quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Banco do Brasil atinge R$ 1 bilhão em operações do Fies

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil 
http://agenciabrasil.ebc.com.br/

Brasília - O Banco do Brasil (BB) atingiu esta semana a marca de R$ 1 bilhão em operações do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), com empréstimos para mais de 25 mil estudantes de instituições privadas. 

A participação do BB subiu de aproximadamente 4% do total de contratos do Fies em 2010 para cerca de 20% do valor financiado no início deste mês. A Caixa Econômica Federal, atualmente, lidera o volume de operações. 

O BB quer chegar à liderança dos empréstimos. Para isso, a ideia é aproveitar a capilaridade da rede de cerca de 5 mil agências no país e também divulgar o Fies aos estudantes de ensino superior. A estratégia é iniciar o relacionamento com os alunos na fase universitária para que seja mantido ao longo de toda a vida financeira. 

O banco tem atualmente cerca de 1,2 milhão de contas universitárias. “O BB acompanha o passo a passo desse cliente desde o momento em que ele entra na universidade. Queremos ser o maior banco dos jovens no Brasil”, diz o vice-presidente de Negócios de Varejo do BB, Paulo Rogério Caffarelli, em nota. 

O Banco do Brasil atua como agente financeiro do Fies desde o final de agosto de 2010. Pelo programa, o universitário pode financiar até 100% do valor da graduação, com prazo de três vezes o período financiado mais 12 meses para quitar o empréstimo, com juros de 3,4% ao ano. Segundo o BB, o estudante começa a pagar o empréstimo 18 meses após se formar.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Brics cogita comprar dívida da zona do euro--fontes

Por Raymond Colitt e Patrícia Duarte
BRASÍLIA (Reuters) - Os países do Brics estão em conversas iniciais a respeito de um aumento das compras de títulos denominados em euros em um esforço para amenizar a crise da dívida na Europa, afirmou uma fonte do governo brasileiro nesta terça-feira. 

As conversas ainda estão em "estágio preliminar", disse a fonte, que pediu para não ser identificada porque as conversas ainda estão acontecendo. A fonte disse que qualquer ação não envolveria "a maioria" das reservas dos países, mas não deu detalhes adicionais. 

O Brics é formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. 

Outra fonte do governo disse que o Brasil não pretende usar as reservas internacionais, hoje em torno de 355 bilhões de dólares, para comprar títulos da dívida europeia, mas poderia utilizar o Fundo Soberano do Brasil, que em tese pode "correr mais riscos" . 

Em agosto, segundo dados publicados no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o fundo tinha patrimônio líquido de 15,374 bilhões de reais. Desse total, no entanto, quase 85 por cento estão aplicados em ações da Petrobras e do Banco do Brasil, posições que o governo não tem interesse de se desfazer. 

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que os ministros de Finanças e os presidentes de bancos centrais do Brics vão discutir a crise da zona do euro num encontro em 22 de setembro em Washington. 

"A gente vai se reunir semana que vem em Washington e vai discutir como fazer para ajudar a União Europeia a sair dessa situação", disse Mantega a jornalistas em Brasília. 

O ministro da Fazenda, Guido Mantega quer, antes do encontro da próxima semana, conversar com seus pares dos países do Brics para afinar as eventuais propostas que possam ajudar a zona do euro, informou nesta terça-feira uma fonte próxima ao assunto. 

O jornal Valor Econômico informou nesta terça-feira que as compras poderiam ser limitadas a dívida de países europeus financeiramente mais sólidos. 

A segunda fonte pôs em dúvida a habilidade do Brics de coordenar um plano de assistência. "Como é que vai se coordenar uma ação do Brics se lá na União Europeia não tem?", questionou a fonte. 

A crise de dívida na zona do euro têm sacudido os mercados globais há mais de um ano, com o aumento das especulações recentemente de que a Grécia poderia declarar moratória ou mesmo deixar o bloco monetário, formado por 17 países. 

Os bancos centrais de Brasil e África do Sul não comentaram o assunto. 

(Reportagem de Raymond Colitt e Tiago Pariz em Brasília, Luciana Lopez e Brad Haynes em São Paulo e Phumza Macanda na África do Sul)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Afinal, o que é Terapia Financeira?

Por Odelmo Diogo - Blog TRADE-OFF

Apesar das reclamações do competente estagiário sobre a grande quantidade de escritos referentes à educação e planejamento financeiro, é válido voltar ao tema abordando o conceito de “terapia financeira”.

O termo “terapia financeira” tornou-se mais conhecido a partir do lançamento do livro do educador financeiro Reinaldo Domingos*. No livro, ele faz referência a sua atuação como educador financeiro e mostra que seu trabalho equivale a uma espécie de terapia que incluí, antes de qualquer coisa, a análise comportamental das pessoas na relação com o dinheiro.

Dessa forma, a “terapia financeira” é uma espécie de tratamento para aqueles que estejam ameaçados ou acometidos de distúrbios financeiros. A referida terapia também se mostra eficiente como instrumento de planejamento e controle das finanças dos indivíduos que planejam efetuar investimentos, almejam realizar alguns sonhos e até para aqueles que buscam viver de forma tranquila a terceira idade.

A “terapia financeira” contempla a descoberta do “eu financeiro” das pessoas, tornando assim possível a construção de um planejamento voltado para as singularidades de cada situação, respeitando assim os orçamentos, os anseios e os sonhos de cada indivíduo.

É possível afirmar que a “terapia financeira” é uma extensão da educação financeira. Enquanto esta última tem a preocupação de construir e compartilhar conhecimentos sobre finanças e produtos financeiros, a “terapia financeira” inclui a análise comportamental dos indivíduos sugerindo caminhos a serem trilhados ou construídos!

* Reinaldo Domingos é educador financeiro e autor do livro Terapia Financeira publicado em 2011