sábado, 19 de novembro de 2011

J&F consolida união dos Bancos JBS e Matone e oficializa o lançamento do Banco Original

Matéria publicada no Portal Fator Brasil

Com forte estrutura de capital, instituição atuará nos segmentos de agronegócio, varejo e mesa clientes. 

São Paulo– O Banco Original, fruto da união entre os bancos JBS e Matone, surge com a missão de ser ‘referência de dinamismo na entrega de soluções no mercado financeiro’ e já nasce com uma estrutura de capital robusta, com patrimônio líquido de R$ 1,872 bilhão, carteira de crédito de R$ 2,350 bilhões, total de ativos de R$ 4,303 bilhões e índice de Basiléia de 28,05. 

No processo de expansão o Banco está empenhado em manter o foco e a excelência nos mercados em que atua sem comprometer a agilidade e a expertise, que são os seus diferenciais competitivos. “No segmento agropecuário isso se dá através da manutenção de uma equipe de agrônomos, zootecnistas e especialistas financeiros que atuam em conjunto a fim de estruturar soluções específicas para cada cliente. No varejo, o Banco possui sistemas e processos desenvolvidos para agilizar a avaliação de crédito, aprovação de limite e liberação de recursos em até duas horas”, afirma Emerson Loureiro, presidente do Banco Original. 

A partir de agora, o Banco Original passa a oferecer, além de operações estruturadas para o setor de agronegócio, serviços e produtos para o varejo através da Rede Bem-Vindo Serviços Financeiros, adquirida na integração com o Banco Matone. Com pelo menos uma unidade por capital, a rede Bem-Vindo é composta por mais de 70 lojas distribuídas em todo o Brasil, especializadas na oferta de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS, funcionários públicos e servidores das Forças Armadas e conta com uma carteira de mais de 600 mil clientes ativos. Em sua estratégia de crescimento, as lojas Bem-Vindo serão exploradas também para levar novos produtos e serviços ao mercado. “Aproveitaremos o contato das lojas com o público para expandir nossa atuação junto aos clientes pessoa física, oferecendo novas modalidades de crédito pessoal, títulos de capitalização, diferentes modalidades de seguros, etc.”, reforça Loureiro. 

O Banco Original conta também com uma mesa de operações voltada para o atendimento a clientes, realizando operações estruturadas, derivativos em bolsa, câmbio pronto e câmbio físico, e posições proprietárias. 

Nome e logomarca - O Banco será lançado com novo nome e logomarca, que traduzem a evolução da instituição e sua visão futura. “O diferencial de agilidade na entrega de soluções remonta a um princípio fundamental da atividade dos Bancos em sua relação com clientes: a de que para estes, tempo é dinheiro. A associação do diferencial do Banco a um aspecto ligado às origens da própria atividade bancária foi parte da inspiração para o nome ‘Original’. Ao mesmo tempo, o símbolo da logomarca busca refletir fluidez e crescimento de negócios, valores importantes para o Banco”, afirma José Marinho, Diretor Comercial do Banco. 

.Highlights:


Empresas precisam se preparar para atender nova classe média, conclui estudo

Daniel Mello
Matéria publicada na Agência Brasil 

São Paulo – As empresas precisam se preparar melhor para atender às necessidades e aos desejos da nova classe média, camada que detém a maior parte do poder de compra no país. Segundo estudo divulgado pelo Data Popular, 53,9% da população brasileira está na chamada classe C, com renda per capita mensal entre R$ 324 e R$ 1,4 mil. A classe C será responsável por 44,3% dos gastos das famílias este ano, com um poder de compra de R$ 2,3 trilhões. 

“É uma massa enorme de consumidores que vêm de um passado de pobreza e que, agora, estão conseguindo consumir e já se tornaram maioria em vários segmentos”, disse o pesquisador do Instituto Data Popular João Paulo de Resende. “Essas empresas têm que entender que agora elas estão lidando com um público que não é o mesmo que sustentava o negócio delas há dez anos”. Em 2001, a classe C representava 38,6% da população e 25,8% do consumo. 

Para atender a essa demanda, o pesquisador sugere que as empresas não busquem apenas novos produtos e serviços para oferecer a esse novo público, mas que mudem, também, a forma de atendimento. “Para alguns mercados é muito importante ter uma clareza, um simplicidade maior do que se tinha antes para se relacionar com esse cliente”. Resende lembra que muitas dessas pessoas têm origem humilde e nunca viajaram de avião, por exemplo. 

Além disso, a classe C tem aspirações próprias e não busca simplesmente repetir o padrão de compra das classe mais altas. “As empresas precisam entender isso para conseguir criar estratégias eficientes para atrair esse público”, assinala o pesquisador. 

O problema é que há um descompasso entre o que pensam esses novos consumidores e as estratégias das empresas, que se revela nos dados da pesquisa do Data Popular. De acordo com o levantamento, 26% das empresas acreditam que o preço é o fator mais importante na escolha de um produto, um pensamento compartilhado por apenas 17% dos consumidores populares. No entanto, enquanto 44% dos entrevistados desse grupo de consumo disseram dar mais importância à qualidade do que ao preço, só 18% das empresas defenderam esse ponto de vista. 

O pesquisador destacou que o consumo da classe média ascendente deverá se expandir para serviços como alimentação fora de casa, lazer e viagens. De acordo com Resende, com a melhoria de vida, as famílias primeiro buscaram comprar itens básicos que não tinham, como eletrodomésticos. Agora, além de buscar outros bens e serviços, também querem melhorar a qualidade dos itens que já consomem, "Elas não vão passar a comer mais, mas comer melhor”, explicou o pesquisador.


Confira as últimas postagens
Mineração já paga US$ 200.000 por ano para operários
Nordeste supera Sudeste em consumidores com 1º cartão de crédito...
Que economia está pior, a dos EUA, Europa ou China?
Setor financeiro detém mais da metade dos títulos do governo federal
Política bloqueia oferta de ajuda da China para a UE
Cuba pede ao Brasil crédito agrícola de US$200 milhões
O que o Goldman vê de errado na China?
Ford inicia venda antecipada de seu primeiro carro elétrico...
Tempos melhores para investir no Brasil
Sob críticas, bancos dos EUA perdem clientes para Walmart


Tags: consumo, classe-C, classe-média, padrão-consumo, varejo, crescimento-renda

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Mineração já paga US$ 200.000 por ano para operários

Por John W. Miller de Mandurah, Austrália
Plubicada pelo The Wall Street Journal

Um dos custos que mais crescem no setor de mineração, em todo mundo, é o de trabalhadores como James Dinnison: o jovem australiano de 25 anos, que abandonou os estudos no ensino médio, ganha US$ 200.000 por ano operando uma broca em minas subterrâneas para extrair ouro e outros minérios. 

Todo tatuado, Dinnison começou a trabalhar nas minas há sete anos ganhando US$ 100.000, tem um carro modelo Chevy Ute azul, de 2009, que lhe custou US$ 55.000 – antes de uma reforma no motor de US$ 16.000 – e uma moto personalizada de US$ 44.000. O preço pago pelo seu cachorro chihuahua, Dexter, que late a seus pés: US$ 1.200. 

Ele próprio pode ser considerado uma preciosa commodity. Dinnison pertence a uma classe de novos ricos em ascensão em lugares remotos – e ricos em minerais – como o Estado da Austrália Ocidental, onde companhias mineradoras estão investindo pesadamente para desenvolver e expandir minas de ferro. A jornada é dura: exige 12 horas por dia, muitas vezes em condições perigosas, enquanto passam semanas morando em cidades pequenas e poeirentas. 

"É uma escassez histórica", diz Sigurd Mareels, diretor global da área de mineração da McKinsey & Co. Não apenas na Austrália. No Canadá, por exemplo, o Conselho para o Setor de Mineração prevê um déficit de 60.000 a 90.000 trabalhadores até 2017. O Peru, por sua vez, precisará encontrar 40.000 novos mineiros até o final da década. 

Por trás dessa procura por trabalhadores em minas está o boom da construção civil na China e em outras economias emergentes, que tem impulsionado a demanda por minério de ferro, usado para fazer aço, e outros metais com aplicação na construção de imóveis. 

A escassez de recursos humanos tem um preço alto. "As pressões inflacionárias estão aumentando os custos e os salários em locais de mineração como Austrália Ocidental, Chile e África", disse Tom Albanese, diretor-presidente da Rio Tinto PLC, a terceira maior mineradora do mundo em vendas. "Há um crescimento de dois dígitos nos salários dos mineiros, em várias regiões". 

A escassez é particularmente grave na Austrália, a maior fonte mundial de minério de ferro e segundo maior produtor de ouro do mundo. 

O Conselho de Minérios da Austrália estima que o país precise de um contingente adicional de 86.000 trabalhadores até 2020, para complementar a atual força de trabalho estimada em 216.000. "É um mercado de trabalho difícil, e com custos ambientais complicados", disse Ian Ashby, presidente da divisão de minério de ferro da BHP Billiton Ltd.. Para atrair trabalhadores, a BHP e outras empresas estão criando centros de recreação, quadras de esportes e galerias de arte nas miseráveis cidades onde se instalam. A BHP disse que o aumento dos custos com força de trabalho e capital reduziu seus ganhos em US$ 1,2 bilhão durante o primeiro semestre deste ano, quando a empresa registrou lucro de US$ 11,2 bilhões. 

Alguns trabalhadores na Austrália vêm das Filipinas e Nova Zelândia. "Faz sentido para mim", diz Ricky Ruffell, 47 anos. O neozelandês, que opera uma niveladora em Port Hedland, no nordeste da Austrália, voa de volta para casa uma vez por mês, pagando ele mesmo pelas passagens que custam US$ 1.200, ou 1% do seu salário anual de US$ 120.000. 

A empresa onde Ruffell trabalha, a australiana NRW Holdings Ltd., paga as tarifas apenas em voos domésticos. A companhia não quis comentar casos individuais como os de Ruffel, mas diz que paga o que o mercado exige. 

O salário médio no setor de mineração na Austrália estava em torno de 108.000 dólares australianos, ou cerca de US$ 110.000, em 2010 – o valor inclui trabalhadores menos qualificados e os que cumprem jornadas parciais, e ainda assim está bem acima da média de 66.594 dólares australianos para todos os trabalhadores no país, de acordo com o governo da Austrália. 

William Boal, professor na Universidade de Drake, nos Estados Unidos, que estuda economia do trabalho no setor de mineração, disse que os salários mais altos refletem, em parte, o custo de vida mais elevado nessas áreas isoladas. 

"Há também a inflação – essas pessoas nunca viram tanto dinheiro antes, e estão gastando". Os mineiros estão comprando casas, carros e bens de consumo, pressionando os preços locais.


Confira as últimas postagens
Nordeste supera Sudeste em consumidores com 1º cartão de crédito...
Que economia está pior, a dos EUA, Europa ou China?
Setor financeiro detém mais da metade dos títulos do governo federal
Política bloqueia oferta de ajuda da China para a UE
Cuba pede ao Brasil crédito agrícola de US$200 milhões
O que o Goldman vê de errado na China?
Ford inicia venda antecipada de seu primeiro carro elétrico...
Tempos melhores para investir no Brasil
Sob críticas, bancos dos EUA perdem clientes para Walmart
Alto consumo e pouca poupança dificultam investimento...


Tags: altos-salários-operários, emprego-mineração, falta-mão-obra, indústria-mineração, consumo-elevação-renda, inflação-economia-mundo