segunda-feira, 27 de junho de 2011

Carteira de crédito imobiliário do BB mais que dobrou nos últimos 12 meses

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Em menos de três anos de funcionamento, a carteira de crédito imobiliário do Banco do Brasil (BB) atingiu hoje (27) estoque de R$ 5 bilhões em operações com pessoas físicas (82%) e jurídicas (18%), de acordo com números divulgados pelo vice-presidente de Negócios de Varejos do banco, Paulo Rogério Caffarelli.

Ele disse que houve incremento de 114% nos últimos 12 meses, o que levou o BB ao quinto lugar no rol das instituições financeiras que operam no mercado de financiamento de imóveis. A expectativa, acrescentou ele, é chegar ao fim do ano com R$ 7 bilhões na carteira e aumentar ainda mais a participação do banco nesse segmento no ano que vem.

A estratégia do BB para alcançar esses objetivos é ampliar a oferta de crédito para médias e grandes construtoras e incorporadoras, de modo a obter ganho em escala. O banco também pretende ampliar o portfólio de produtos, com financiamentos à construção de imóveis e para imóveis na planta.

Segundo Caffarelli, o BB vai, ainda, ampliar a participação na segunda fase do Programa Minha Casa, Minha Vida. O BB, que já atuava na oferta de linhas de crédito com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o público com renda entre R$ 1,6 mil e R$ 5 mil para aquisição de moradias, na planta ou concluídas, vai atender, a partir de janeiro do próximo ano, famílias com renda inferior a R$ 1,6 mil, com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR).

Edição: Vinicius Doria

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Peso da indústria no PIB cai 50% em três décadas

Matéria publicada em http://www.dci.com.br/

São Paulo - O PIB industrial tem passado por picos e vales de desempenho na história desde a década de 60, quando o Brasil vivenciou uma explosão de novas empresas. A participação, porém, do setor produtivo na composição do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil nunca esteve tão baixa nos últimos 40 anos, segundo dados do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Nos anos 50, chegou a 18%, mas atualmente está em 15%. O auge ocorreu na década de 80, quando chegou a 30%.

"Esse desempenho reflete a política econômica pró-indústria que o País adotou até o começo da década de 1980", explica o economista e pesquisador sênior do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Régis Bonelli,

A queda da participação da indústria, entretanto, é conferida no momento em que a demanda interna aumenta. Dados de uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) indicam que 67% do crescimento do consumo no primeiro trimestre deste ano foram atendidos por produtos importados. Na análise do assessor de assuntos estratégicos da entidade, André Rebelo, esse fator demonstra que a indústria continua a crescer neste momento, embora em um ritmo menos expressivo do que poderia se o governo adotasse medidas mais efetivas para criar um ambiente propício ao crescimento do setor industrial.

Demissões

Com esse recuo, as demissões são inevitáveis. Porém, ainda não significa que haja uma desindustrialização efetiva porque este termo pode ser utilizado quando há uma substituição muito grande da produção e cai muito o emprego na indústria, segundo Rebelo. "Uma das medidas clássicas desse processo é a participação do emprego na indústria em relação ao emprego total. E isso não está sendo muito visível no Brasil", acrescenta.

De acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria brasileira empregou menos em abril, com leve recuo de 0,1% do número do pessoal ocupado assalariado. Na comparação com abril de 2010, o emprego na indústria cresceu 1,7%. São Paulo teve desempenho negativo e foi a principal pressão de queda no total nacional, recuo de 0,2%.

Um exemplo de demissões está na cidade de Piracicaba, no interior de São Paulo. Por lá, o setor de fundição, ferramentaria e moldagem para a cadeia automotiva está em crise em razão das importações de itens de estamparia. Segundo Pedro Cruz, membro do conselho de administração da Femaq e também secretário de Desenvolvimento da cidade, as empresas que atuam na área agrícola e de commodities, como a Cosan, vivem um momento de expansão. Já a indústria de transformação segue em crise.

O setor calçadista sente o reflexo da queda do número de empregos, com 3,417 mil demissões no mês de maio. A Abicalçados culpa a competição pela perda de empregos no País, apesar das sobretaxas. A acusação é de que a indústria asiática dribla a norma por meio de triangulação que envolve até mesmo a troca de etiqueta da origem do produto.

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domingo, 26 de junho de 2011

China: até terras no Brasil eles querem comprar!

Por Odelmo Diogo - Blog TRADE-OFF

Matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, em agosto de 2010, trazia a preocupação do ex-ministro da fazenda Delfim Netto acerca do interesse de grandes companhias chinesas em adquirir terras no Brasil.

Segundo a mesma matéria, a China, através de suas grandes empresas, compraram grandes extensões de terra na África e, naquela época, mantinham planos de adquirir terras na América Latina, mais especificamente na Argentina e no Brasil.

A aquisição de terras pela China em outros países faz parte de sua estratégia de montagem de uma estrutura fornecedora de matérias-primas e alimentos que seja compatível com seus planos de crescimento nas próximas décadas.

O tema foi destaque novamente na imprensa em maio de 2011 após uma matéria do The New York Times afirmando que as autoridades brasileiras teriam ficado nervosas com a disposição da China em comprar terras no país. Afirma ainda que para evitar as possíveis compras de imóveis, o governo brasileiro, através do advogado geral da união, José Inácio Adms, reinterpretou uma lei de 1971, tornando mais difícil a compra de terras por estrangeiros.

Atitude semelhante adotou o governo argentino. A presidente Cristina Kirchner enviou ao congresso um projeto que limita a quantidade de terras que estrangeiros podem ter no país.

Considerando que a China possui parcela significativa dos títulos da dívida americana, está adquirindo títulos da dívida de países da zona do Euro, comprou terras na África, “manda” na relação comercial com o Brasil, é plausível afirmar que o “Gigante Chinês” atua de forma “orquestrada” com o propósito de se tornar a maior economia do planeta gerando outras grandes mudanças no mapa econômico-político do Globo.

Assim, cuidado Brasil. O fortalecimento da indústria nacional e a atuação “cautelosa” na relação comercial com a China tornam-se muito importante.

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