quinta-feira, 2 de junho de 2011

Banda larga a R$ 35 pode chegar as primeiras localidades em julho


Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse hoje (1º) que a partir de julho algumas localidades já poderão contar com internet banda larga com 1 megabit por segundo (Mbps) de velocidade por R$ 35, dentro do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Segundo ele, em pelo menos sete estados haverá isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que pode baixar o preço para R$ 29,90.

De acordo com a Telebras, as primeiras localidades conectadas por meio do PNBL serão Samambaia (DF), Recanto das Emas (DF), Santo Antônio do Descoberto (GO), Anápolis (GO), Senador Canedo (GO) e Aparecida de Goiânia (GO).

Bernardo disse que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai votar amanhã (2) o Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU) da telefonia fixa, que prevê a possibilidade de licitação da faixa de frequência 450 megahertz (MHz) para a ampliação do acesso à telefonia rural. “Podemos fazer atribuição da faixa ou licitação.”

Bernardo participou na noite de hoje do 55º Painel Telebrasil, promovido pela Associação Brasileira de Telecomunicações.

O presidente da Telebrasil, Antônio Carlos Valente, destacou a evolução do setor de telecomunicações e disse que a massificação do acesso à internet não vai resolver os problemas de inclusão da sociedade brasileira. “Por mais importante que seja a conectividade, é fundamental a criação de mecanismos de incentivo à aquisição de computadores e a capacitação de usuários, estudantes e professores.”

Edição: João Carlos Rodrigues

Devemos apostar somente nas commodities?

Por Odelmo Diogo - Blog TRADE-OFF

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, afirmou ontem que a economia brasileira poderá se beneficiar dos altos preços das commodities para se modernizar e aumentar sua produtividade. Segundo ele, o país precisa de investimentos privados para obter melhorias na produtividade e assim trilhar o caminho do crescimento sustentável.

Ele acrescentou que o País deve encontrar soluções para aumentar a taxa poupança e de investimento e citou ainda os casos de Índia e China que possuem taxas de investimento superiores a do Brasil. Comentou que o Brasil já sente a pressão dessas economias concorrentes e que deve criar soluções com vistas a melhorar a competitividade. 

A aposta de Robert Zoellick nas commodities como possível solução para a geração de poupança, que serviria para alavancar o investimento e assim gerar elevação do grau de competitividade, é preocupante se for levado em consideração que o Brasil, ao longo de sua história, vem utilizando essa política sem, contudo, conseguir consolidar uma economia de crescimento sustentável.

Assim, mesmo que a aposta das commodities seja válida, a elevação do nível de capital humano, ou seja, o investimento em educação ainda se apresenta como possível solução para a construção de um crescimento sustentável da economia brasileira.

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