sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Conheça o plástico orgânico comestível desenvolvido por pesquisadores brasileiros

Matéria publicada originalmente em http://www.ecodesenvolvimento.org

Depois de duas décadas de trabalho, os pesquisadores da Embrapa Instrumentação desenvolveram uma série de películas comestíveis que funcionam como plástico biodegradável e podem ser utilizadas no preparo de alimentos.

O processo de produção do “plástico comestível” é considerado simples. Primeiro, a matéria-prima, como frutas e verduras (espinafre, mamão, goiaba, tomate, entre outros) é transformada em uma pasta. Em seguida, os pesquisadores adicionam componentes para dar liga no material e o colocam em uma forma transparente, que é levada a uma câmara que emite raios ultravioleta. Após poucos minutos, a película sai da máquina pronta para ser consumida.

Quando descartado, este tipo de plástico se decompõe em até três meses e ainda pode ser utilizado como adubo ou lançado na rede de esgoto sem causar danos ao meio ambiente. A inovação ainda tem capacidade para conservar os alimentos pelo dobro do tempo do plástico convencional, que tem como agravante o fato de demorar cerca de 400 anos para se decompor na natureza.

Reaproveitamento de alimentos

De acordo com o pesquisador José Manoel Marconsini, a produção deste material favorece o reaproveitamento de alimentos que seriam rejeitados por não apresentarem bom aspecto visual, mesmo estando em condições de consumo. “Além disso, como vantagem ambiental tem a redução do desperdício de alimentos, pois auxilia no aumento da produtividade”, explica ao portal Web Rádio Água.

O material tem características físicas semelhantes aos plásticos convencionais, como resistência e textura. Em laboratório, o plástico orgânico se mostrou mais resistente ao impacto, além de ser três vezes mais rígido que os plásticos sintéticos.

Ainda não há previsão de comercialização, entretanto várias empresas já entraram em contato com a Embrapa Instrumentação a fim de demonstrar interesse na inovação.

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Tags: meio-ambiente, inovação, educação, pesquisa, ciência-tecnologia

domingo, 28 de junho de 2015

Energias renováveis devem saltar de 14% para 51% no Brasil até 2040

Matéria publicada em http://www.ecodesenvolvimento.org/

Até 2040, o Brasil deverá atrair US$ 300 bilhões em investimentos para geração de energia elétrica — a maior parte desses recursos (70%) irá para projetos solares e eólicos, prevê o estudo Energy Outlook (NEO), feito pela Bloomberg New Energy Finance (BNEF).

O país vai adicionar 250 gigawatts (GW) de nova capacidade nos próximos anos, chegando a 383GW, um aumento de 189% em sua capacidade total. Cerca de 89% disso, prevê o estudo, serão compostos de energias renováveis, inclusive de pequenas e grandes hidrelétricas.

No entanto, a grande mudança vem participação das renováveis eólica, solar e biomassa, que deverá saltar do atuais 14% de capacidade instalada para nada menos do que 51% em 2040.

"A crise no setor energético nos últimos meses, agravada pela seca, destacaram a necessidade de o país diversificar sua matriz energética", destacou à Exame Lilian Alves, analista da Bloomberg New Energy Finance.

"E o grande potencial de diversificação está nas fontes renováveis, não necessariamente em termelétricas a óleo combustível", enfatiza lilian.

À medida que o país expande a capacidade e a geração a partir de fontes alternativas, ele aumenta sua segurança energética e a resiliência frente a fenômenos extremos.

Boom solar

De acordo com a especialista, a energia eólica receberá R$ 84 bilhões; outros US$ 26 bilhões vão para biomassa, enquanto projetos de grandes e pequenas hidrelétricas receberão US$ 23 bilhões.

Um terço dos US$ 300 bilhões esperados até 2040 (US$ 125 bilhões) será destinado a energia solar. Projetos de grande escala, com mais de 1 Megawatt (MW), receberão R$ 31 bilhões.

Já a geração distribuída deverá atrair US$ 93 bilhões, tornando-se a grande estrela dessa nova revolução energética.

"Independência energética"

Instalar sistemas fotovoltaicos no telhado de casa e em edifícios residenciais e comerciais deve virar um ótimo negócio, seguindo tendência mundial.

"Com a previsão de queda acentuada de custo nas próximas duas décadas, a população vai começar a olhar para a energia solar em busca de independência energética", avalia Lilian.

Algumas mudanças pavimentam essa transformação. Medidas adotadas pela Aneel na resolução 482, há dois anos, são um grande passo nesse sentido.

Além de regulamentar a produção de energia solar no país, as regras vislumbraram um sistema de compensação de créditos a favor do consumidor, o que ajuda a viabilizar economicamente os sistemas de energia solar.


Tags: energias-renováveis, inovação, energia-eólica, energia-hidrelétrica

domingo, 24 de maio de 2015

NOVO SERVIÇO DA AMAZON ALUGA CABRAS PARA COMER O RELVADO

Matéria publicada em http://www.sapo.pt/ 

A Amazon tornou-se num gigante global devido à forma rápida e barata como permitia – e permite – encomendar livros, mas há muito que é um verdadeiro retalhista global e diversificado, onde se podem comprar mercearias, roupa, brinquedos, ver filmes ou adquirir todo um leque de produtos necessários e desnecessários.

O novo serviço da empresa, porém, está a surpreender o mercado. A Amazon vai alugar grupos de cabras, que irão até às casas das pessoas para comer a relva, aparando o local.

A empresa norte-americana diz que esta é uma alternativa sustentável ao cortador de relva. E não andará muito longe da verdade, ainda que o serviço esteja apenas disponível em áreas específicas do território norte-americano. Sobretudo rurais, diríamos.

Por outro lado, avança o Inhabitat, os dejectos deixados por estes animais acabam por enriquecer o terreno e melhorar a qualidade do relvado. Segundo o site, a Amazon não é a primeira empresa a reconhecer a utilidade das cabras para aparar os relvados: Google e Yahoo utilizam os animais para manter os relvados das suas sedes em bom estado, ao invés de máquinas.

De acordo com o Inhabitat, a Amazon é o único sítio onde podemos reservar uma equipa de cabras especialistas em cortar relvados. “É isso que elas fazem melhor, na verdade: comer tudo o que encontram no seu caminho”.

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Tags: amazon, inovação, cabras, mundo-verde, idéias