terça-feira, 30 de agosto de 2011

Mercantil estreia em FIDC com captação de R$400 milhões

Reportagem de Aluísio Alves
http://br.reuters.com/

SÃO PAULO (Reuters) - O banco mineiro Mercantil do Brasil anunciou nesta terça-feira ter captado cerca de 400 milhões num Fundo de Investimentos em Direitos Créditos (FIDC) lastreado na concessão de crédito consignado a beneficiários do INSS.

A operação coordenada por Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, HSBC e Mercantil do Brasil Distribuidora teve nota "AAA" da Standard & Poor's. Os papéis oferecem ao investidor taxa de CDI mais 2,4 por cento ao ano. A participação em cotas subordinadas foi de 90 milhões de reais.

Segundo o diretor financeiro do Mercantil do Brasil, Cristiano Gomes, os papéis foram distribuídos entre 10 investidores institucionais. O prazo do fundo é de cinco anos.

O banco, que no final de 2010 venceu a licitação pela folha de pagamento dos aposentados e pensionistas do INSS no estado de Minas Gerais e no interior de São Paulo, tem 30 mil novos beneficiários a cada mês.

"Dependendo do desempenho dessa carteira, podemos fazer outras captações do tipo em 2012", disse Gomes à Reuters.

O crédito consignado foi uma das modalidades de empréstimos que o governo procurou esfriar com as medidas macroprudenciais tomadas no fim de 2010. Para Gomes, no entanto, essas medidas devem ter pouco impacto nos novos beneficiários.

A expectativa do banco é de que sua carteira de beneficiários do INSS atinja 1,8 milhão de pessoas até 2016.

O Mercantil do Brasil fechou o primeiro semestre deste ano com uma carteira de crédito total de cerca de 7,5 bilhões de reais, incluindo avais e fianças, distribuídos de forma paritária entre pessoa jurídica e varejo.

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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Aprenda a montar o seu Plano Estratégico de Despesas

Matéria publicada originalmente em http://www.previ.com.br/

O primeiro semestre do ano já acabou. Em geral, as revisões do que está dando certo e as criações de metas acontecem na virada do ano, mas os especialistas em educação financeira recomendam o planejamento em qualquer época. E já que o ano caminha para o final, que tal montar o seu Plano Estratégico de Despesas? 

Segundo o professor do Ibmec, Roberto Zentgraf, as pessoas acham que o importante para ter uma vida financeira saudável é ganhar mais, quando na verdade o fundamental é fazer sobrar algum dinheiro. Zentgraf comenta que aumentar o ganho quase nunca está em nossas mãos, sendo assim, a opção é controlar os gastos e, para isso, sugere a montagem do Plano Estratégico de Despesas (PED). 

Antes de receber o dinheiro 

A dica do professor é a criação de uma ferramenta estratégica que sirva para ajudar a planejar o seu dinheiro antes mesmo de tê-lo recebido. Como todo planejamento, é preciso detalhar as despesas do dia a dia, as obrigações assumidas, contas fixas e, ainda, o dinheiro que possivelmente você reservará para planos de curto e longo prazo. 

Em seguida, o Zentgraf recomenda estabelecer percentuais que serão gastos em determinado período em cada categoria do planejamento. Assim será possível, com o passar dos meses, saber se as metas foram atingidas e, se necessário, mudar atitudes para alcançá-las. 

Seis passos 

Para o especialista, um ciclo completo de implementação de um PED se faz em seis etapas. 

1) Perceber onde é possível controlar as despesas;
2) Valorizar suas experiências e aprender com elas;
3) Classificar as despesas;
4) Comparar as despesas (gastos) com as receitas (entradas de dinheiro);
5) Analisar os resultados; e
6) Estabelecer suas prioridades. 

No item 1, que fala sobre controle, Zentgraf recomenda anotar tudo ou em caderninho pessoal ou usar softwares específicos para finanças pessoais. 

No site da Associação Brasileira de Educação Financeira (Abef), por exemplo, é possível baixar uma planilha em Excel criada pelos profissionais da instituição. Basta visitar o site da Abef e, no menu vertical à esquerda, clicar em planilha de orçamento familiar. 

Por dentro dos gastos 

Para Zentgraf, só se pode melhorar aquilo que se conhece, por isso, anotar tudo é importante. Uma dica valiosa sobre registros dos gastos no cartão de crédito, ao invés de anotar o total, é interessante controlar cada uma das despesas assumidas. 

Hora de calcular 

Tomados esses devidos cuidados e já tendo feito a classificação, Zentgraf indica que se divida o total gasto em cada uma delas pela sua receita líquida mensal e multiplique cada resultado por 100. Depois, analise os gastos e some o percentual por categoria, se o valor for inferior a 100%, segundo o professor, é sinal de que se gasta menos do que se ganha. Caso a soma for superior a 100%, o gasto está maior do que o ganho e é preciso mudar em prol da saúde financeira. 

domingo, 28 de agosto de 2011

Pequenas empresas aumentam vendas para a União em 44,5% no primeiro semestre

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/

Brasília – Micro e pequenas empresas de todo o país venderam mais de R$ 5,2 bilhões em bens e serviços para o governo federal, no primeiro semestre, o que representa expansão de 44,5% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o secretário de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento, Delfino Natal de Souza.

Foi o melhor faturamento das micro e pequenas empresas no período, desde que a SLTI iniciou esse tipo de estatística, em 2002. O levantamento abrange compras da administração direta, de autarquias e de fundações. Segundo ele, R$ 3,6 bilhões do faturamento, equivalentes a 55,5% do todo, foram negociados por meio da modalidade de pregão eletrônico.

Delfino acredita que os bons resultados do primeiro semestre devem se repetir também na segunda metade do ano, que, “normalmente, é um período mais intenso na aplicação do Orçamento”. Ele destacou que as compras por pregão eletrônico proporcionaram economia para os cofres públicos de R$ 2,1 bilhões, dos quais R$ 1,1 bilhão “deve-se à contribuição dos micro e pequenos negócios”.

De acordo com o secretário, o aumento da participação dos pequenos empreendedores nas compras do governo decorre, principalmente, da aplicação dos benefícios garantidos pela Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar 123/06), em vigor desde dezembro de 2006. Dentre esses benefícios, há a prioridade nas compras governamentais até o valor de R$ 80 mil.

A lei também estabelece preferência quando há empate com o preço de outra empresa de maior porte e a possibilidade de novo lance para a micro e pequena empresa que tiver estipulado preço até 5% acima da cotação da empresa concorrente, de maior porte. Quando ocorre o empate, a experiência tem demonstrado que as pequenas empresas ganham em torno de 99% das concorrências de preço.

Pelas estimativas do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), a tendência é que o faturamento dessas empresas cresça mais ainda, em decorrência, também, da busca de qualidade e eficiência do setor, além do crescimento natural da economia, segundo destacou o diretor de Administração e Finanças do Sebrae, José Claudio dos Santos.

De acordo com Santos, “serão geradas, no Brasil, mais de 900 oportunidades de negócios para os próximos anos e não haverá espaço para aventureiros. Para crescer, é preciso ter qualidade”. O país tem hoje cerca de 6 milhões de micro e pequenas empresas.