terça-feira, 5 de julho de 2011

Mulheres são responsáveis por quase 50% da renda familiar no Brasil, aponta Dieese

Por: Diego Lazzaris Borges
http://www.infomoney.com.br/

São Paulo – As mulheres contribuem com quase 50% da renda familiar no Brasil, de acordo com o Anuário das Mulheres Brasileiras, levantamento produzido pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), em parceria com a SPM (Secretaria de Políticas para as Mulheres), e divulgado nesta segunda-feira (4).

Segundo o estudo, em 2009, as mulheres contribuiam, em média, com 47,9% do total dos rendimentos da família brasileira.

De acordo com o Dieese, a participação das mulheres na renda familiar é maior entre as famílias com renda de até um quarto de salário mínimo. Nestes casos, mais de 56,4% do total de rendimentos familiar é proveniente delas. Já nas famílias que recebem mais de cinco salários mínimos, a participação delas é de 48,5% na renda total.

RegiõesEntre as regiões, o Nordeste apresentou a maior percentual de renda média familiar vinda das mulheres: 50,7%, seguido pelo Sudeste (47,6%), Centro-Oeste (46,5%), Sul (45,5%) e Norte (45,3%).

No Centro-Oeste, entre as famílias com renda de até um quarto de salário mínimo, 61,2% dos rendimentos são provenientes das mulheres, enquanto no Norte, este percentual recua para 49,8%.

Já entre as famílias que ganham mais de 5 salários mínimos, no Nordeste, 50,3% da renda é garantida com o trabalho delas, enquanto, nesta mesma faixa de renda, no Sul, 45,5% dos rendimentos vêm das mulheres.

Diferença salarialApesar da participação na renda familiar ser quase igual entre homens e mulheres, a diferença de salário entre os dois ainda é bastante acentuada. Enquanto os homens das regiões urbanas ganhavam, em média, R$ 1.057 por mês em 2009, as mulheres recebiam R$ 593 mensalmente.

Na área rural, os homens ganhavam, em média, R$ 495 por mês, enquanto as mulheres recebiam R$ 255.

Entre as regiões, o Sul concentra a maior renda média das mulheres. No total (considerando centros urbanos e regiões rurais), as mulheres recebiam em média R$ 641. Já o pior salário médio foi verificado no Nordeste: R$ 344 mensais.

Previdência Social
Ainda segundo o Anuário, entre 2004 e 2009, o número de trabalhadoras que contribuiam para a Previdência Social passou de 45,5% para 52,7%, como resultado do crescimento do emprego com carteira assinada, segundo o Dieese.

Leia também:

Tags: baixa-renda, classe-c, classe-media, dieese, mulheres-e-dinheiro, finanças, homens, mulheres

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Será o fim do sócio-fantasma?

Por Odelmo Diogo - Blog TRADE-OFF

O Senado aprovou em 16/06 o Projeto de Lei da Câmara nº 18/11 que trata da criação da empresa individual de responsabilidade limitada. A criação da referida lei poderá contribuir para o fim da figura do sócio-fantasma e para entrar em vigor ainda depende da aprovação da Presidente Dilma.

Pela legislação atual, o empreendedor que planeja abrir uma empresa é obrigado a “pedir” para um amigo, parente, esposa ou até para um estranho, o favor de figurar ilustrativamente na constituição de uma sociedade de responsabilidade limitada.

Apesar da legislação atual possibilitar a constituição de um empreendimento através da abertura de uma empresa sob a forma de empresário individual, são muitas as desvantagens deste tipo de empresa. Dentre as principais desvantagens, é possível destacar a confusão do patrimônio do sócio com o da empresa e as maiores dificuldades encontradas no levantamento de garantias para fechamento de operações de crédito junto a instituições bancárias.

Com a criação da empresa individual de responsabilidade limitada, o empreendedor passará a ter a garantia de que seu patrimônio pessoal estará seguro não se confundindo com o patrimônio de sua empresa.

Um volume muito grande de empresas constituídas sob a personalidade jurídica de sociedade limitada possuem seus quadros societários compostos por um sócio que detém 99% do capital e um “sócio-figurante” detentor de apenas 1% do capital. Caso seja sancionada pela Presidente da República, a lei acabará com a necessidade de constituição de empresas com esse formato 99X1. Esse sócio detentor de apenas 1% do capital, na maior parte dos casos, não acompanha e não tem conhecimento sobre o andamento da empresa e figura na composição do capital meramente como uma espécie de “laranja” na montagem de um “arranjo” para o cumprimento da legislação.

A Proposta de Lei da Câmara contempla que a empresa individual de responsabilidade limitada deverá ter capital mínimo equivalente a 100 salários mínimos e ainda veda a constituição de mais de uma “eireli” por cada pessoal física. “Eireli” será a sigla da empresa individual de responsabilidade limitada e acompanhará a razão social da s empresas constituídas.

Acredita-se que a aprovação dessa nova personalidade jurídica possibilite um maior dinamismo no ambiente empresarial e contribua também para a redução da informalidade.

Veja também:
Fusão de hipermercados preocupa associação de defesa do consumidor
Empresário cria rede social para pequenos negócios
Peso da indústria no PIB cai 50% em três décadas
Ceará é líder na exportação de frutas

Tags: legislação-societária, personalidade-jurídica, empresas, empresa-individual-limitada, sociedades-limitadas, lei-empresa-individual-limitada, eireli

sábado, 2 de julho de 2011

Como lidar com os pedidos das crianças diante de tantos produtos ofertados?

Matéria publicada em http://www.previ.com.br/

Consumir é uma das ações mais básicas do ser humano, mas muitas pessoas ainda não atentaram para a importância de se consumir com consciência pensando de forma coletiva e, principalmente, no futuro. No meio de tantas ofertas de produtos e serviços estão as crianças, naturalmente mais sensíveis que os adultos por estarem em processo de formação. É preciso que os pais estejam atentos, pois o excesso de consumo pode gerar nos pequenos: ansiedade, estresse familiar, obesidade infantil entre outros transtornos.

Consumo infantil
Fala-se muito dos impactos negativos da publicidade junto ao público infantil. É fato que os comerciais bombardeiam esses "pequenos" consumidores, por isso, o papel dos pais é fundamental. Essa postura do mercado não é aleatória. Os consumidores mirins influenciam em 80% as decisões de compra de uma família – dados da TNS Research Internacional. Além disso, quando influenciados desde cedo, se tornam adultos mais fiéis às marcas e ao próprio hábito de consumismo.

"A criança tinha que ser ensinada a encarar os anúncios como se fosse uma linguagem. Assim teria a capacidade de entender a mensagem, afinal nem tudo que é ofertado é adequado, nem tudo faz bem, nem tudo é necessário. Os pais e as escolas possuem papel fundamental nesse processo de conscientização sobre o consumo. E não é só falar do consumo do bem material, é preciso ir além, explicar sobre a produção e os recursos envolvidos", afirma Roberta Gianni, professora do MBA de Administração de Marketing da Universidade Veiga de Almeida (UVA).

"Os pais precisam proporcionar aos filhos experiências verdadeiras. A criança tem de ser estimulada a usar a imaginação, brincar com outras crianças, vivenciar cada atividade verdadeiramente e, assim, alcançar plenitude", aconselha Vera Rita de Mello Ferreira, representante no Brasil da International Association for Research in Economic Psychology (IAREP).

Outro ponto importante na relação entre consumo e criança é a necessidade dela se sentir inserida em uma determinada tribo/grupo. Cassia D´Aquino, especialista em educação financeira, afirma que os consumidores mirins buscam identidade e que muitas vezes a conquistam por possuírem determinados produto ou usufruir de um determinado serviço.

O papel dos pais é proteger os filhos do consumo exagerado. Para Cassia, o consumo passa a ser consumismo quando deixa de ser uma escolha e passa a ser comandado apenas pelo desejo.

Como educar
As crianças aprendem pelo exemplo. "Não adianta um pai passar no plano teórico informação sobre o consumo ao filho e dizer não, se na hora que ele – pai – deseja comprar um carro e por qualquer motivo não tem recurso fica nervoso, inconformado e revoltado", afirma Vera.

Além do exemplo é preciso se dedicar às relações com os filhos. "Dentro do novo formato familiar com a saída da mulher ao mercado de trabalho, os pais precisam buscar a qualidade do relacionamento. A babá pode ser excelente e a escola também, mas nada substitui o modelo dos pais", reforça Roberta.

Coibir excessos e desperdícios, negociar, explicar como se conquista o dinheiro e as riquezas para produção dos bens/serviços, apontar a reutilização como uma realidade legítima são alguns ensinamentos que proporcionarão saúde física e mental às crianças. A hora de ir as compras é ideal para explicar esses conceitos aos pequenos.

Leia também:
E a consultoria para os milionários brasileiros?
Aposentadoria: apenas 51% dos brasileiros fazem planos financeiros para o futuro
E agora? Consórcio ou financiamento?
Afinal, como cuidar do cartão de crédito?

Tags: consumo-criança, consumismo, educação-financeira, educação-filhos, consumo-consciente