sexta-feira, 3 de junho de 2011

Emprego e renda no interior do Ceará

Por Odelmo Diogo - Blog TRADE-OFF

Emprego e renda é tema recorrente nas rodas de conversas das pequenas cidades do Ceará. Apesar da queda observada nos índices de desemprego do país nos últimos anos, a falta de emprego ainda é um problema para a maioria da população de pequenas cidades do interior cearense, além de ser o principal motivador da migração de jovens desses municípios para os grandes centros urbanos.

Uma análise sobre dados de Ipaporanga, município localizado nos Sertões dos Inhamuns, mostra a dimensão do problema. Conforme números divulgados no Perfil Básico Municipal 2010, publicação do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Estado do Ceará - IPECE, Ipaporanga tinha apenas 606 pessoas formalmente empregadas, incluindo os 546 funcionários vinculados à administração pública. Considerando que 56% dos 11.247 habitantes daquela cidade têm entre 15 e 64 anos, é possível afirmar que só 01 em cada 10 ipaporanguenses economicamente ativos está formalmente empregado. Merece destaque o fato de que os indicadores dos demais pequenos municípios do interior cearense, em termos percentuais, são semelhantes aos observados em Ipaporanga.

Existe uma gama de atividades informais, desenvolvidas por milhares de pessoas no interior cearense, que atenuam o problema do desemprego na região. Mesmo assim, essas atividades informais são, em maior parte, os famosos “bicos” que não podem ser vistos como solução para o problema do desemprego no interior do estado.

Números sobre a renda corroboram com a ideia de que existe a necessidade de grandes avanços na geração de emprego e renda nos pequenos municípios. As informações do relatório do IPECE mostram que o produto interno bruto por pessoa, da maioria desses pequenos municípios, gira em torno de R$ 3.000, longe dos R$ 6.149 observados para o Ceará.

Destaca-se que o problema aqui tratado é complexo e antigo. No entanto, ações podem ser colocadas em prática visando melhorar os indicadores de renda e emprego nos pequenos municípios. Atividades como fruticultura, agricultura, pecuária para corte e aquacultura, acompanhadas por uma “leve” indústria de transformação, poderiam ser desenvolvidas de forma mais intensa nas serras e sertões do Ceará.

Apesar da falta de esperança de muitos, é plausível afirmar que a EDUCAÇÃO é a solução para a obtenção de bons resultados nas atividades acima citadas e, por conseguinte, para a melhoria dos indicadores de emprego e renda no interior. Na maior parte do Ceará, principalmente nos municípios mais pobres, as atividades econômicas são praticadas de forma aleatória e amadora. Caso o Estado priorize a formação dos jovens, numa perspectiva profissionalizante que contemple conhecimentos técnicos e administrativos com foco no empreendedorismo regional, será possível o surgimento de uma economia forte e com maior potencial de geração de emprego e renda no interior do Ceará.

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Tags: emprego-renda, interior-ceará, economia-cearense, municípios-cearenses, desemprego-informalidade, empregos-formais, aumento-renda

Investimentos deverão ser superiores a 23% para economia continuar crescendo, diz Coutinho

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse hoje (2) que o país deve aumentar sua poupança e investir mais para manter a expansão da economia. Segundo ele, para que o país mantenha o crescimento com estabilidade, os investimentos terão de chegar a 23% do Produto Interno Bruto (PIB).

“A sustentação do crescimento da economia brasileira em condições de estabilidade demandará que nós todos poupemos mais e invistamos mais. É preciso que a nossa taxa agregada de investimentos suba dos 18%, do ano passado, para 23%, 24% ou mais, nos próximos anos”, disse a empresários no Congresso Brasileiro do Aço.

Segundo dados do BNDES, o setor siderúrgico deverá investir nos próximos quatro anos R$ 33 bilhões, 3,2% superior ao dos últimos quatro anos.

Coutinho comentou as exportações brasileiras e disse que para o país recuperar mercados estrangeiros perdidos após a crise econômica mundial, o Brasil deverá se concentrar em melhorar a eficiência e a competitividade de sua indústria. “A capacidade de recuperar parte do mercado da exportação global que perdemos após a crise dependerá, em boa medida, do nosso empenho em melhorar a eficiência e a competitividade da nossa indústria. E quando digo nosso empenho não falo apenas do setor privado, falo também do governo”.

O presidente afirmou ainda que o banco está dando suporte para que o governo faça licitações das concessões no setor de infraestrutura, como os aeroportos, o que deverá ocorrer até o final do ano.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Banda larga a R$ 35 pode chegar as primeiras localidades em julho


Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse hoje (1º) que a partir de julho algumas localidades já poderão contar com internet banda larga com 1 megabit por segundo (Mbps) de velocidade por R$ 35, dentro do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Segundo ele, em pelo menos sete estados haverá isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que pode baixar o preço para R$ 29,90.

De acordo com a Telebras, as primeiras localidades conectadas por meio do PNBL serão Samambaia (DF), Recanto das Emas (DF), Santo Antônio do Descoberto (GO), Anápolis (GO), Senador Canedo (GO) e Aparecida de Goiânia (GO).

Bernardo disse que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai votar amanhã (2) o Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU) da telefonia fixa, que prevê a possibilidade de licitação da faixa de frequência 450 megahertz (MHz) para a ampliação do acesso à telefonia rural. “Podemos fazer atribuição da faixa ou licitação.”

Bernardo participou na noite de hoje do 55º Painel Telebrasil, promovido pela Associação Brasileira de Telecomunicações.

O presidente da Telebrasil, Antônio Carlos Valente, destacou a evolução do setor de telecomunicações e disse que a massificação do acesso à internet não vai resolver os problemas de inclusão da sociedade brasileira. “Por mais importante que seja a conectividade, é fundamental a criação de mecanismos de incentivo à aquisição de computadores e a capacitação de usuários, estudantes e professores.”

Edição: João Carlos Rodrigues