sábado, 5 de maio de 2012

Após redução de juros, participação do BB no financiamento de carros quase dobra

Bruno Bocchini
Matéria publicada pela Agência Brasil

São Paulo – A participação do Banco do Brasil (BB) no mercado de financiamento de automóveis leves quase dobrou depois que o banco anunciou redução dos juros para o setor. Dados apresentados hoje (4) pelo banco, baseados em informações da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), mostram que a cota de mercado do BB cresceu de 4%, em março, para 7%, no final de abril, quando o banco começou a reduzir os juros. 

A carteira Crédito Veículo do banco era R$ 10,8 bilhões no dia 2 de abril e passou para R$ 38,2 bilhões no dia 30 do mesmo mês. A primeira redução de juros do BB foi anunciada no dia 8. 

As taxas antigas variavam entre 1,24% e 2,3% por mês. Hoje, são oscilam entre 0,95% e 1,99%. Segundo a direção do banco, a redução dos juros, além de aumentar a carteiras de crédito, ainda atrai clientes menos inadimplentes. 

“Nós entendemos que na hora que a taxa de juros cai, trazemos para tomar crédito um cliente prudente. Creio que o aumento no financiamento de veículos fala por si só. O cliente não tomava antes o empréstimo porque a taxa de juros era alta. Quando ele entra na nossa massa de clientes, a tendência da inadimplência é cair”, disse o vice-presidente de Negócios do Varejo, Alexandre Abreu. 


Os clientes que tiverem conta salário no BB e aderirem ao programa Bom pra Todos [programa de redução de juros nas principais linhas de crédito do banco] não pagarão mais que 3,94% ao mês em nenhuma modalidade de crédito pessoal, segundo o banco. Para esses clientes, os juros do cheque especial foram reduzidos de 8,31% para 3,94% ao mês, à taxa única. Essa nova tarifa vale a partir do dia 10 de maio. 

Outra redução no âmbito do programa Bom pra Todos se refere aos juros de linhas de crédito pessoal (CDC automático e CDC renovação), que tinham taxa máxima de 5,79% e passarão a ser 3,94% ao mês. 

Para clientes que não recebem salário pelo banco e, portanto, não podem aderir ao pacote, a instituição anunciou uma linha de crédito para pessoas físicas com garantia de imóvel próprio, com juros reduzidos [entre 1,52% e 1,6% ao mês] e prazo de pagamento de até 180 meses. 

Essa linha de crédito estará disponível apenas para quem tem renda acima de R$ 6 mil. Os clientes podem financiar até 50% do valor do imóvel que está em seu nome. 

Edição: Carolina Sarres

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Tags: BB, Banco-Brasil, financiamento-veículos, crédito-taxa-juros, imóveis-veículos

domingo, 29 de abril de 2012

Indústria da burocracia fatura R$ 1,2 bi no Brasil

Setenta empresas dedicadas a alugar espaço para guardar documentos estocam 40 milhões de caixotes

Marcelo Rehder
Matéria publicada no O Estado de São Paulo

SÃO PAULO - Em plena era digital, a burocracia produz uma quantidade impressionante de papel e alimenta um negócio que cresce sem paralelos no mercado brasileiro. No ano passado, 70 empresas dedicadas a guardar documentos de outras companhias dividiram um faturamento de R$ 1,2 bilhão no País, 20% mais que em 2010. Esse grupo mantém 40 milhões de caixas de papelão de padrão arquivo lotadas de informações de setores como financeiro, hospitalar e jurídico. 

Os números são astronômicos. Pelos cálculos da Associação Brasileira de Gestão de Documentos (ABGD), as caixas armazenadas nas empresas do setor guardam algo como 120 bilhões de documentos. Se a papelada fosse enfileirada, daria para fazer 40 viagens de ida e volta para a Lua, cuja distância da Terra é de aproximadamente 385 mil quilômetros. 

Além das caixas que congestionam os galpões das firmas especializadas, estima-se que existam mais 50 milhões arquivadas nas empresas e instituições que ainda não terceirizaram a gestão de documentos - a maioria delas de pequeno e médio portes. 

Como a burocracia brasileira só cresce, a estimativa é que, para cada caixa destruída, após o término do prazo legal dos documentos, quatro novas são armazenadas. 

As empresas são obrigadas a guardar um número gigantesco de papéis como parte de suas operações ou para cumprimento legal. Não existe nenhuma lei que dê subsídios para que as companhias possam digitalizar os documentos e jogar fora o papel, afirma Eduardo Coppola, presidente da ABGD e gerente-geral da Keepers do Brasil, uma das maiores empresas do setor. 

"O mercado acabou migrando para TI para prover soluções que facilitem a vida das empresas na consulta e na preservação digital desses documentos", diz Coppola. Segundo ele, uma empresa com o acervo mal organizado pode levar de uma semana a um mês para achar um documento. 

Nas empresas especializadas, o processo é turbinado. O cliente recebe o documento original em até quatro horas, ou leva só cinco segundos para obter a informação via internet. "Mas, se precisar de documento para uma ação, auditoria ou fiscalização, ele tem de ser o original", lembra Coppola. 

A burocracia é tão enraizada na cultura empresarial que nem mesmo a implantação da nota fiscal eletrônica, a partir de 2006, foi capaz de eliminar o papel, embora tenha reduzido o volume de documentos trafegados entre as companhias. Em muitos casos, conta o executivo, as empresas continuam imprimindo e guardando as notas fiscais, apesar de não ser mais obrigatório. 

Custos 

Além de evitar dores de cabeça, uma administração bem estruturada dos documentos legais permite ganhos de produtividade, com significativa redução de custos. 

A empresa paulista de biotecnologia SuperBac percebeu isso no seu caixa. Dedicada a pesquisar e reproduzir bactérias que possam ser usadas em processos industriais ou até em tarefas do dia a dia de forma sustentável, ela não fazia ideia dos ganhos que poderia obter ao terceirizar a guarda e administração dos seus documentos. 

Logo de cara, reduziu um gasto fixo de R$ 20 mil por mês, referente à área útil que perdia no escritório para poder abrigar a documentação, para R$ 5 mil, valor pago mensalmente à prestadora do serviço. 

Essa não foi a maior vantagem, diz Luiz Chacon Filho, fundador da SuperBac. Segundo ele, o que surpreendeu foi o ganho de tempo obtido com a agilização do processo. "Sem brincadeira, tínhamos casos em que o funcionário levava 15 dias para achar a porcaria de um documento no arquivo morto", diz. "Hoje, em questão de segundos, tenho a imagem do documento escaneado na tela do computador." 

Outro exemplo é mostrado por uma faculdade paulista que prefere ficar no anonimato. Como num passe de mágica, ela deixou uma situação em que a manutenção de arquivos próprios representava custos, e passou a faturar mais depois que o serviço foi terceirizado. 

O problema é que os arquivos ocupavam o espaço físico de cinco salas de aula. Como cada sala comporta cerca de 40 alunos, a um custo unitário de mensalidade ao redor de R$ 1,2 mil, passou a contar com uma receita extra de R$ 240 mil por mês. 

"Além de liberar mais espaço para salas de aula, o tempo gasto para localização de documentos, que antes chegava a quase uma semana, agora é de segundos, já que os prontuários foram todos digitalizados", ressalta um porta-voz da faculdade.

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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Pesquisa aponta mandarim como 2ª língua mais importante para executivos

Sílvio Guedes Crespo
Matéria publicada no Blog Radar Econômico

O mandarim, língua falada na China e em outros países asiáticos, passou o Espanhol e já é o segundo idioma mais exigido dos executivos em multinacionais, mostra uma pesquisa da Economist Intelligence Unit, empresa irmã da revista The Economist. 

Os pesquisadores perguntaram a 572 profissionais qual o idioma mais exigido em sua companhia para executar os planos de expansão internacional. Mais de dois terços dos entrevistados (68%) responderam que era o inglês; 8% citaram o mandarim, e 6%, o espanhol. 

Os dados fazem parte de um estudo sobre as barreiras culturais que as empresas encontram quando se expandem internacionalmente. De todos os entrevistados, 64% disseram que diferenças culturais ou de idioma “atrapalham muito” ou “um pouco” os planos de expansão internacional da companhia; 20% afirmaram que isso não afeta e 17% declararam que até ajuda. 

No Brasil, a proporção dos que veem as diferenças culturais como barreira é maior: 70%. Os países nórdicos são os que disseram ter menos problemas com diferenças de idioma e cultura: só 36% afirmaram que isso prejudica os negócios. 


A pesquisa foi feita com profissionais de grandes empresas que atuam ou já têm planos concretos de atuar em outros países.


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