terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Imobiliárias estrangeiras expandem na Paraíba

Somente no ano passado, duas das maiores imobiliárias do mundo, Century 21 e Remax, tiveram franquias abertas em João Pessoa.

Natália Xavier
Jornal da Paraíba

O mercado imobiliário paraibano está mesmo atrativo. Uma das provas disto, além do boom da construção civil no Estado, é a chegada de franquias de imobiliárias internacionais à Paraíba. 

Somente no ano passado, duas das maiores imobiliárias do mundo, Century 21 e Remax, tiveram franquias abertas em João Pessoa. O sucesso foi tão grande que os empresários responsáveis pelas franquias já planejam expansão, com a abertura de novas unidades no Estado. 

Se por um lado o mercado de venda de imóveis mostra-se atrativo para a instalação de novas empresas, por outro, a chegada destas empresas aumenta a concorrência no setor, o que é bom para o consumidor, que ganha com qualidade e mais opções para fechar negócios. 

Para o presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis da Paraíba, Jarbas Araújo, a abertura de franquias que seguem padrões de empresas internacionais potencializa o mercado imobiliário da Paraíba, que já possui empresas locais com alto nível de qualidade. “Empresas como estas estão sempre em busca da melhoria de qualificação e isto é muito bom para o mercado. Os corretores passam a se preocupar mais com capacitação”, diz. 

Para o diretor da franquia da Remax na Paraíba, Henrique Costa, além de mexer com a qualificação dos profissionais no mercado, os consumidores podem ficar mais tranquilos com relação à qualidade dos serviços oferecidos. “Aqui só temos profissionais capacitados e, com isto, os corretores que trabalham em outras empresas ou por conta própria também vão em busca de mais qualificação. A chegada da Remax na Paraíba veio ajudar também na busca de qualificação pelos profissionais que já atuavam na área”, acredita.

Segundo Henrique Costa, que é português e mora na Paraíba há alguns anos, neste ano está programada a abertura de quatro novas unidades da Remax em João Pessoa. “A Remax é uma marca de sucesso no mundo inteiro. Estamos em João Pessoa há apenas seis meses, mas já vamos começar a expansão da marca. 

Um dos diferenciais da empresa para o consumidor é que aqui só negociamos imóveis totalmente regularizados e com a documentação completa”, ressaltou. 

Outra franquia de imobiliária internacional que também já tem sua fatia no mercado paraibano é a Century 21. Há menos de um ano na Paraíba e chefiada por dois paraibanos que se associaram a um casal de americanos, a empresa já recebeu prêmios por faturamento e por velocidade de vendas no ano passado. Para este ano, o plano já é abrir três novas unidades na Paraíba, sendo uma em João Pessoa, uma em Campina Grande e uma em Guarabira. 

Um dos diretores da empresa, o empresário paraibano Eduardo Gadelha, que já possuía uma imobiliária na Paraíba, mas há seis meses fundiu a marca com a Century 21, revelou que, seguindo padrões internacionais, o faturamento da imobiliária aumentou. “Com a Century 21 ganhamos mais visibilidade no mundo inteiro e vimos o nosso faturamento crescer cerca de 200%”, revelou. 

Para o tecnólogo em negócios imobiliários e corretor de imóveis Fábio Henriques, a concorrência trazida pela chegada e pela expansão destas duas multinacionais na Paraíba, será benéfica para o mercado. “Normalmente, os estrangeiros são mais perfeccionistas e exigentes e isto fará com que o nível de competitividade do mercado cresça. Se estas franquias se instalaram em João Pessoa é porque já deram certo em outros países”, comentou. 

Segundo Henriques, o motivo da abertura de franquias de duas das maiores imobiliárias do mundo na Paraíba está relacionado também “ao bom momento do mercado imobiliário. João Pessoa é um dos mercados imobiliários emergentes promissores do país”, ressaltou.

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Tags: mercado-imobiliário-imóveis, crédito-construção-civil, indústria-cadeia-produtiva-empregos

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Quatro das dez maiores empresas do mundo são estatais

Sílvio Guedes Crespo
Matéria publicada no Blog Radar Econômico



Quando a respeitada revista “The Economist” não consegue mais do que lamentar o avanço do capitalismo de Estado, podemos suspeitar que o livre mercado esteja, de fato, ameaçado. 

Com o revolucionário russo Vladimir Ilitch Lenin na capa da sua atual edição, o semanário mostra o avanço, mundo afora, das empresas estatais de países emergentes – e dos governos que as dirigem. Em seguida, expõe os principais problemas desse modelo e afirma que ele tende a ruir no longo prazo. Mas o fato é que, com todas as suas distorções, esse modelo está ganhando espaço justamente por causa da crise dos países onde reina o livre mercado. 

Poder do Estado 

A revista apresenta alguns dados que mostram o poder do capitalismo de Estado: 


- Das dez empresas de capital aberto do mundo que mais faturam, quatro são estatais: as chinesas Sinopec, Corporação Nacional de Petróleo da China e State Grid e a japonesa Japan Post (veja abaixo reprodução de gráfico publicado na revista); 

- As dez maiores empresas de petróleo e gás do mundo, medidas pelo tamanho das reservas, são estatais; 

- Juntas, as companhias controladas pelo Estado têm um valor de mercado correspondente a 80% do mercado de ações chinês, 62% do russo 38% do brasileiro, considerando o índice de ações MSCI, calculado pelo banco Morgan Stanley; 

- Dos investimentos estrangeiros diretos em países emergentes previstos para 2012 e 2013, um terço tende a ir para empresas estatais. 


E o avanço do Estado em territórios tradicionalmente liberais não para. No dia em que a “Economist” publica essa reportagem, a rede pública de TV britânica informa que o Fundo Soberano da China comprou 9% da Thames Water, a maior empresa de tratamento e fornecimento de água do Reino Unido. 

Fraquezas do novo modelo 

É mais do que sabido que o capital estatal é menos eficiente que o privado. Mesmo assim, a “Economist” reforça esse argumento, explicando que as estatais costumam crescer mais devagar do que as empresas privadas e seus custos tendem a aumentar mais rapidamente. Acrescenta que o capital público promove menos inovações. 

Mesmo assim, as companhias gigantes controladas pelo Estado, como a Corporação Nacional do Petróleo da China, acabam “roubando” a cena no mercado local, atraindo grandes investimentos e profissionais de talento, sobrando pouco para o setor privado. “Pode levar muitos anos para as fraquezas desse modelo se tornarem óbvias.” 

É verdade. Principalmente enquanto não encontrarmos uma solução razoável para a crise provocada pela radical liberalização (ou desregulamentação) do mercado financeiro – cujas fraquezas, essas sim, já estão mais do que evidentes desde pelo menos 2008, com a quebra do banco Lehman Brothers. 

A revista espera que, no longo prazo, os problemas do modelo chinês apareçam com força e provoquem a normalização da economia de mercado. “Ao transformar empresas em órgãos do governo, o capitalismo de Estado simultaneamente concentra o poder e gera corrupção. Ele introduz critérios comerciais em decisões políticas e decisões políticas em negociações comerciais.” 

Mas por que esperar que esse modelo entre em colapso num momento em que os países que teoricamente defendem o livre mercado crescem pouco, engalfinham-se em guerra cambial e ameaçam, ainda que veladamente, aumentar o protecionismo comercial?

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Banco do Brasil já desembolsou R$ 162 milhões no Programa ABC

Matéria publicada no Portal Fator Brasil

O programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) tem por objetivos promover a redução das emissões de gases de efeito estufa oriundas das atividades agropecuárias e contribuir para a diminuição do desmatamento. 

O Banco do Brasil intensificou sua atuação nos financiamentos a atividades rurais sustentáveis nos últimos seis meses. Desde julho de 2011, foram mais de 580 operações contratadas dentro do programa federal Agricultura de Baixo Carbono (ABC). Para tanto, o BB investiu fortemente na qualificação de técnicos, que foram capacitados, em parceria com o Ministério das Agricultura e a Embrapa, para a elaboração de projetos técnicos do Programa ABC. 

Dono da maior carteira de crédito rural do país e com conhecimento do segmento rural brasileiro, o Banco do Brasil preparou projetos técnicos modulares, específicos para cada região do país, visando acelerar o processo de contratação e atrair mais produtores ao Programa ABC. 

Para o vice-presidente de agronegócios e micro e pequenas empresas do Banco do Brasil, a estratégia é dinamizar o desempenho do Programa ABC “ Mobilizamos nossa equipe técnica, visitamos nossa rede de agências, fizemos reuniões para difundir o Programa ABC entre os produtores. O Banco do Brasil está colocando um financiamento que vai ser, sem nenhuma dúvida, a próxima onda do desenvolvimento de uma agricultura mais produtiva com mais preservação”, afirma Osmar Dias. 

Além de promover a melhoria da competitividade da agricultura brasileira e contribuir para a redução do desmatamento, a linha oferece condições atrativas e favoráveis aos produtores. Os encargos financeiros são de 5,5% ao ano e o prazo de financiamento pode chegar a 180 meses. Os produtores rurais podem financiar até R$ 1 milhão em cada ano-safra, independentemente de outros créditos concedidos ao amparo de recursos controlados do crédito rural. 

O orçamento total do BB para o Programa ABC na safra 2011/12 é de R$ 850 milhões, o Programa apoia projetos destinados a recuperação de áreas degradadas, implantação de sistemas de integração lavoura-pecuária, lavoura-floresta, pecuária-floresta ou lavoura-pecuária-floresta, implantação e manutenção de florestas comerciais ou à recomposição de reserva legal ou de áreas de preservação permanente, implantação de sistemas orgânicos de produção agropecuária, sistemas de plantio direto "na palha" e de tratamento de dejetos e resíduos.

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Tags: Banco-Brasil, agricultura-baixo-carbono, preservação, sistemas-orgânicos-produção-agropecuária