornar o grande polo de atratividade no mundo, mas ainda precisa desenvolver os quesitos 'Talentos' e 'Capital Humano'

Francisco Carlos de Assis, da Agência Estado
matéria publicada em http://economia.estadao.com.br

O Brasil será a quarta maior economia do mundo em 2025. O país já é uma realidade como potência econômica, tem um sistema financeiro estruturado e possui boa colocação no ranking mundial que avalia ambientes econômico e institucional. O prognóstico é da Brasil Investimentos e Negócios (BRAiN), associação formada pela Ambima, BM&FBovespa, Febraban, Fecomercio, Bradesco, Banco do Brasil, Santander, Banco Votorantim, BTG Pactual, Cetip, Citibank, HSBC e Itaú Unibanco, autora do relatório "Atratividade do Brasil como polo de investimentos e negócios na América Latina".

Apesar de aparecer na frente de nações como Japão, França, Grã-Bretanha, Alemanha, México, Rússia, Coreia e Hong Kong no quesito crescimento econômico, o Brasil ainda está longe de manter uma boa integração com seus vizinhos na América Latina. De acordo com o relatório da BRAiN, o País encontra-se nas últimas colocações no quesito distribuição de renda, tem uma fraca política fiscal e uma complexa estrutura tributária. O processo de abertura de uma empresa no Brasil demora, em média, quatro meses e o encerramento, três anos.

A despeito desses tópicos que demandam melhora, o Brasil tem tudo para se tornar o grande polo de atratividade no mundo, avalia o presidente da BRAiN, Paulo Oliveira. Ele observa que, "para se firmar como um grande polo de atratividade no mundo, o País precisa ser reconhecido mundialmente como um grande prestador de serviços."

O documento define indicadores para o acompanhamento dinâmico da posição do País e identifica possíveis passos e iniciativas para fomentar este posicionamento. Estabelece e detalha sete pilares que constituem a visão da associação em relação aos pré-requisitos para a formação e a excelência de um polo atrativo de investimentos: ambiente econômico, ambiente institucional, talentos humanos, infraestrutura financeira, infraestrutura física, conectividade e imagem do País. Para cada um destes tópicos foi estabelecido uma avaliação: crítico, bom a desenvolver e excelente.

Mesmo nos pilares em que o Brasil se apresenta em vantagem na comparação com outras economias, há fragilidades que precisam ser corrigidas. No ambiente econômico, por exemplo, se o Brasil se encaixa nas graduações "excelente" no que diz respeito a crescimento econômico e volatilidade econômica, "bom" no que tange à estabilidade monetária, registra "a desenvolver" na solidez fiscal e vulnerabilidade externa e encontra-se no estágio "crítico" nos quesitos desenvolvimento humano e distribuição de renda.

No quesito conectividade, o Brasil tem que melhorar muito porque, segundo o estudo da BRAiN, "por definição, um polo está no centro de uma malha de conexões ou fluxos. Quanto mais conectado, mais atrativo, pois maior valor terá sua rede para os agentes com quem interage. Tradicionalmente, as conexões de um polo são de dois tipos: regionais (intrarregionais) e globais (extrarregionais), ambas fundamentais para o desenvolvimento de um polo de investimentos e de negócios."

O Brasil lidera na América Latina a atração de empresas da Europa, Ásia e América do Norte, mas tem pouca relação com seus vizinhos, com exceção da Argentina. "A América Latina não está integrada", lembra Oliveira. De acordo com ele, é mais fácil para investidores da América Latina comprar o Brasil através dos Estados Unidos do que vir direto para cá. "É mais fácil você comprar um ADR da Petrobras do que vir comprar a própria ação aqui no Brasil. Então, não existe integração", diz.

Mas são nos pilares Talentos e Capital Humano que o Brasil se encontra mais atrasado em relação aos países que já atingiram o status de polo internacional de atratividade. Mesmo tendo a favor a disponibilidade demográfica (bônus demográfico) de população economicamente ativa e atingido o nível próximo da universalização do ensino fundamental, com 93% das crianças matriculadas, o Brasil ainda sofre com a escassez de mão de obra qualificada. Isso porque as universidades brasileiras resistem em mudar sua grade curricular.

Os alunos, segundo o presidente da BRAiN, saem da faculdade sem as qualificações demandadas pelas empresas. "As universidades ainda estão muito voltadas para a barreira da ciência, para a grande produção acadêmica e pouco voltadas para a formação de tecnólogos", diz Oliveira. Ele acredita que a solução deste problema terá que passar pela criação ou alteração na legislação que regulam a prática do ensino.


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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Contra a crise, varejo importa ‘Black Friday’

Redes brasileiras de varejo promovem dia de descontos que é tradicional nos EUA, tentando antecipar as vendas de Natal

Marina Gazzoni e Renato Cruz, de O Estado de S. Paulo
Matéria publicada em http://economia.estadao.com.br

SÃO PAULO - A desaceleração da economia e a redução da intenção de compra dos consumidores motivaram as varejistas brasileiras a promoverem amanhã uma versão local da Black Friday (sexta-feira negra), dia de grandes descontos realizado nos Estados Unidos na última sexta-feira de novembro. 

Em 2010, os brasileiros já tinham "importado" a data do varejo americano, mas limitada a lojas da internet. Com perspectivas mais pessimistas sobre a economia, a Black Friday ganhou mais adesões no Brasil. As empresas querem aproveitar a data para desovar estoques e antecipar as vendas de Natal. 

As novas perspectivas da economia levaram o grupo Pão de Açúcar a reforçar sua ação para a Black Friday. No ano passado, o grupo participou com ofertas na loja virtual do Ponto Frio. Mas, neste ano, será a primeira rede a oferecer o dia de promoções em lojas físicas no Brasil. 
Os cerca de 330 supermercados da marca Extra oferecerão descontos de até 70% em produtos eletrônicos, têxteis e da ceia de Natal, como panetone e frutas secas. 

"A ideia (de lançar a promoção nas lojas) começou quando recebemos da imprensa e dos nossos fornecedores notícias negativas sobre o fim de ano", afirma o diretor de Operações do Extra, Jorge Faiçal Filho. Ele diz que a rede não sentiu uma desaquecimento de suas vendas, mas, diante do cenário econômico mais pessimista, quer usar a promoção para antecipar as vendas de fim de ano. "Queremos aproveitar a primeira parcela do décimo terceiro salário", diz. 

Para driblar o aumento da inadimplência, que atingiu em outubro o maior patamar desde novembro de 2009, o Extra também vai estender o prazo de pagamento em um mês para compras feitas amanhã. A expectativa do grupo Pão de Açúcar é vender de 70% a 100% mais amanhã do que no mesmo período de 2010. 

Como destacou o consultor Claudio Felisoni, o varejo precisa criar eventos que ajudem a alavancar as vendas. "Desde maio as vendas vêm desacelerando e, em relação ao ano passado, a disponibilidade do consumidor para novas dívidas diminuiu", disse Felisoni. 

Segundo ele, o crescimento médio das vendas do varejo deve ficar em 8% este ano. Mas a expansão passou de 15% em janeiro para 4,7% em setembro, numa curva descendente. Diante desse cenário, é interessante antecipar as vendas. 

E-commerce 

A versão brasileira da Black Friday nasceu no ano passado por iniciativa do site Busca Descontos, que reuniu promoções de 15 varejistas virtuais na data. A edição deste ano ganhou o reforço de sites de compras coletivas, com a participação de cerca de 50 empresas, como Walmart, Magazine Luiza, Americanas.com e Netshoes. A expectativa é somar R$ 15 milhões em vendas na sexta-feira, cinco vezes mais que em 2010. 

"Neste ano, as lojas prometem dar descontos maiores. Muitas se prepararam para uma venda maior durante o ano, que não aconteceu, e agora querem girar o estoque", disse o fundador do Busca Descontos, Pedro Eugenio. Para acessar as promoções, os clientes devem se cadastrar no site. Outras varejistas, como o Carrefour, farão promoções por conta própria em seus sites.


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‘Financial Times’: brasileiros causam ‘boom’ imobiliário na Flórida


Sílvio Guedes Crespo



Os brasileiros são apontados como os atores principais de um “boom” imobiliário na Flórida, processo que já aumentou em 50%, desde 2009, os preços na região, informa o “Financial Times“. 

Os canadenses ainda compram mais imóveis nesse Estado americano do que os brasileiros. No entanto, os investidores do Brasil estão aumentando mais rápido sua participação no mercado imobiliário americano e também têm comprado imóveis mais caros. 

Em média, os brasileiros gastam mais de US$ 200 mil por moradia, um número superior ao de investidores de qualquer outra nacionalidade. 

Ainda, 8% das compras de imóveis na Flórida são feitas por brasileiros, mais que o dobro dos 3% registrados há um ano. 

Bem-vindos 

A associação dos corretores dos EUA considera que os brasileiros que compram imóveis na Flórida são particularmente bem-vindos porque em 85% dos casos eles pagam à vista. 

O “FT” lembra que, enquanto o mercado imobiliário de Miami está em crise há três anos, o de São Paulo e o do Rio de Janeiro estão em alta. Para o jornal, os brasileiros buscam fora do País oportunidades de comprar imóveis não tão caros. 

Segundo especialistas, o mercado imobiliário na Flórida poderá desaquecer novamente se as economias da América Latina tiverem problemas. “Se o real cair mais 15%, acho que os brasileiros ficarão estimulados a vender suas propriedades [nos EUA]“, disse ao “FT” William Hardin, professor na Florida International University.


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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

BTG quer captar até R$ 3 bilhões em fundo de infraestrutura

Por Vinícius Pinheiro

SÃO PAULO - O BTG Pactual entrou com pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para captar até R$ 3 bilhões em um fundo de investimentos em participações (FIP) voltado a projetos de infraestrutura. O próprio banco é o coordenador líder da oferta. Trata-se da segunda incursão da instituição na área. O primeiro fundo, chamado Brasil Energia, reuniu R$ 1,1 bilhão em recursos de fundos de pensão e de capital próprio. 

Caso atinja a meta de captação, o fundo do BTG será o maior já constituído no país para a área de infraestrutura, que tem atraído a atenção dos investidores em razão da demanda por recursos prevista para os próximos anos, quando o calendário trará grandes eventos no país, como Copa do Mundo e a Olimpíada. 

O prospecto do fundo do BTG não especifica em quais áreas ocorrerão os investimentos. Conforme o documento, a intenção é adquirir ações e títulos conversíveis em ações que permitam a participação no processo decisório das companhias investidas. 

O objetivo do fundo é obter rentabilidade equivalente à variação do IPCA mais 15% ao ano. A taxa de administração é de 2% ao ano, mais performance de 20% sobre o que ultrapassar a variação do IPCA mais 8% ao ano. O prazo do FIP é de dez anos. 

O fundo é destinado a investidores considerados qualificados, que possuem pelo menos R$ 1 milhão para investir. A expectativa é de que o BTG também entre como cotista, embora não haja nenhuma informação a esse respeito no prospecto. Os fundos soberanos que ingressaram no capital do banco há um ano também poderiam ser cotistas. Além dos investimentos em infraestrutura, o BTG fechou em junho deste ano a captação de US$ 1,6 bilhão em fundo de private equity — que compra participações em empresas. Procurado, o banco não se manifestou.


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domingo, 20 de novembro de 2011

FIDC surge como alternativa a crédito bancário

Matéria publicada em http://www.dci.com.br

São Paulo - Como alternativa ao crédito bancário, as médias empresas têm a opção no mercado brasileiro pela captação de recursos por meio de Fundos de Investimentos de Direitos Creditórios (FIDCs). De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os FIDCs possuem R$ 52,759 bilhões em patrimônio líquido até outubro de 2011 e a participação no mercado de capitais evolui a cada ano, de 3,9% em outubro de 2010 para 10,8% no mesmo mês de 2011. Apesar de ter sido criado em 2003, o mecanismo é pouco conhecido entre as companhias, que recorrem às linhas bancárias tradicionais. 

Segundo Pedro Mac Dowell, presidente da Quatá Investimentos, os fundos funcionam como uma maneira mais vantajosa de funding para as companhias. "Nasceu em 2003 no sentido de trazer mais competitividade, principalmente no Brasil, cuja indústria bancária está consolidada". O executivo explica que além da possibilidade de entrada no mercado de capitais, a captação por meio de FIDCs possui menos custos, já que não há cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), de 1,5% mais 0,38%. 

Mac Dowell ressalta, porém, que o potencial de crescimento é superior se comparado a outros países. "Os EUA, por exemplo, possui um fundo com estrutura semelhante que movimenta em torno de 10 trilhões de dólares. O empresário tem que saber que há a possibilidade de acessar este mercado também no Brasil". 

A Quatá Investimentos é uma das poucas companhias a atuar no setor, segundo Mac Dowell, e tem, atualmente, R$ 200 milhões de ativos sob gestão, com um movimento que varia entre R$ 90 milhões e R$ 100 milhões ao mês. Na carteira de clientes, há cerca de 90 empresas e 350 investidores. 

O executivo diz que entre os investidores o fundo está consolidado, mas ainda é desconhecido das empresas. "Precisam sair do mercado tradicional dos bancos e entrar no mercado de capitais, não ficando somente no funding. O investidor contribui com riqueza para a empresa e ganha na rentabilidade". 

Outra possibilidade do FIDC está no alongamento dos prazos, que no sistema bancário fica restrito ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Há a possibilidade de alongar os prazos sim", diz o presidente da Quatá, que revela o desenvolvimento de um fundo com prazo de sete anos, mas com funding internacional. "Até quatro anos tem mercado nos veículos de FIDCs atuais". 

O FIDC Multisetorial, criado em 2008 pela Quatá, possui em outubro de 2011 patrimônio líquido de R$ 98,045 milhões e, por meio da aquisição de direitos creditórios de curto prazo (de um a seis meses), busca superar a rentabilidade do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). No atual momento, o retorno do fundo está em 1,39% ao mês e 14,70% ao ano, com prazo médio de 33 dias. A taxa de administração é de 2% ao ano sobre o patrimônio líquido do fundo. 

Com prazo médio de quitação da dívida para as empresas de até 1 ano e meio, o PRASS FIDC tem patrimônio líquido de R$ 43,959 milhões até o décimo mês do ano. Para o investidor, a rentabilidade das cotas seniores é de 130% do CDI, com taxa de administração de 1,5% ao ano. 

Já o IPCA FIDC Juros Real é um fundo indexado à inflação, com rentabilidade de 7% acima do IPCA e taxa de administração de 1,5% a.a. O patrimônio líquido totaliza R$ 50,873 milhões, com prazo de até três anos para as empresas que cedem debêntures, notas promissórias, recebíveis e CRIs entre os ativos. 

O diretor-comercial da Quatá Investimentos, Dario Alexandre, explica que o custo para as empresas varia entre 1,3% e 1,9% ao mês, dependendo do risco. "O banco tem o produto de prateleira (capital de giro, antecipação de recebíveis, conta garantida, entre outros) e nós procuramos avaliar a necessidade de cada cliente". Para evitar atrasos e riscos ao fundo, o diretor afirma que ocorre uma análise criteriosa do balanço anual, de três períodos, documentação, faturamento mensal, sazonalidade e patrimônio dos sócios da empresa.


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sábado, 19 de novembro de 2011

J&F consolida união dos Bancos JBS e Matone e oficializa o lançamento do Banco Original

Matéria publicada no Portal Fator Brasil

Com forte estrutura de capital, instituição atuará nos segmentos de agronegócio, varejo e mesa clientes. 

São Paulo– O Banco Original, fruto da união entre os bancos JBS e Matone, surge com a missão de ser ‘referência de dinamismo na entrega de soluções no mercado financeiro’ e já nasce com uma estrutura de capital robusta, com patrimônio líquido de R$ 1,872 bilhão, carteira de crédito de R$ 2,350 bilhões, total de ativos de R$ 4,303 bilhões e índice de Basiléia de 28,05. 

No processo de expansão o Banco está empenhado em manter o foco e a excelência nos mercados em que atua sem comprometer a agilidade e a expertise, que são os seus diferenciais competitivos. “No segmento agropecuário isso se dá através da manutenção de uma equipe de agrônomos, zootecnistas e especialistas financeiros que atuam em conjunto a fim de estruturar soluções específicas para cada cliente. No varejo, o Banco possui sistemas e processos desenvolvidos para agilizar a avaliação de crédito, aprovação de limite e liberação de recursos em até duas horas”, afirma Emerson Loureiro, presidente do Banco Original. 

A partir de agora, o Banco Original passa a oferecer, além de operações estruturadas para o setor de agronegócio, serviços e produtos para o varejo através da Rede Bem-Vindo Serviços Financeiros, adquirida na integração com o Banco Matone. Com pelo menos uma unidade por capital, a rede Bem-Vindo é composta por mais de 70 lojas distribuídas em todo o Brasil, especializadas na oferta de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS, funcionários públicos e servidores das Forças Armadas e conta com uma carteira de mais de 600 mil clientes ativos. Em sua estratégia de crescimento, as lojas Bem-Vindo serão exploradas também para levar novos produtos e serviços ao mercado. “Aproveitaremos o contato das lojas com o público para expandir nossa atuação junto aos clientes pessoa física, oferecendo novas modalidades de crédito pessoal, títulos de capitalização, diferentes modalidades de seguros, etc.”, reforça Loureiro. 

O Banco Original conta também com uma mesa de operações voltada para o atendimento a clientes, realizando operações estruturadas, derivativos em bolsa, câmbio pronto e câmbio físico, e posições proprietárias. 

Nome e logomarca - O Banco será lançado com novo nome e logomarca, que traduzem a evolução da instituição e sua visão futura. “O diferencial de agilidade na entrega de soluções remonta a um princípio fundamental da atividade dos Bancos em sua relação com clientes: a de que para estes, tempo é dinheiro. A associação do diferencial do Banco a um aspecto ligado às origens da própria atividade bancária foi parte da inspiração para o nome ‘Original’. Ao mesmo tempo, o símbolo da logomarca busca refletir fluidez e crescimento de negócios, valores importantes para o Banco”, afirma José Marinho, Diretor Comercial do Banco. 

.Highlights:


Empresas precisam se preparar para atender nova classe média, conclui estudo

Daniel Mello
Matéria publicada na Agência Brasil 

São Paulo – As empresas precisam se preparar melhor para atender às necessidades e aos desejos da nova classe média, camada que detém a maior parte do poder de compra no país. Segundo estudo divulgado pelo Data Popular, 53,9% da população brasileira está na chamada classe C, com renda per capita mensal entre R$ 324 e R$ 1,4 mil. A classe C será responsável por 44,3% dos gastos das famílias este ano, com um poder de compra de R$ 2,3 trilhões. 

“É uma massa enorme de consumidores que vêm de um passado de pobreza e que, agora, estão conseguindo consumir e já se tornaram maioria em vários segmentos”, disse o pesquisador do Instituto Data Popular João Paulo de Resende. “Essas empresas têm que entender que agora elas estão lidando com um público que não é o mesmo que sustentava o negócio delas há dez anos”. Em 2001, a classe C representava 38,6% da população e 25,8% do consumo. 

Para atender a essa demanda, o pesquisador sugere que as empresas não busquem apenas novos produtos e serviços para oferecer a esse novo público, mas que mudem, também, a forma de atendimento. “Para alguns mercados é muito importante ter uma clareza, um simplicidade maior do que se tinha antes para se relacionar com esse cliente”. Resende lembra que muitas dessas pessoas têm origem humilde e nunca viajaram de avião, por exemplo. 

Além disso, a classe C tem aspirações próprias e não busca simplesmente repetir o padrão de compra das classe mais altas. “As empresas precisam entender isso para conseguir criar estratégias eficientes para atrair esse público”, assinala o pesquisador. 

O problema é que há um descompasso entre o que pensam esses novos consumidores e as estratégias das empresas, que se revela nos dados da pesquisa do Data Popular. De acordo com o levantamento, 26% das empresas acreditam que o preço é o fator mais importante na escolha de um produto, um pensamento compartilhado por apenas 17% dos consumidores populares. No entanto, enquanto 44% dos entrevistados desse grupo de consumo disseram dar mais importância à qualidade do que ao preço, só 18% das empresas defenderam esse ponto de vista. 

O pesquisador destacou que o consumo da classe média ascendente deverá se expandir para serviços como alimentação fora de casa, lazer e viagens. De acordo com Resende, com a melhoria de vida, as famílias primeiro buscaram comprar itens básicos que não tinham, como eletrodomésticos. Agora, além de buscar outros bens e serviços, também querem melhorar a qualidade dos itens que já consomem, "Elas não vão passar a comer mais, mas comer melhor”, explicou o pesquisador.


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