domingo, 25 de outubro de 2015

Capital da Noruega planeja abolir os carros da zona central até 2019


Oslo pode ser a primeira capital europeia a adotar uma política permanente de proibição de carros
Foto: Mariano Mantel/Flickr/CC

Fonte: matéria publicada em http://www.ecodesenvolvimento.org/

Enquanto a Prefeitura de São Paulo enfrenta forte resistência para restringir o uso de carros na Avenida Paulista, mesmo que somente aos domingos, Oslo, a capital da Noruega, anunciou recentemente que irá livrar sua zona central do tráfego de carros e construirá ao menos 60 quilômetros de faixas para bicicletas até 2019.

A informação é do recém-eleito conselho da cidade, que é formado por membros do Partido Trabalhista Norueguês, Partido Verde e Partido da Esquerda Socialista.

“Queremos um centro livre de carros e melhorar a região para pedestres, ciclistas”, explicou à agência de notícias Reuters Lan Marie Nguyen Berg, que pertence ao Partido Verde do país e é uma das líderes dessa proposta.

Embora não tenham sido detalhados, os investimentos no transporte público local estão previstos - ônibus e bondes devem continuar funcionando normalmente. Um plano específico para atender ao comércio local e pessoas com deficiências também será desenvolvido.

Redução de CO2

A medida tem a meta de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 50% até 2020, em relação aos níveis emitidos em 1990. Até 2019, o novo conselho estima uma redução geral de 20% no tráfego de carros por toda Oslo. Em 2030, esperam atingir 30%.

Uma vez aplicada, Oslo será a primeira capital europeia a adotar uma política permanente de proibição de carros. Em caráter temporário, medida similar virou realidade em Paris no mês passado, quando as ruas de 11 bairros foram fechadas para automóveis. Na ocasião, foi registrada a redução de 20 a 40% nas emissões de gases poluentes.

Estabelecimentos comerciais

Contudo, a ideia de abolir os carros da zona central não foi bem vista pelos donos de estabelecimentos comerciais da capital norueguesa. Segundo informou o The Guardian, 11 dos 57 shoppings centers de Oslo estão localizados justamente nessa região.

Oslo tem uma população de cerca de 620 mil pessoas. Na região central, estima-se que o número de habitantes não ultrapasse a marca dos mil. Todavia, a área é diariamente frequentada por 90 mil pessoas que trabalham em escritórios e estabelecimentos comerciais lá baseados. A cidade conta com 350 mil carros e a maioria deles está registrada nos seus arredores.

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Tags: Oslo-Noruega, redução-CO2, modais-transporte-cidades, carros-bicicletas-São-Paulo

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Conheça o plástico orgânico comestível desenvolvido por pesquisadores brasileiros

Matéria publicada originalmente em http://www.ecodesenvolvimento.org

Depois de duas décadas de trabalho, os pesquisadores da Embrapa Instrumentação desenvolveram uma série de películas comestíveis que funcionam como plástico biodegradável e podem ser utilizadas no preparo de alimentos.

O processo de produção do “plástico comestível” é considerado simples. Primeiro, a matéria-prima, como frutas e verduras (espinafre, mamão, goiaba, tomate, entre outros) é transformada em uma pasta. Em seguida, os pesquisadores adicionam componentes para dar liga no material e o colocam em uma forma transparente, que é levada a uma câmara que emite raios ultravioleta. Após poucos minutos, a película sai da máquina pronta para ser consumida.

Quando descartado, este tipo de plástico se decompõe em até três meses e ainda pode ser utilizado como adubo ou lançado na rede de esgoto sem causar danos ao meio ambiente. A inovação ainda tem capacidade para conservar os alimentos pelo dobro do tempo do plástico convencional, que tem como agravante o fato de demorar cerca de 400 anos para se decompor na natureza.

Reaproveitamento de alimentos

De acordo com o pesquisador José Manoel Marconsini, a produção deste material favorece o reaproveitamento de alimentos que seriam rejeitados por não apresentarem bom aspecto visual, mesmo estando em condições de consumo. “Além disso, como vantagem ambiental tem a redução do desperdício de alimentos, pois auxilia no aumento da produtividade”, explica ao portal Web Rádio Água.

O material tem características físicas semelhantes aos plásticos convencionais, como resistência e textura. Em laboratório, o plástico orgânico se mostrou mais resistente ao impacto, além de ser três vezes mais rígido que os plásticos sintéticos.

Ainda não há previsão de comercialização, entretanto várias empresas já entraram em contato com a Embrapa Instrumentação a fim de demonstrar interesse na inovação.

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domingo, 28 de junho de 2015

Energias renováveis devem saltar de 14% para 51% no Brasil até 2040

Matéria publicada em http://www.ecodesenvolvimento.org/

Até 2040, o Brasil deverá atrair US$ 300 bilhões em investimentos para geração de energia elétrica — a maior parte desses recursos (70%) irá para projetos solares e eólicos, prevê o estudo Energy Outlook (NEO), feito pela Bloomberg New Energy Finance (BNEF).

O país vai adicionar 250 gigawatts (GW) de nova capacidade nos próximos anos, chegando a 383GW, um aumento de 189% em sua capacidade total. Cerca de 89% disso, prevê o estudo, serão compostos de energias renováveis, inclusive de pequenas e grandes hidrelétricas.

No entanto, a grande mudança vem participação das renováveis eólica, solar e biomassa, que deverá saltar do atuais 14% de capacidade instalada para nada menos do que 51% em 2040.

"A crise no setor energético nos últimos meses, agravada pela seca, destacaram a necessidade de o país diversificar sua matriz energética", destacou à Exame Lilian Alves, analista da Bloomberg New Energy Finance.

"E o grande potencial de diversificação está nas fontes renováveis, não necessariamente em termelétricas a óleo combustível", enfatiza lilian.

À medida que o país expande a capacidade e a geração a partir de fontes alternativas, ele aumenta sua segurança energética e a resiliência frente a fenômenos extremos.

Boom solar

De acordo com a especialista, a energia eólica receberá R$ 84 bilhões; outros US$ 26 bilhões vão para biomassa, enquanto projetos de grandes e pequenas hidrelétricas receberão US$ 23 bilhões.

Um terço dos US$ 300 bilhões esperados até 2040 (US$ 125 bilhões) será destinado a energia solar. Projetos de grande escala, com mais de 1 Megawatt (MW), receberão R$ 31 bilhões.

Já a geração distribuída deverá atrair US$ 93 bilhões, tornando-se a grande estrela dessa nova revolução energética.

"Independência energética"

Instalar sistemas fotovoltaicos no telhado de casa e em edifícios residenciais e comerciais deve virar um ótimo negócio, seguindo tendência mundial.

"Com a previsão de queda acentuada de custo nas próximas duas décadas, a população vai começar a olhar para a energia solar em busca de independência energética", avalia Lilian.

Algumas mudanças pavimentam essa transformação. Medidas adotadas pela Aneel na resolução 482, há dois anos, são um grande passo nesse sentido.

Além de regulamentar a produção de energia solar no país, as regras vislumbraram um sistema de compensação de créditos a favor do consumidor, o que ajuda a viabilizar economicamente os sistemas de energia solar.


Tags: energias-renováveis, inovação, energia-eólica, energia-hidrelétrica

domingo, 24 de maio de 2015

NOVO SERVIÇO DA AMAZON ALUGA CABRAS PARA COMER O RELVADO

Matéria publicada em http://www.sapo.pt/ 

A Amazon tornou-se num gigante global devido à forma rápida e barata como permitia – e permite – encomendar livros, mas há muito que é um verdadeiro retalhista global e diversificado, onde se podem comprar mercearias, roupa, brinquedos, ver filmes ou adquirir todo um leque de produtos necessários e desnecessários.

O novo serviço da empresa, porém, está a surpreender o mercado. A Amazon vai alugar grupos de cabras, que irão até às casas das pessoas para comer a relva, aparando o local.

A empresa norte-americana diz que esta é uma alternativa sustentável ao cortador de relva. E não andará muito longe da verdade, ainda que o serviço esteja apenas disponível em áreas específicas do território norte-americano. Sobretudo rurais, diríamos.

Por outro lado, avança o Inhabitat, os dejectos deixados por estes animais acabam por enriquecer o terreno e melhorar a qualidade do relvado. Segundo o site, a Amazon não é a primeira empresa a reconhecer a utilidade das cabras para aparar os relvados: Google e Yahoo utilizam os animais para manter os relvados das suas sedes em bom estado, ao invés de máquinas.

De acordo com o Inhabitat, a Amazon é o único sítio onde podemos reservar uma equipa de cabras especialistas em cortar relvados. “É isso que elas fazem melhor, na verdade: comer tudo o que encontram no seu caminho”.

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domingo, 19 de abril de 2015

Desperdício do alimento mundial é de um terço

Publicado em http://www.ecodesenvolvimento.org

Por Marcus Eduardo de Oliveira*

Dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês) comprovam que o nível do desperdício de alimento mundial é de um terço.

O rastro de desperdício de alimentos em escala global é da ordem de 1,3 bilhão de toneladas (excluindo peixes e frutos do mar), ocasionando, além de significativas perdas econômicas (750 bilhões de dólares por ano), também forte impacto ambiental, pois essa enorme perda, excetuando China e EUA, se fosse um país, seria a terceira maior emissora de gases causadores de efeito estufa (são 3,3 bilhões de toneladas de gases nocivos).

Cabe apontar que os gases de efeito estufa (GEE) modificam o balanço atmosférico entre carbono e oxigênio, dos quais depende o equilíbrio ecológico e a reprodução da própria vida.

Junto com a produção de alimentos desperdiçados, perde-se também água, energia e produtos químicos usados na produção alimentícia. Somente o volume de água “perdido” nesse desperdício equivale ao fluxo anual do rio Volga, na Rússia, aponta o relatório da FAO.

Esse desperdício de alimentos consome cerca de 250 quilômetros cúbicos de água e ocupa cerca de 1,4 bilhão de hectares, grande parte de habitat natural transformado para tornar-se arável.

A conta monetária ao ano desse desperdício brasileiro gira ao redor de R$ 80 bilhões em alimentos, energia, água e demais recursos que simplesmente viram lixo

O relatório intitulou essa perda de “pegada do desperdício alimentar”, em alusão à pegada ecológica, ou seja, é a medida que traduz em hectares globais (ha) a quantidade de terra e água que seria necessária para sustentar o consumo de uma população. Num mundo em que quase 1 bilhão de pessoas sofre de profunda e crônica carência alimentar, o desperdício de alimentos chega a impressionante cifra de 1/3 de toda a produção mundial.
A redução de desperdício de alimentos não só evitaria a pressão sobre recursos naturais escassos, mas também diminuiria a necessidade de aumentar a produção de alimentos em 60%, a fim de atender a demanda da população em 2050, aponta o relatório da FAO.


A situação brasileira

Em matéria de desperdício, lamentavelmente o Brasil tem alcançado as primeiras posições no ranking dos países que não sabem fazer bom uso dos recursos naturais e, em especial, da produção agrícola. De toda a água produzida no país, por exemplo, 46% se perdem pelos ralos; o que equivale a quase 6 bilhões de m3 por ano. Em relação à energia elétrica desperdiçamos 43 terawatt-hora (TWh), dos 430 (TWh) consumidos.


Essa perda (exatamente de 10%) é superior ao que é consumido pela população do estado do Rio de Janeiro, de acordo com estudos elaborados pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco).

Já no que concerne aos alimentos, estimativas apontam um desperdício a cada ano de 26,3 milhões de toneladas de comida jogados fora: volume suficiente para distribuir 131,5kg para cada brasileiro ou 3,76kg para cada habitante do planeta. Toda essa comida alimentaria facilmente 13 milhões de brasileiros que ainda passam fome, nas contas da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Nossa perda agrícola é de 44% de tudo o que é plantado: 20% durante a colheita, 8% entre o transporte e armazenamento, 15% na indústria de processamento e 1% no varejo. Somando-se as perdas decorrentes dos hábitos alimentares e culinários, tem-se mais 20% de alimentos que são estragados (incluindo o elevado consumo de carnes branca e vermelha que é de 94 quilos em média per capita/ano), o que faz subir então para 64% o nível de desperdício de alimentos.

A conta monetária ao ano desse desperdício brasileiro gira ao redor de R$ 80 bilhões em alimentos, energia, água e demais recursos que simplesmente viram lixo.

(*) Professor de economia. Especialista em Política Internacional e Mestre em Integração da América Latina (USP). 

prof.marcuseduardo@bol.com.br

Tags.: produção-alimentos-desperdício, consumo-consciente, economia, natureza, ecologia


sábado, 21 de fevereiro de 2015

O TODO É O MEIO AMBIENTE

Escrito por Marcus Eduardo de Oliveira (*)
Publicado no site do Cofecon

Escreve Andrei Cechin, em “A Natureza como Limite da Economia”, que “se a economia capta recursos de qualidade de uma fonte natural e devolve resíduos sem qualidade para a natureza, então não é possível tratar a economia como um ciclo isolado”.

Pelo pressuposto, a economia é apenas uma parte de um todo; o todo é o meio ambiente. Logo, não há como escapar da seguinte ponderação: à medida que acontece o crescimento econômico exponencial se dilapidam as bases da natureza, resultando em sensível diminuição do meio ambiente, agravando substancialmente os fundamentos naturais da vida.

Reforça-se assim a prerrogativa de que mais crescimento significa menos meio ambiente, tendo em vista que a biosfera é finita, não cresce (e jamais irá crescer), além de ser fechada (com exceção do constante afluxo de energia solar) funcionando regiamente sob as leis da termodinâmica.

Sintomaticamente, mais crescimento econômico responde pela exaustão dos recursos naturais e energéticos e pela depredação dos serviços ecossistêmicos.

Assim, é limitada a capacidade de o ecossistema terrestre suportar as pressões advindas do crescimento econômico. Os limites biofísicos constrangem o sistema econômico que, por sua vez, irrompe-se com força destrutiva, expondo o meio ambiente em constante degradação, comprometendo a capacidade de a vida humana prosperar com o equilíbrio desejável.

É necessário, por oportuno, não perder de vista que os recursos naturais são, essencialmente, um conjunto de matéria e energia de qualidade atuando (entrando) no processo econômico.

Na saída desse “cano econômico”, para usar aqui uma expressão do professor Clóvis Cavalcanti, sobra resíduo, poluição, calor e matéria dissipada. Do ponto de vista físico, o processo econômico não cria matéria e energia.

A questão ecológica mais preocupante está justamente no impacto dessa ação (a retirada de recursos naturais e a entrega de resíduos pós-produção) gerada pela atividade econômica.

Esse resíduo gerado deteriora o ambiente de várias maneiras: quimicamente, como no caso do mercúrio ou da chuva ácida; nuclearmente, como o lixo radioativo; ou fisicamente, como a acumulação de CO2 na atmosfera.

Razão pela qual o crescimento econômico - pelas bases da expansão da capacidade produtiva - entendido como condição para satisfazer as necessidades humanas, precisa urgentemente ser repensado, até mesmo porque o crescimento, per si, não atende em linhas gerais aos desejos ilimitados das pessoas.

Seguindo essa linha, o desenvolvimento humano (melhoria da qualidade de vida) dependerá, pois, da retração econômica, e não de seu crescimento. Ademais, qualquer subsistema - como é o caso da economia -, em algum momento necessariamente deve parar de crescer e adaptar-se a uma taxa de equilíbrio natural.

Posto isto, a economia tradicional precisa aceitar um fato inexorável: é impossível um crescimento ilimitado num sistema que depende da existência de recursos naturais finitos. Funda-se nesse argumento um fato imperioso: parar de crescer não significa parar de se desenvolver. É perfeitamente possível prosperar (se desenvolver) sem crescer; é factível, pois, avançar economicamente sem agredir o meio ambiente.

Por sinal, prosperidade econômica, em seu significado mais elementar, deve ser entendida como sinônimo de bem-estar, e não pode haver prosperidade – portanto, melhoria substancial na qualidade de vida das pessoas -, em ambientes constantemente expostos à degradação, reduzidos, por exemplo, à poluição decorrente da expansão produtiva que esgota o patrimônio natural (biomassa da floresta, fertilização do solo, disponibilidade de água, solo arável etc).

Decorre disso a necessidade de se promover a troca da busca incessante do crescimento (expansão quantitativa) pelo desenvolvimento (melhoria qualitativa).

Faz-se necessário, contudo, buscar um “novo modelo econômico” capaz de assegurar a preservação do espaço ecológico que responde pela continuidade da vida humana em bases mais sustentáveis, estando em conformidade com o conjunto teórico que embasa a Ciência Econômica – porém, com uma nova roupagem - voltada às ordens ecológicas, não às mercadológicas.

Para alcançar esse objetivo, é imprescindível condenar a busca pelo crescimento econômico exponencial que “passeia livremente” sobre as ruínas do capital natural (ar, floresta, solo, água) promovendo em seu rastro a mais agressiva destruição dos elementares serviços ecossistêmicos.

Faz-se oportuno ponderar que no linguajar dos economistas ecológicos crescimento econômico vai só até certo “ponto” (desconhecido). Uma vez ultrapassado esse “ponto” não há melhorias, mas sim perdas significativas (crescimento deseconômico), começando pela qualidade do ar que respiramos e pela completa destruição do espaço natural, afetando substancialmente o que se convenciona entender por qualidade de vida nas cidades, uma vez que os serviços ecossistêmicos são expostos à dilapidação.

Crescimento além dos limites é sinônimo de vida degradada, de ambiente natural destruído. Que fique claro: todo e qualquer crescimento que se expande de forma incontrolável gera consequentemente desequilíbrios ao meio ambiente.

A expansão da atividade econômica, usada como paradigma de ascensão (progresso econômico) no modo de consumir das pessoas, alimentada pela ideologia da propaganda “compre mais”, consubstanciada na obsolescência programada (desgaste dos produtos de forma induzida cujo único objetivo é acelerar o tempo de rotação do capital “forçando” assim novas vendas), tem produzido muito estrago no tocante aos serviços prestados pela natureza, configurando na expressão máxima: mais economia significa menos meio ambiente. Já passou da hora de abandonar esse modelo.

(*) Economista e professor, com pós-graduação em Política Internacional e mestrado em Integração da América Latina (USP).

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Tags: economia, meio-ambiente, ecologia, desenvolvimento-sustentável, crescimento-econômico


domingo, 28 de setembro de 2014

Afinal, SCP precisa ser inscrita no CNPJ?

Por Odelmo Diogo - Blog TRADE-OFF


A partir da publicação da Instrução Normativa nº 1.470/14, da Receita Federal do Brasil, tornou-se obrigatória a inscrição da Sociedade em Conta de Participação - SCP no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ. A referida Instrução Normativa revogou o item 4 da Instrução Normativa 179/87 da Receita Federal que garantia a inexigibilidade de inscrição das SCPs no CNPJ.

Com a obrigatoriedade da inscrição, a Receita Federal passará a conhecer todos os integrantes da SCP, tendo em vista que será necessário o preenchimento do quadro de sócios para a efetivação do cadastro.


Leia mais sobre SCP clicando em Afinal, o que é SCP?

Cabe destacar que, mesmo assim, o sócio participante continuará não possuindo qualquer responsabilidade pelas obrigações contraídas pela sociedade em conta de participação junto à terceiros. O sócio ostensivo continuará sendo o responsável pelas responsabilidades da SCP assumidas perante terceiros.

A Sociedade em Conta de Participação, mais conhecida pela abreviatura SCP, é uma espécie de sociedade não personificada. A sua constituição é dispensada de registro perante à Junta Comercial e sua existência pode ser provada através de todos os meios juridicamente aceitos. Está legalmente amparada na Lei 10.406/2002 (Código Civil) e atualmente é bastante utilizada no segmento imobiliário.

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Tags: scp, sociedade-conta-participação, sociedade-não-personificada, sócio-oculto, sócio-ostensivo

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Afinal, não existem milagres na gestão das MPEs!

Por Odelmo Diogo - Blog TRADE-OFF

A gestão organizada das finanças de uma empresa é vital para que ela atinja seus objetivos, bem como para que continue competitiva dentro de sua perspectiva de mercado. Merece destacar que esta afirmação é válida para todas as empresas, inclusive para micro e pequenas empresas.

Abaixo são listadas algumas dicas básicas que contribuem para uma melhor gestão financeira das empresas, principalmente para aquelas classificadas como micros e pequenas-empresas.

A gestão do caixa: o empreendedor precisa saber exatamente tudo sobre o caixa de sua empresa. Para isso, ele poderá utilizar softwares disponíveis no mercado que possibilitam praticidade e rapidez na geração de relatórios referentes às entradas e saídas do caixa, além dos compromissos financeiros futuros e das demais obrigações e/ou dívidas da empresa. Com informações consistentes e atualizadas, a tomada de decisões tende a ser mais assertiva.

Os recursos são da empresa: apesar de parecer óbvio, é essencial que os sócios e dirigentes tenham clareza de que o patrimônio da empresa, inclusive os recursos financeiros, não se confunde com o patrimônio e com recursos dos sócios da organização. A empresa, através de seu caixa, deverá pagar todas suas obrigações financeiras. Por outro lado, as despesas e gastos pessoais dos sócios devem ser pagas por eles utilizando seus próprios recursos. Esta separação entre patrimônio da empresa e patrimônio dos sócios é sintetizada por um dos mais importantes princípios da Ciência Contábil – o Princípio da Entidade. 

Conhecimento do Negócio: para a obtenção de sucesso em seu nicho de mercado, a Empresa deverá ser gerenciada ou assessorada por pessoas que possuam um nível aceitável de conhecimento do negócio em si. Não adiantará que a Empresa tenha dirigentes e colaboradores capacitados em gestão se, por outro lado, falta conhecimento sobre a atividade principal da empresa. Assim, o sucesso da Empresa será obtido com menos dificuldade através de uma gestão organizada e com uma equipe que detenha um nível de conhecimento razoável sobre a atividade da empresa.

Apoio especializado: além das dicas acima, é importante ressaltar que o empresário poderá buscar apoio de consultorias especializadas que ajudarão na montagem de uma gestão organizada e até mesmo na elaboração de Plano de Negócios de longo prazo. Ainda, cabe dizer que órgãos como Sebrae, Sesi, Senai, etc poderão contribuir com a formação dos colaboradores da Empresa e assim também contribuir para um grau maior de profissionalização da empresa.

Para concluir, observa-se que na maior parte das médias e grandes empresas é possível verificar a existência de uma administração profissional. Contudo, no caso das micros e pequenas empresas, o nível de profissionalização da administração financeira ainda precisa avançar. A opção da MPE em investir na contratação de um profissional de finanças qualificado faz diferença principalmente no sentido de evitar sérios problemas no médio e longo prazo.

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domingo, 4 de maio de 2014

Razões Para o Não Rebaixamento

Escrito por Paulo Dantas da Costa (*) e Júlio Miragaya (**)

Em 24 de março, a agência de rating Standard & Poor’s (S&P), sediada em Nova Iorque, rebaixou a “nota” conferida ao Brasil de “BBB” para “BBB-”. Os argumentos centrais apresentados pela S&P para tal decisão foram o baixo crescimento econômico do país, o insuficiente superávit primário, a elevada dívida pública e a vulnerabilidade externa, além de outros, como uma supostamente excessiva atuação dos bancos públicos.

Inicialmente, deve-se mencionar a ausência de critérios na aplicação das variáveis. A economia do México, por exemplo, cresceu apenas 1,0% em 2013, menos da metade do crescimento do PIB do Brasil, mas sua nota foi mantida em um nível superior (A3). O superávit primário no Brasil, de 1,9% do PIB, foi considerado insuficiente, mas o Brasil é um dos países do G-20 com maior superávit primário. A dívida pública bruta brasileira, de 57% do PIB, é praticamente a metade da norte-americana (106%). Já a relação entre compromissos externos de curto prazo e de longo prazo vincendos sobre as reservas internacionais, que mede o grau de vulnerabilidade externa, é no Brasil de apenas 24%, contra 60% no México (A3), 127% no Chile (Aa3) e 136% na Polônia (A2), todos, portanto, com “nota” superior a do Brasil.

Deve também ser questionada a não consideração pela agência de outras variáveis para determinar a saúde econômica e financeira de um país, tais como a geração de emprego, a elevação da renda média da população e a própria distribuição desta. O México, por exemplo, gerou apenas 200 mil em todo o ano de 2013, sete vezes menos dos que foram gerados no Brasil.

Evidente que a situação econômica brasileira não é nada confortável, acumulando-se problemas conjunturais e estruturais, como a ampliação do déficit em transações correntes, que em 2013 atingiu 3,5% do PIB. Ocorre que a S&P rebaixou a “nota” brasileira enquanto outras agências têm considerado os fundamentos econômicos do país como estáveis, não obstante os diversos problemas existentes, absolutamente alinhados com as dificuldades apresentadas pela quase totalidade dos países emergentes e, sobretudo, dos países centrais, em função da crise econômica mundial.

As consequências advindas do rebaixamento conferido pela S&P são os evidentes prejuízos à economia nacional, elevando o custo de captação de financiamento externo por parte do governo federal e de diversas empresas nacionais. Isso, no limite, pode configurar um cenário propício a situações de ataques especulativos contra a economia brasileira. O substantivo ingresso de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED), fonte essencial e desejável de financiamento de nosso balanço de pagamentos pode ser prejudicado com a medida da S&P.

Aliás, a alegação de que investidores estrangeiros estão receosos de investir no Brasil cai por terra confrontada com o fato de termos sido o 4º país do mundo em recepção de investimentos externos em 2013, registrando o ingresso de mais de 60 bilhões de dólares. Deve-se registrar, ainda, que nas duas últimas semanas, até 31 de março, o Ibovespa subiu até nada menos que 12,1%, recuperando toda a perda ocorrida desde janeiro de 2014, em face, sobretudo, do ingresso na Bolsa de R$ 2,2 bilhões de investidores estrangeiros.

Em suma, merece credibilidade uma agência que, às vésperas da quebra do Lehman Brothers, em setembro de 2008, conferia uma nota elevada ao referido banco? A serviço do que estão essas agências?

O Presidente da Vale, Murilo Ferreira, em recente entrevista sobre relatório de analistas do mercado financeiro que apostavam numa crise financeira na China, afirmou que “A China tem as maiores reservas do mundo, 4 trilhões de dólares. Parece, para esses analistas, que quem tem dívida de 17,3 trilhões de dólares é a China. Mas não, são os EUA, de onde parte a maior parte desses relatórios”.

Por todas essas razões, a reunião plenária do Conselho Federal de Economia, realizada em 29 de março último, posicionou-se em total desacordo com o rebaixamento da “nota” conferida ao Brasil pela agência Standard & Poor’s.

(*) Presidente do Conselho Federal de Economia

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Falta de gestão profissional ameaça pequenas empresas, dizem especialistas

Matéria publicada no site da Agência Brasil

Abrir o próprio negócio parece ser a solução perfeita para quem quer fugir do patrão e, ao mesmo tempo, ajudar a economia por meio da criação de empregos e do aumento da produção. Esse passo, no entanto, requer planejamento e cuidado para não terminar em dor de cabeça. A falta de gestão profissional, dizem especialistas, põe em risco a sobrevivência das micro e pequenas empresas.

De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a taxa de mortalidade das empresas com mais de dois anos de funcionamento corresponde a 24,6%. Na prática, uma em cada quatro empresas fecha até dois anos após a criação. Grande parte do índice pode ser atribuída à má administração.

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O principal problema diz respeito à mistura entre o patrimônio pessoal dos donos e o dinheiro das empresas. A falta de um sistema claro de contabilidade compromete a manutenção e a capacidade de investimento das empresas. A dificuldade, dizem os especialistas, não se restringe aos negócios familiares e acomete grande parte das empresas.

“Sem uma separação definida entre o patrimônio pessoal e da empresa, os donos ou os sócios fazem retiradas sem o devido cuidado e põem em risco a contabilidade do negócio”, adverte o consultor Marcello Lopes. Para ele, os proprietários precisam saber quanto a empresa rende, para somente então definirem o valor das retiradas. “O empresário não pode simplesmente retirar o valor que quiser porque a renda dele é determinada pelo lucro do negócio”, acrescenta.

A falta de profissionalização na administração das empresas também pode causar problemas com o Fisco. “Por falta de conhecimento, as retiradas para proveito próprio do dono são registradas como despesas relacionadas à atividade da empresa, que reduzem o lucro e diminuem o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido”, explica o advogado tributarista Edemir Marques de Oliveira.

Se a Receita constatar que as despesas foram registradas de forma errada e diminuíram o lucro artificialmente, ela pode auditar a empresa. “No fim, o empresário vai pagar ainda mais impostos e ter dor de cabeça mesmo que não tenha tido a intenção de burlar o Fisco”, diz o advogado.

Pela legislação, as empresas que faturam até R$ 360 mil por ano pagam os tributos federais, estaduais e municipais por meio do Simples Nacional. Segundo Lopes, o regime simplificado de tributação, ao mesmo tempo em que facilitou a vida das empresas, desestimulou os pequenos negócios a buscar uma gestão profissional. “No Simples Nacional, basta um livro-caixa para pagar os impostos, mas isso não significa que as empresas devam ser descuidadas com a administração e a contabilidade”, diz.

A falta de planejamento compromete o crescimento das empresas no médio e no longo prazo, principalmente quando as empresas faturam mais e saem do Simples Nacional. "Uma gestão descuidada compromete não só o pagamento de impostos como atrapalham a obtenção de crédito para a empresa porque ela não consegue justificar a contabilidade aos bancos”, alerta Lopes, que presta orientação a empresas que querem profissionalizar a administração.

Para Oliveira, o custo de as micro e pequenas empresas recorrerem a uma consultoria para profissionalizar a gestão compensa os resultados. Caso o custo seja alto, o advogado aconselha os empresários a procurar as associações comerciais e as unidades do Sebrae para receberem orientações sobre a administração dos negócios. “Essas entidades ajudam o empresário a correr atrás de uma gestão um pouco mais profissional”, comenta.


Tags: micro-pequenas-empresas, simples-nacional, gestão-mpe, sebrae, seu-próprio-negócio, abertura-empresas

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Turista brasileiro está de malas prontas para o Nordeste, diz MTur

Matéria publicada no Portal Fator Brasil

Mais da metade dos viajantes de sete capitais do país devem visitar destinos da região até a Copa.

A região Nordeste, que abriga quatro cidades-sede da Copa do Mundo, deve receber o maior fluxo de turismo doméstico do país até julho, período que inclui a realização do mundial de futebol. De acordo com uma pesquisa do Ministério do Turismo, 53,8% dos potenciais viajantes elegeram algum destino da região como roteiro de viagem.


O Sudeste é a segunda região mais requisitada, com 24,1% das indicações e três sedes da Copa. Já o Sul, que vai receber torcedores da Copa em duas capitais, é alvo de 11,9% dos pretensos viajantes.

“Os atrativos naturais do Nordeste e a boa infraestrutura de seus destinos explicam a preferência dos turistas pela região”, diz o ministro do Turismo, Gastão Vieira.

A Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem, realizada em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), ouviu dois mil moradores de Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife, Salvador e São Paulo. Essas cidades, juntas, respondem por 70% do fluxo de turistas do país.

A sondagem também apontou um aumento da intenção de viagem em relação a janeiro do ano passado: de 25,7% para 27%. Entre os entrevistados que pretendem arrumar as malas nos próximos seis meses, 67,5% pretendem fazê-lo pelo país, e apenas 27,4% pelo exterior.

A maioria dos entrevistados (55,8%) vai usar o avião como meio de transporte. O automóvel é a segunda opção, com 25,2% das indicações. Os sete municípios pesquisados são também sedes da Copa do Mundo de 2014: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Recife, Belo Horizonte, e Salvador.

Cada brasileiro pagou, em média, R$145,75 de IPVA em 2013

Matéria publicada no Portal Fator Brasil

Estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação indica que foram arrecadados cerca de R$ 29,295 bilhões com o tributo estadual.

No ano de 2013, o Brasil arrecadou um total de R$ 29,295 bilhões pelo pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos e Automotores (IPVA) dos 81.600.729 automóveis em todo o País, de acordo com o estudo "Arrecadação de IPVA e sua proporcionalidade em relação à frota de veículos e à população brasileira", concluído pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT. O estudo completo, disponível no site [www.ibpt.org.br] leva em consideração a arrecadação do IPVA projetada para 2013 pelo Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ), a frota automotiva, de acordo com o Departamento Nacional de Trânsito, e a população brasileira projetada para 2013, conforme dados do Intituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo aponta que somente o Estado de São Paulo concentra quase metade da arrecadação do imposto em todo o País, com um total de R$ 12. 451.559.000,00, já que possui 24.560.202 dos automóveis registrados, a maior frota do território nacional. A segunda maior arrecadação do IPVA foi do Estado de Minas Gerais, com R$3.429.469.000,00; seguido do Rio de Janeiro, com 1.930.315.000,00; e Paraná, com 1.900.880.00,00. As menores arrecadações do imposto foram obtidas pelos Estados de Roraima, com R$34.762.00,000; Acre, com R$ 46.392.000,00 e Amapá, onde foram contabilizados R$ 55.771.000,00.

Caso todos os brasileiros pagassem IPVA, cada cidadão desembolsaria R$ 145,75 com este tributo estadual, considerado o segundo mais importante em termos de arrecadação, depois do ICMS. A maior arrecadação por habitante está concentrada no Estado de São Paulo, com R$ 285,17. Já o cidadão maranhense é o que o menor valor, de R$ 42,30. Considerando toda a frota existente no País, cada veículo pagou, em média, R$359,01.

“A variação na cobrança em valores e alíquotas diferentes em cada Estado brasileiro nos permite observar que, apesar de aparecer na sexta colocação em termos de população, o Paraná detém a terceira maior frota automotiva do País”, ressalta o presidente do IBPT, João Eloi Olenike. “Por outro lado, esta variação pode causar uma espécie de ‘guerra fiscal’ entre os Estados, o que pode ser observado no emplacamento de grandes frotas nos Estados que apresentam menor tributação, principalmente por empresas que utilizam uma grande quantidade de veículos em suas atividades”, constata o executivo.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Mundo desmatará 849 milhões de hectares

Matéria publicada no site da Agência de Notícias Brasil-Árabe

Essa será a perda de áreas verdes até 2050, caso o ritmo atual de desmatamento siga. Número faz parte de um levantamento do Pnuma e é praticamente a extensão do Brasil.

São Paulo – Se os padrões atuais de desmatamento seguirem nos próximos anos serão perdidos 849 milhões de hectares de terras com áreas verdes até 2050, segundo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) lançado nesta sexta-feira (24) em Davos, na Suíça, no Fórum Econômico Mundial.

De acordo com o relatório, chamado “Avaliação Global do Uso da Terra: Equilíbrio do Consumo com o Fornecimento Sustentável”, a necessidade de alimentos para a população, que está em crescimento no mundo, acabou levando a agricultura a ocupar 30% das terras do mundo, o que acabou resultando em degradação e perda da biodiversidade em várias áreas.

“Como a terra é um recurso limitado, precisamos nos tornar mais eficientes na forma de produzir e consumir. As recomendações do relatório alertam líderes e contribuem para as discussões sobre o uso sustentável de recursos, incluindo novas metas para o desenvolvimento sustentável pós-2015”, afirmou o subsecretário-geral da ONU e diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, no lançamento do documento.

O relatório aponta a necessidade de equilibrar o consumo com a produção sustentável de alimentos. Ele oferece métodos para que os países saibam se estão em níveis de consumo sustentáveis e sugere políticas que podem ser adotadas para chegar a esse equilíbrio. De acordo com o estudo, crescimento da demanda por alimentos nos países em desenvolvimento e aumento da procura por biocombustíveis impactam o uso da terra.

Segundo o Pnuma, a degradação de partes das terras já utilizadas também faz com que os produtores procurem novas áreas, aumentando ainda mais o desmatamento. Assim, com a demanda pela terra crescendo, o preço dela e dos seus derivados também tendem a aumentar, com consequências negativas para a segurança alimentar.

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Tags: desmatamento, meio-ambiente, degradação-ambiental, recursos-naturais, ecologia

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

What is Trade-Off?

The expression "Trade-Off" is used in economic science to designate situations of choice between conflicting options. So when a government, a company or a housewife faces a scenario where need to decide for one of the options and forget the rest, they face a trade-off.

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In Economics, one of the trade-offs most cited is the case of the Phillips Curve where governments need to choose higher rates of inflation or higher unemployment rates. In summarizing, in the short term, the choice of government by the lower unemployment rate implies the higher the inflation rate.

Extending the concept of trade-off for the people's everyday lives, one can say that life is a sequence of trade-offs. Everyday people face the situations where are forced to make choices between conflicting options. Choose between work and leisure, buy house on the beach or in the backcountry, consume or save, see football or basketball, here are some everyday examples of trade-off.

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Tags: trade-off, economia, finanças, conceitos-economia, decisão

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Elaboração do orçamento deve envolver toda a família

Crianças e adolescentes devem participar das discussões junto aos pais.

Matéria publicada em www.previ.com.br

Não é difícil encontrar referências sobre a importância da família. Para muitos autores, poetas e pensadores, ela é “a base de tudo”. E também deve ser a base da educação financeira. Especialistas garantem: o orçamento doméstico deve ser discutido por todos os membros do núcleo familiar.

O educador e planejador financeiro Pedro Braggio, professor de cursos de graduação e pós-graduação, afirma que a família deve se reunir, ao menos, uma vez a cada 15 dias para discutir as finanças. Nesses encontros, devem ser traçadas estratégias e objetivos para garantir que as contas vão fechar e os sonhos vão ser realizados.

“Muitas pessoas não sabem exatamente qual a situação financeira das próprias famílias. Às vezes o filho acha que o pai tem rendimentos muito altos, quando isso não é verdade. Há casos, inclusive, de maridos e esposas que não sabem os ganhos e os gastos de um e do outro. Por isso, é fundamental fazer esse tipo de reunião periódica, como em uma empresa, guardadas as devidas proporções”, alerta.

Envolvimento das crianças

Segundo o consultor, as crianças devem estar inseridas nesse contexto desde muito cedo. Assim, os pais devem mostrar aos filhos, desde pequenos, que o dinheiro é importante, e que ele não vem “de graça”. Por isso, iniciativas como o uso de cofrinhos podem ser úteis.

“As crianças e adolescentes devem participar das reuniões quinzenais, e não devem apenas ouvir. Elas têm de ter o direito de falar. Se disserem algo que não está certo, devem ser corrigidas pelos pais. Entretanto, muitas vezes acabam por dar boas ideias, que podem mudar os rumos das finanças familiares. As crianças são mais puras, têm menos 'vícios' de pensamento que os adultos, e isso faz com que elas enxerguem as coisas de forma diferente, consigam ver coisas mais positivas”, afirma.

O economista Vicente de Paula Oliveira, autor do livro “Otimização na Recuperação de Ativos Financeiros”, publicado pela editora do Instituto Brasileiro de Estudo e Gestão da Inadimplência (IbeGI), destaca que o orçamento doméstico é o instrumento estratégico do planejamento financeiro, e é necessário para famílias de todos os níveis de renda.

Elaborar e gerir

O economista afirma que é fundamental a participação de toda a família na elaboração – e na gestão – do orçamento. Na hora dos encontros, devem ser colocados em pauta temas como permanência no emprego, condições de saúde de cada um e metas em médio e longo prazo. Para Oliveira, os objetivos de todos os membros da família devem ser estabelecidos antes da elaboração do orçamento doméstico. Por isso, a compra de um imóvel, uma viagem de férias e gastos com educação, entre outros, devem ser listados pelos membros do núcleo familiar.

“A definição dos objetivos e metas ajudará na execução do orçamento doméstico, que é a chave para orientar o consumo dentro das possibilidades de cada família. É preciso conhecer a natureza e prever a evolução dos gastos domésticos e, consequentemente, gastar menos do que se ganha. Uma gestão correta do orçamento familiar ajuda a assegurar o pagamento das contas no vencimento, a garantir fundos para gastos emergenciais e, claro, a alcançar as metas desejadas e programadas”, explica.

Após a elaboração do planejamento, deve entrar em cena outra característica importante: a disciplina. “Um bom planejamento financeiro não adianta de nada, caso não seja obedecido no dia a dia. É fundamental exercer o chamado 'consumo consciente', hábito que reflete os valores da cidadania”, complementa.

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