sábado, 2 de julho de 2011

Como lidar com os pedidos das crianças diante de tantos produtos ofertados?

Matéria publicada em http://www.previ.com.br/

Consumir é uma das ações mais básicas do ser humano, mas muitas pessoas ainda não atentaram para a importância de se consumir com consciência pensando de forma coletiva e, principalmente, no futuro. No meio de tantas ofertas de produtos e serviços estão as crianças, naturalmente mais sensíveis que os adultos por estarem em processo de formação. É preciso que os pais estejam atentos, pois o excesso de consumo pode gerar nos pequenos: ansiedade, estresse familiar, obesidade infantil entre outros transtornos.

Consumo infantil
Fala-se muito dos impactos negativos da publicidade junto ao público infantil. É fato que os comerciais bombardeiam esses "pequenos" consumidores, por isso, o papel dos pais é fundamental. Essa postura do mercado não é aleatória. Os consumidores mirins influenciam em 80% as decisões de compra de uma família – dados da TNS Research Internacional. Além disso, quando influenciados desde cedo, se tornam adultos mais fiéis às marcas e ao próprio hábito de consumismo.

"A criança tinha que ser ensinada a encarar os anúncios como se fosse uma linguagem. Assim teria a capacidade de entender a mensagem, afinal nem tudo que é ofertado é adequado, nem tudo faz bem, nem tudo é necessário. Os pais e as escolas possuem papel fundamental nesse processo de conscientização sobre o consumo. E não é só falar do consumo do bem material, é preciso ir além, explicar sobre a produção e os recursos envolvidos", afirma Roberta Gianni, professora do MBA de Administração de Marketing da Universidade Veiga de Almeida (UVA).

"Os pais precisam proporcionar aos filhos experiências verdadeiras. A criança tem de ser estimulada a usar a imaginação, brincar com outras crianças, vivenciar cada atividade verdadeiramente e, assim, alcançar plenitude", aconselha Vera Rita de Mello Ferreira, representante no Brasil da International Association for Research in Economic Psychology (IAREP).

Outro ponto importante na relação entre consumo e criança é a necessidade dela se sentir inserida em uma determinada tribo/grupo. Cassia D´Aquino, especialista em educação financeira, afirma que os consumidores mirins buscam identidade e que muitas vezes a conquistam por possuírem determinados produto ou usufruir de um determinado serviço.

O papel dos pais é proteger os filhos do consumo exagerado. Para Cassia, o consumo passa a ser consumismo quando deixa de ser uma escolha e passa a ser comandado apenas pelo desejo.

Como educar
As crianças aprendem pelo exemplo. "Não adianta um pai passar no plano teórico informação sobre o consumo ao filho e dizer não, se na hora que ele – pai – deseja comprar um carro e por qualquer motivo não tem recurso fica nervoso, inconformado e revoltado", afirma Vera.

Além do exemplo é preciso se dedicar às relações com os filhos. "Dentro do novo formato familiar com a saída da mulher ao mercado de trabalho, os pais precisam buscar a qualidade do relacionamento. A babá pode ser excelente e a escola também, mas nada substitui o modelo dos pais", reforça Roberta.

Coibir excessos e desperdícios, negociar, explicar como se conquista o dinheiro e as riquezas para produção dos bens/serviços, apontar a reutilização como uma realidade legítima são alguns ensinamentos que proporcionarão saúde física e mental às crianças. A hora de ir as compras é ideal para explicar esses conceitos aos pequenos.

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Tags: consumo-criança, consumismo, educação-financeira, educação-filhos, consumo-consciente

Fusão de hipermercados preocupa associação de defesa do consumidor

Alana Gandra
Agência Brasil

Rio de Janeiro – Uma eventual fusão entre os grupos varejistas Pão de Açúcar e Carrefour precisa ser muito bem definida para que os consumidores não sofram prejuízos, segundo a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste).

“Principalmente quando você está falando de um mesmo segmento, porque está tendo aí um grande percentual de concentração”, disse à Agência Brasil a coordenadora institucional do Proteste, Maria Inês Dolci. Ela citou como exemplo a fusão entre os frigoríficos Sadia e Perdigão, do setor de alimentos.

“Quando você tem uma concentração grande e redução de mercado, há menos opções para o consumidor e nem sempre o preço é benéfico”, acrescentou Maria Inês. Segundo ele, a redução da concorrência torna o consumidor, às vezes, refém das empresas que têm um ganho grande em termos de escala, isto é, têm um poder de compra melhor e nem sempre repassam os benefícios aos clientes.

Maria Inês Dolci mostrou preocupação com a possibilidade de uma diminuição da concorrência resultar em alteração de preços que não beneficie o consumidor. “Sem contar que ele não vai ter qualquer opção ou forma de escolher no mercado e de trazer concorrência para aquele setor, para ter melhoria na qualidade, investimentos em tecnologia. Esse é o ponto que preocupa a Proteste.”

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) também manifestou temor com relação à elevação dos preços. Segundo o gerente de Informação do Idec, Carlos Thadeu de Oliveira, "a concentração no varejo pode levar a uma elevação dos preços, já que diminui a concorrência e as margens de negociação entre fabricantes e comércio ficam mais estreitas”.

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