quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Afinal, como realizar seus sonhos?

Por Odelmo Diogo - Blog TRADE-OFF

As famílias brasileiras, assim como a maior parte das famílias do mundo, possuem sonhos e buscam realiza-los ao longo do tempo. Alguns desses sonhos não demandam recursos financeiros. No entanto, maior parte dos planos que as pessoas buscam realizar no futuro dependem da disponibilidade de recursos para que seja possível transformá-los em realidade.

Logo, surge a pergunta: como acumular recursos para transformar em realidade os sonhos e os projetos futuros? O verbo POUPAR seria a principal resposta. Porém, apesar de simples, poupar não é uma tarefa fácil. No atual contexto de consumo e de forte apelo ao “comprar por comprar”, a organização do orçamento familiar transforma-se numa difícil tarefa que exige planejamento, disciplina e determinação.

Poupar não é nada mais do que guardar parte da renda ou do salário, ou seja, equivale separar uma parte da renda que não deverá ser destinada ao consumo. Todavia, a existência de crédito fácil combinada com o exotismo de novos produtos e tecnologias, estimula a construção de um cenário de antecipação de consumo através do crédito que, consequentemente, compromete a taxa de poupança das famílias no curto e no longo prazo.

E como poupar?
Antes de qualquer coisa, é essencial que as famílias possuam um orçamento. Esse orçamento não precisa ser uma planilha sofisticada ou um programa de computador. Deve ser um modelo simples, compatível com a realidade de cada família, e que resulte em clareza sobre os valores de todos os recebimentos e desembolsos realizados pela família durante o mês.

O segundo momento diz respeito à análise do orçamento. Esta deverá contemplar a exclusão dos gastos supérfluos e daqueles que podem ser postergados. Feito esses ajustes ou “cortes de gastos”, torna-se possível definir QUANTO deverá ser POUPADO.

Pronto! Já sabe quanto deverá poupar? Agora é a vez de buscar informações através de seu gerente e dos meios de comunicação ou, até mesmo, contratar os serviços de um Consultor Financeiro para prestar orientações sobre a escolha da aplicação financeira para qual você destinará os valores que serão poupados.

Última dica. Disciplina e determinação na execução de seu orçamento tornará mais fácil a realização de seu projeto, ou seja, a realização de seu sonho!

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Vai ao Brasil? Cuidado!

Tags: orcamento-familiar, planejamento-financeiro-pessoal, consumo-credito, varejo-consumidor, endividamento-familias, brasil-bancos

terça-feira, 2 de agosto de 2011

China divulga diretrizes para disputas regionais sobre mar

Agência Reuters
http://br.reuters.com/

PEQUIM (Reuters) - A China divulgou algumas diretrizes para aliviar as tensões decorrentes de disputas territoriais com países vizinhos. Ao mesmo tempo, um jornal oficial chinês atribuiu à agitação dos Estados Unidos a maior parte da culpa pelos desentendimentos regionais no Mar do Sul da China.

O Ministério de Relações Exteriores apresentou as premissas estabelecidas de comum acordo num encontro regional em julho, quando os governos da China e de outros países do Sudeste Asiático, bem como os EUA, buscaram aplacar os atritos sobre as reivindicações de soberania no Mar do Sul da China.

O Diário do Povo, jornal do governista Partido Comunista chinês, afirmou que a definição das diretrizes para promoção da cooperação mostra que o governo chinês está sendo sincero em seu interesse de resolver as tensões marítimas. As diretrizes foram postas no website do Ministério de Relações Exteriores (www.mfa.gov.cn) na noite de segunda-feira.

Mas comentários publicados no jornal enfatizaram o quão distante ainda está uma solução duradoura para as disputas e deixaram claro que a China não recuará de suas reivindicações sobre o mar.

"Ao mesmo tempo que promove a paz, estabilidade e o progresso no Mar do Sul da China, a China vai aderir ao princípio fundamental de proteger sua soberania", diz um texto no Diário do Povo, que reflete o pensamento do governo chinês.

O jornal colocou nos EUA boa parte da culpa pelas recentes tensões, e não nas nações do Sudeste Asiático, as quais a China tem cortejado com promessas de negócios, investimento e maiores conexões de transporte.

"Os Estados Unidos são a força militar dominante na região, e sua agitação sobre a questão do Mar do Sul da China tem complicado mais os problemas", diz um dos artigos no diário.

China, Taiwan e quatro países membros da associação regional, a Asean --Filipinas, Malásia, Brunei e Vietnã-- reivindicam território no Mar do Sul da China.

O governo norte-americano vem irritando a China por dizer que tem interesse nacional em assegurar liberdade de navegação e comércio naquelas águas, e por apoiar uma solução conjunta para as disputas --uma abordagem rejeitada pelo governo chinês.

As autoridades chinesas dizem que o país exerce soberania em grande parte do Mar do Sul da China desde a Antiguidade e estão determinadas a não envolver na resolução da questão partes de fora da região.

As tensões na região aumentaram em junho, antepondo a China ao Vietnã e às Filipinas, e elevando o risco de confronto com os EUA.

(Reportagem de Chris Buckley)

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Investimento em educação é um ótimo negócio

Matéria publicada originalmente em http://www.previ.com.br/

Faz parte da rotina de muitos casais discutir sobre quando ter filhos. Algumas pessoas os planejam e levam à risca. Outras não seguem ao pé da letra o que foi pensado. Mas o fato é que os filhos chegarão para a maioria dos casais e que além de realizações e alegrias haverá novos gastos no orçamento familiar. Para não deixar questões financeiras se tornarem um problema ou prejudicar a educação da prole, a palavra de ordem é planejar.

Do momento do nascimento até completar o ciclo de estudos, um filho despenderá de um montante considerável. Leonardo Assunção de Melo, professor de administração e finanças pessoais da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), alerta que somente para gastos com o nível superior - considerando uma média de R$ 1 mil de mensalidade - serão investidos algo próximo a R$ 60 mil.

Nível educacional
Na pesquisa Você no mercado de trabalho, do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas, com coordenação de Marcelo Neri, foi verificado que a hierarquia dos níveis educacionais se espelha no ranking trabalhista. Pessoas com as mesmas características sócio-demográficas – sexo, idade, raça, geografia – sofreram comparações e foi constado que os universitários possuem salários 544% maior que o dos analfabetos. A chance de ocupação também é superior chegando o 422%.

Por tudo isso, é preciso se preparar financeiramente para o futuro. "O recomendável é que os pais comecem a poupar antes mesmo do nascimento dos filhos", afirma Melo. Segundo o especialista não existe uma conta mágica ou valor ideal para se poupar mensalmente. O que existe são tentativas de programação dentro de cada realidade.

A sugestão de Melo é que os pais pesquisem quanto custa, por exemplo, a creche que gostariam que o filho estudasse. Se ela custa R$ 700 por mês, já sabem que gastarão necessariamente R$ 8.400 ao ano. A fórmula simples se aplica para calcular gastos escolares e universitários.

Onde investir?
O professor da Ibmec, Leopoldo Grajeda, afirma que é preciso que os pais tenham ideia do que querem oferecer aos filhos como opção de estudo para terem noção dos gastos. "Em uma família com dois jovens é difícil sobrar dinheiro, mas organizar é possível", orienta.

Depois de realizado o orçamento familiar, tão recomendando pelos especialistas, e ter feito o planejamento, a família precisa decidir onde investir o dinheiro e garantir o futuro das crianças.

O professor Grajeda recomenda, por exemplo, a compra de título públicos, que são ativos de renda fixa. Os títulos são emitidos pelo governo federal. Segundo Grajeda, o Tesouro Direto, por exemplo, pode ser uma ótima opção em termos de rentabilidade, segurança e liquidez.

Melo também é favor do Tesouro Direto. "A taxa administrativa é praticamente zero. Fora isso, mesmo para quem é leigo, é fácil administrar o investimento", afirma o professor da Uerj.

Para Leopoldo Grajeda, o Certificado de Depósito Bancário (CDB), também é uma opção interessante. O CDB funciona da seguinte maneira: o cliente empresta dinheiro a um banco que emite o título e, passado um período estipulado no ato da negociação, recebe o dinheiro de volta com correção de juros. Os riscos são baixos e não há cobrança de taxas.

Mas se os pais têm receio em relação à capacidade de administração do dinheiro nessas modalidades, a poupança vale como primeiro passo. "Dei consultoria para uma família cuja renda total era de R$ 3 mil. Feito o orçamento verificou-se que era possível investir R$ 500. No entanto, o casal não tinha conhecimentos básicos de investimento, estava inseguro e não queria arriscar, então, recomendei a poupança", conta o professor de administração e finanças pessoais da Uerj. Ele ainda ressalta que o mais importante é criar o hábito e depois, aos poucos, ousar mais.

Outro casal com renda familiar de R$ 10 mil e gasto fixo de R$ 4 mil, porém com conhecimento de finanças, resolveu ousar. "Como o filho ainda está sendo planejado, o casal foi para o mercado de ações, que tem maior rentabilidade como também mais riscos e, quando o filho chegar, aplicarão o dinheiro no Tesouro visando segurança", relata Melo.

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