quarta-feira, 23 de novembro de 2011

‘Financial Times’: brasileiros causam ‘boom’ imobiliário na Flórida


Sílvio Guedes Crespo



Os brasileiros são apontados como os atores principais de um “boom” imobiliário na Flórida, processo que já aumentou em 50%, desde 2009, os preços na região, informa o “Financial Times“. 

Os canadenses ainda compram mais imóveis nesse Estado americano do que os brasileiros. No entanto, os investidores do Brasil estão aumentando mais rápido sua participação no mercado imobiliário americano e também têm comprado imóveis mais caros. 

Em média, os brasileiros gastam mais de US$ 200 mil por moradia, um número superior ao de investidores de qualquer outra nacionalidade. 

Ainda, 8% das compras de imóveis na Flórida são feitas por brasileiros, mais que o dobro dos 3% registrados há um ano. 

Bem-vindos 

A associação dos corretores dos EUA considera que os brasileiros que compram imóveis na Flórida são particularmente bem-vindos porque em 85% dos casos eles pagam à vista. 

O “FT” lembra que, enquanto o mercado imobiliário de Miami está em crise há três anos, o de São Paulo e o do Rio de Janeiro estão em alta. Para o jornal, os brasileiros buscam fora do País oportunidades de comprar imóveis não tão caros. 

Segundo especialistas, o mercado imobiliário na Flórida poderá desaquecer novamente se as economias da América Latina tiverem problemas. “Se o real cair mais 15%, acho que os brasileiros ficarão estimulados a vender suas propriedades [nos EUA]“, disse ao “FT” William Hardin, professor na Florida International University.


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Tags: Financial-Tines, mercado-imobiliário, bolha-imobiliária, economia-americana-eua, mercado-brasileiro, imóveis-preços

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

BTG quer captar até R$ 3 bilhões em fundo de infraestrutura

Por Vinícius Pinheiro

SÃO PAULO - O BTG Pactual entrou com pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para captar até R$ 3 bilhões em um fundo de investimentos em participações (FIP) voltado a projetos de infraestrutura. O próprio banco é o coordenador líder da oferta. Trata-se da segunda incursão da instituição na área. O primeiro fundo, chamado Brasil Energia, reuniu R$ 1,1 bilhão em recursos de fundos de pensão e de capital próprio. 

Caso atinja a meta de captação, o fundo do BTG será o maior já constituído no país para a área de infraestrutura, que tem atraído a atenção dos investidores em razão da demanda por recursos prevista para os próximos anos, quando o calendário trará grandes eventos no país, como Copa do Mundo e a Olimpíada. 

O prospecto do fundo do BTG não especifica em quais áreas ocorrerão os investimentos. Conforme o documento, a intenção é adquirir ações e títulos conversíveis em ações que permitam a participação no processo decisório das companhias investidas. 

O objetivo do fundo é obter rentabilidade equivalente à variação do IPCA mais 15% ao ano. A taxa de administração é de 2% ao ano, mais performance de 20% sobre o que ultrapassar a variação do IPCA mais 8% ao ano. O prazo do FIP é de dez anos. 

O fundo é destinado a investidores considerados qualificados, que possuem pelo menos R$ 1 milhão para investir. A expectativa é de que o BTG também entre como cotista, embora não haja nenhuma informação a esse respeito no prospecto. Os fundos soberanos que ingressaram no capital do banco há um ano também poderiam ser cotistas. Além dos investimentos em infraestrutura, o BTG fechou em junho deste ano a captação de US$ 1,6 bilhão em fundo de private equity — que compra participações em empresas. Procurado, o banco não se manifestou.


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domingo, 20 de novembro de 2011

FIDC surge como alternativa a crédito bancário

Matéria publicada em http://www.dci.com.br

São Paulo - Como alternativa ao crédito bancário, as médias empresas têm a opção no mercado brasileiro pela captação de recursos por meio de Fundos de Investimentos de Direitos Creditórios (FIDCs). De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os FIDCs possuem R$ 52,759 bilhões em patrimônio líquido até outubro de 2011 e a participação no mercado de capitais evolui a cada ano, de 3,9% em outubro de 2010 para 10,8% no mesmo mês de 2011. Apesar de ter sido criado em 2003, o mecanismo é pouco conhecido entre as companhias, que recorrem às linhas bancárias tradicionais. 

Segundo Pedro Mac Dowell, presidente da Quatá Investimentos, os fundos funcionam como uma maneira mais vantajosa de funding para as companhias. "Nasceu em 2003 no sentido de trazer mais competitividade, principalmente no Brasil, cuja indústria bancária está consolidada". O executivo explica que além da possibilidade de entrada no mercado de capitais, a captação por meio de FIDCs possui menos custos, já que não há cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), de 1,5% mais 0,38%. 

Mac Dowell ressalta, porém, que o potencial de crescimento é superior se comparado a outros países. "Os EUA, por exemplo, possui um fundo com estrutura semelhante que movimenta em torno de 10 trilhões de dólares. O empresário tem que saber que há a possibilidade de acessar este mercado também no Brasil". 

A Quatá Investimentos é uma das poucas companhias a atuar no setor, segundo Mac Dowell, e tem, atualmente, R$ 200 milhões de ativos sob gestão, com um movimento que varia entre R$ 90 milhões e R$ 100 milhões ao mês. Na carteira de clientes, há cerca de 90 empresas e 350 investidores. 

O executivo diz que entre os investidores o fundo está consolidado, mas ainda é desconhecido das empresas. "Precisam sair do mercado tradicional dos bancos e entrar no mercado de capitais, não ficando somente no funding. O investidor contribui com riqueza para a empresa e ganha na rentabilidade". 

Outra possibilidade do FIDC está no alongamento dos prazos, que no sistema bancário fica restrito ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Há a possibilidade de alongar os prazos sim", diz o presidente da Quatá, que revela o desenvolvimento de um fundo com prazo de sete anos, mas com funding internacional. "Até quatro anos tem mercado nos veículos de FIDCs atuais". 

O FIDC Multisetorial, criado em 2008 pela Quatá, possui em outubro de 2011 patrimônio líquido de R$ 98,045 milhões e, por meio da aquisição de direitos creditórios de curto prazo (de um a seis meses), busca superar a rentabilidade do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). No atual momento, o retorno do fundo está em 1,39% ao mês e 14,70% ao ano, com prazo médio de 33 dias. A taxa de administração é de 2% ao ano sobre o patrimônio líquido do fundo. 

Com prazo médio de quitação da dívida para as empresas de até 1 ano e meio, o PRASS FIDC tem patrimônio líquido de R$ 43,959 milhões até o décimo mês do ano. Para o investidor, a rentabilidade das cotas seniores é de 130% do CDI, com taxa de administração de 1,5% ao ano. 

Já o IPCA FIDC Juros Real é um fundo indexado à inflação, com rentabilidade de 7% acima do IPCA e taxa de administração de 1,5% a.a. O patrimônio líquido totaliza R$ 50,873 milhões, com prazo de até três anos para as empresas que cedem debêntures, notas promissórias, recebíveis e CRIs entre os ativos. 

O diretor-comercial da Quatá Investimentos, Dario Alexandre, explica que o custo para as empresas varia entre 1,3% e 1,9% ao mês, dependendo do risco. "O banco tem o produto de prateleira (capital de giro, antecipação de recebíveis, conta garantida, entre outros) e nós procuramos avaliar a necessidade de cada cliente". Para evitar atrasos e riscos ao fundo, o diretor afirma que ocorre uma análise criteriosa do balanço anual, de três períodos, documentação, faturamento mensal, sazonalidade e patrimônio dos sócios da empresa.


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