sexta-feira, 29 de julho de 2011

Entidade prevê faturamento 4% maior para supermercados

Matéria publicada em http://www.dci.com.br/

SÃO PAULO – Os supermercados devem fechar o ano com faturamento 4% maior do que em 2010, mantendo o ritmo de vendas praticamente estável, já que, no ano passado, a taxa ficou em 4,2%. A projeção é da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O presidente da entidade, Sussumo Honda, acredita, no entanto, que o nível do faturamento ficará um pouco acima da estimativa.

Por enquanto, segundo ele, o setor não sentiu os efeitos da política de restrição ao crédito, adotada pelo governo brasileiro como forma de conter a demanda e, consequentemente, evitar um surto inflacionário. “Nossos negócios são mais focados em alimentação, cujos preços têm-se mantido estáveis e ,além disto, há uma situação melhor de massa salarial com o aumento do emprego e renda”, disse.

Honda informou que, no primeiro semestre, as vendas aumentaram 4,25% na comparação com o mesmo período do ano passado, já descontada a inflação. Isoladamente, no entanto, houve um recuo de 2,64%, em junho na comparação com maio, e uma alta de 2,75% ante junho de 2010. Mas, para o presidente da Abras, essa queda não caracteriza um desaquecimento porque, na média, o desempenho do setor ainda é favorável.

O valor da cesta com os 35 produtos mais consumidos caiu 0,18%, mas, em relação ao mesmo mês do ano passado, cresceu 8,46%. Entre os itens que mais subiram de preço, estão o tomate (9,01%), a cebola (4,02%) e o café torrado (3,861%). Já as maiores quedas foram a da batata (-15,14%); do frango congelado ( -5,75%) e do sal (-2,13%).

A maioria das regiões do país apresentou recuo na média de preços. As exceções são a Região Norte, onde o valor da cesta ficou em R$ 326,60 ou 2,14% mais caro e a Centro-Oeste, com a cesta valendo R$ 287,16 ou 0,03% acima do valor registrado em maio.

Pesquisa encomendada pela Abras indica que, entre os itens de melhor desempenho, estão as bebidas alcoólicas, com alta de 8,5%, e os perecíveis, com 6,4%. Outro levantamento do Departamento de Economia e Pesquisa da Abras apontou que o brasileiro está consumindo mais chocolate. O produto saltou da sétima para a segunda posição na lista do aumento de vendas do semestre e teve impacto de 2,7% sobre o faturamento.

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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Sebrae investe R$ 3,5 mi para realizar o Fomenta

Programação estimula presença dos pequenos negócios nas compras do poder público

Mariana Flores - Agência Sebrae de Notícias
Brasília - O Sebrae vai investir R$ 3,5 milhões para apoiar a realização de 34 edições do seminário Fomenta em 17 unidades da federação. Os projetos aprovados pela instituição serão realizados em versões nacionais (2), estaduais (8), regionais (20) e setoriais (4), até o fim de 2012. Os eventos têm como objetivo incentivar a participação de micro e pequenas empresas (MPE) em licitações feitas pelos governos estaduais e municipais. 

Já estão aprovadas as edições no Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Goiás, Pernambuco, Ceará, Amazonas, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Paraíba, Bahia, Acre e Piauí. A estimativa é que cada evento estadual conte com a participação de 200 a 300 empresas.

“A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa é um dos mecanismos de maior estímulo às compras governamentais. É uma iniciativa importante para que as empresas ampliem suas possibilidades de venda, de negócios e de faturamento ao realizarem contratos com as prefeituras, já que são 5.565. municípios”, afirma o diretor-técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos. 

Rodadas de negócios

A quarta edição nacional do Fomenta será realizada em São Paulo, nos dias 23 e 24 de novembro deste ano. A expectativa é que 1,5 mil empresas compareçam. Os empreendedores participam de rodadas de negócios com representantes dos governos e de empresas públicas. O objetivo desses encontros é fazer com que os donos de pequenos empreendimentos saiam das conversas com uma visão clara das necessidades dos governos, dos requisitos de fornecimento e de seu potencial de atendimento à demanda, para posteriormente participarem das licitações.

“As rodadas de negócios têm como papel aproximar para um melhor entendimento e preparo do fornecedor, de forma que este possa alcançar melhor desempenho nos processos licitatórios e ganhar certames”, afirma um dos responsáveis pelo Fomenta no Sebrae Nacional, Weniston Ricardo de Andrade Abreu.

A ampliação do acesso das MPE às licitações federais está garantido na Lei Geral, que entrou em vigor em 2007. Ela estabelece condições especiais de participação delas nos processos de aquisições de bens e serviços. As MPE passaram a ter exclusividade nas licitações de até R$ 80 mil e preferência no caso de empate em licitações acima desse valor. Os pequenos negócios têm preferência na contratação quando apresentarem proposta com valor igual ou superior em até 10% da proposta melhor qualificada. 

Formato

O incentivo surtiu efeito. Hoje um terço de tudo comprado pelo governo brasileiro vem de micro e pequenas empresas. No primeiro trimestre de 2011, as MPE venderam R$ 2,8 bilhões ao governo federal, 32% do valor total das compras governamentais, segundo dados do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O crescimento da participação dos micro e pequenos negócios nas licitações é verificado ano a ano. Em 2002, elas respondiam por apenas 14% do valor total, segundo dados do ministério.

O Fomenta é um misto de congresso com feira de negócios. Foram realizadas três versões nacionais do evento, como a que ocorrerá em São Paulo. Assim como nas edições nacionais anteriores realizadas em Brasília (2008), Rio de Janeiro (2009) e Paraná (2010), estão previstos palestras e painéis com especialistas, apresentação das demandas de compras de empresas e órgãos da administração pública, oficinas de capacitação para participação em processos licitatórios, encontros e rodadas de negócios.

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