sábado, 26 de novembro de 2011

Equador diz que negocia nova linha de crédito com China

Matéria publicada pela Agência Reuters

QUITO (Reuters) - O Equador negocia uma linha de crédito de cerca de 1,7 bilhão de dólares com o Banco do Desenvolvimento da China, além dos empréstimos que o país andino já tem com o gigante asiático, disse neste sábado o presidente do Equador, Rafael Correa. 

A China se converteu no principal sócio financeiro do Equador, o menor membro da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), com a entrada de mais de 7 bilhões de dólares em linhas de crédito de livre disponibilidade, financiamento de centrais hidrelétricas e compra de petróleo com recursos antecipados. 

"Estamos negociando um financiamento adicional de 1,7 bilhão de dólares", disse Correa em seu informe semanal de atividades. 

"A China vê o Equador com muita expectativa, temos uma aliança estratégica com a China", acrescentou o presidente, sem explicar o destino do novo crédito. 

O líder equatoriano defendeu o nível de endividamento de seu governo nos últimos anos com a China, argumentando que contribuiu para o desenvolvimento econômico do país pelos diferentes projetos que se desenvolveram com esses recursos. 

Atualmente, o governo promove a construção da central hidrelétrica Coca Codo Sinclair, a maior do país, com recursos chineses. 

"A China respeita muito o governo equatoriano, por isso nos tem dado tanto financiamento e isso é apenas o começo, porque podem nos dar muito mais e, de fato, temos que seguir aprofundados esta relação", concluiu Correa. 

Recentemente Pequim desembolsou 1,4 bilhão de dólares de um empréstimo aprovado de 2 bilhões de dólares negociados no meio do ano pelo governo, com o que o Equador financiou parte do Orçamento para 2012. 


(Reportagem de Alexandra Valencia)




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Tags: Equador-China, empréstimos-países, economia-política-mundial, aumento-influência-China, potências-mundias

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Bancos têm as marcas mais valiosas do País

Estudo mostra que Bradesco, Itaú e Banco do Brasil lideram ranking, superando empresas como Petrobrás, Casas Bahia e Vivo

Altamiro Silva Junior, de O Estado de S. Paulo
Matéria publicada em http://economia.estadao.com.br

Apesar do crescimento de outros setores, como varejo e telefonia, os grandes bancos brasileiros mantêm a liderança em marcas mais valiosas do País, superando empresas como Petrobrás, Casas Bahia, Vivo e Walmart. Das dez marcas com maior valor que operam no mercado, cinco são de instituições financeiras, de acordo com ranking da Brand Finance/Superbrands, obtido com exclusividade pela Agência Estado. 

As três primeiras colocações no ranking de 2011 ficaram com Bradesco, Itaú e Banco do Brasil, nessa ordem. Santander, na sétima posição, e Caixa, na décima, são os outros bancos do ranking, que será divulgado ao mercado em evento na próxima terça-feira.

O levantamento inclui 130 empresas de diversos setores, mas as dez primeiras posições estão concentradas em três setores (financeiro, varejo e telefonia), além da Petrobrás. Ao todo, a soma do valor dessas marcas aumentou 16,4% em 2011 na comparação com o ano passado, chegando a R$ 320 bilhões. 

O Bradesco tem valor de marca de R$ 31,2 bilhões e foi, pelo sexto ano consecutivo, líder do levantamento. A novidade no ranking de 2011 foi a entrada do Santander, que pela primeira vez aparece entre os 10 primeiros por conta da conclusão da incorporação de suas operações com as do Banco Real, que aumentou o tamanho e a atuação do banco espanhol no País.

Efeito Crédito. Na avaliação do CEO e sócio da Brand Finance/Superbrands América do Sul, Gilson Nunes, a presença maior dos bancos é justificada pelo tamanho que estas instituições têm no Brasil, pela maior oferta de crédito e pela ampliação da presença no território nacional. 

"É um setor desenvolvido tecnologicamente e que tem chegado à população de baixa renda", disse Nunes. "A presença dos bancos no ranking reflete a melhoria de seus serviços, da reputação e do relacionamento com clientes." 
Nunes diz que empresas de outros setores, como de telefonia celular, poderiam ter marcas mais valiosas. Mas, por conta da qualidade ruim de alguns serviços prestados, fator que pesa na avaliação para a elaboração do ranking, acabam tendo valor menor de suas marcas. As duas operadoras que aparecem no levantamento são a Vivo e a Oi. "Em outros países, as empresas de telefonia têm posições melhores", afirmou Nunes. 

Além dos bancos e das operadoras de telefonia, o varejo é outro setor que aparece entre as dez marcas mais valiosas. 

O Walmart subiu três posições e aparece em oitavo lugar no ranking. A Casas Bahia vem em seguida. De acordo com Nunes, a presença do segmento se deve aos investimentos em expansão de lojas. Com o aumento da renda, a população passou a consumir mais no varejo. 

Metodologia. Para elaborar o ranking, foram analisados fatores técnicos e outros mais subjetivos a partir de pesquisa de campo em nove capitais (como São Paulo, Rio e Belo Horizonte), ouvindo 16,3 mil pessoas sobre a percepção das marcas.

Entre os indicadores, 35 foram avaliados e incluem o valor de mercado da empresa, taxa de crescimento histórica e estimada das vendas e o Índice de Força da Marca. 

O Índice de Força da Marca é obtido a partir de avaliações de vários pontos, como preço do produto ou serviço da empresa, marketing, canal de venda/atendimento, governança corporativa e serviços no pós-venda (assistência técnica, atendimento ao cliente etc). 

A Brand Finance/Superbrands é uma empresa inglesa com sede em Londres e conta com escritórios em mais de 21 países, incluindo Estados Unidos, Brasil, países da Europa e Ásia. É uma das maiores do mundo em avaliação de marcas e ativos intangíveis.


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Tags: Bancos-marcas-valiosas, principais-marcas-Brasil, preços-marca, valor-marca, índice-força-marca

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Avaliação da BRAiN mostra que País tem tudo para se tornar o grande polo de atratividade no mundo, mas ainda precisa desenvolver os quesitos 'Talentos' e 'Capital Humano'

Francisco Carlos de Assis, da Agência Estado
matéria publicada em http://economia.estadao.com.br

O Brasil será a quarta maior economia do mundo em 2025. O país já é uma realidade como potência econômica, tem um sistema financeiro estruturado e possui boa colocação no ranking mundial que avalia ambientes econômico e institucional. O prognóstico é da Brasil Investimentos e Negócios (BRAiN), associação formada pela Ambima, BM&FBovespa, Febraban, Fecomercio, Bradesco, Banco do Brasil, Santander, Banco Votorantim, BTG Pactual, Cetip, Citibank, HSBC e Itaú Unibanco, autora do relatório "Atratividade do Brasil como polo de investimentos e negócios na América Latina".

Apesar de aparecer na frente de nações como Japão, França, Grã-Bretanha, Alemanha, México, Rússia, Coreia e Hong Kong no quesito crescimento econômico, o Brasil ainda está longe de manter uma boa integração com seus vizinhos na América Latina. De acordo com o relatório da BRAiN, o País encontra-se nas últimas colocações no quesito distribuição de renda, tem uma fraca política fiscal e uma complexa estrutura tributária. O processo de abertura de uma empresa no Brasil demora, em média, quatro meses e o encerramento, três anos.

A despeito desses tópicos que demandam melhora, o Brasil tem tudo para se tornar o grande polo de atratividade no mundo, avalia o presidente da BRAiN, Paulo Oliveira. Ele observa que, "para se firmar como um grande polo de atratividade no mundo, o País precisa ser reconhecido mundialmente como um grande prestador de serviços."

O documento define indicadores para o acompanhamento dinâmico da posição do País e identifica possíveis passos e iniciativas para fomentar este posicionamento. Estabelece e detalha sete pilares que constituem a visão da associação em relação aos pré-requisitos para a formação e a excelência de um polo atrativo de investimentos: ambiente econômico, ambiente institucional, talentos humanos, infraestrutura financeira, infraestrutura física, conectividade e imagem do País. Para cada um destes tópicos foi estabelecido uma avaliação: crítico, bom a desenvolver e excelente.

Mesmo nos pilares em que o Brasil se apresenta em vantagem na comparação com outras economias, há fragilidades que precisam ser corrigidas. No ambiente econômico, por exemplo, se o Brasil se encaixa nas graduações "excelente" no que diz respeito a crescimento econômico e volatilidade econômica, "bom" no que tange à estabilidade monetária, registra "a desenvolver" na solidez fiscal e vulnerabilidade externa e encontra-se no estágio "crítico" nos quesitos desenvolvimento humano e distribuição de renda.

No quesito conectividade, o Brasil tem que melhorar muito porque, segundo o estudo da BRAiN, "por definição, um polo está no centro de uma malha de conexões ou fluxos. Quanto mais conectado, mais atrativo, pois maior valor terá sua rede para os agentes com quem interage. Tradicionalmente, as conexões de um polo são de dois tipos: regionais (intrarregionais) e globais (extrarregionais), ambas fundamentais para o desenvolvimento de um polo de investimentos e de negócios."

O Brasil lidera na América Latina a atração de empresas da Europa, Ásia e América do Norte, mas tem pouca relação com seus vizinhos, com exceção da Argentina. "A América Latina não está integrada", lembra Oliveira. De acordo com ele, é mais fácil para investidores da América Latina comprar o Brasil através dos Estados Unidos do que vir direto para cá. "É mais fácil você comprar um ADR da Petrobras do que vir comprar a própria ação aqui no Brasil. Então, não existe integração", diz.

Mas são nos pilares Talentos e Capital Humano que o Brasil se encontra mais atrasado em relação aos países que já atingiram o status de polo internacional de atratividade. Mesmo tendo a favor a disponibilidade demográfica (bônus demográfico) de população economicamente ativa e atingido o nível próximo da universalização do ensino fundamental, com 93% das crianças matriculadas, o Brasil ainda sofre com a escassez de mão de obra qualificada. Isso porque as universidades brasileiras resistem em mudar sua grade curricular.

Os alunos, segundo o presidente da BRAiN, saem da faculdade sem as qualificações demandadas pelas empresas. "As universidades ainda estão muito voltadas para a barreira da ciência, para a grande produção acadêmica e pouco voltadas para a formação de tecnólogos", diz Oliveira. Ele acredita que a solução deste problema terá que passar pela criação ou alteração na legislação que regulam a prática do ensino.


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