sexta-feira, 18 de outubro de 2013

PIB aumenta R$ 1,78 a cada R$ 1 investido no Bolsa Família, diz Ipea

Matéria publicada em Portal Fator Brasil

Brasília – Criado pela Lei 10.836, de 9 de janeiro de 2004, o Bolsa Família vai completar dez anos. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a cada R$ 1 investido no programa de transferência de renda provoca aumento de R$ 1,78 no Produto Interno Bruto (PIB).

O estudo aponta ainda efeitos do programa no consumo das famílias. "O Programa Bolsa Família é, por larga margem, a transferência com maiores efeitos sobre o PIB, que aumenta R$ 1,78 a cada R$ 1 adicionado ao programa. Ou seja, nessas condições, um gasto adicional de 1% do PIB no programa, que privilegia as famílias mais pobres, gera aumento de 1,78% na atividade econômica – e de 2,40% sobre o consumo das famílias –, bem maior que o de transferências previdenciárias e trabalhistas crescentes de acordo com o salário do beneficiário", dizem os pesquisadores em trecho do livro Programa Bolsa Família: uma década de inclusão e cidadania, que será lançado no próximo dia 30.
Conforme o estudo, o programa reduziu em 28% a extrema pobreza no país, entre 2002 e 2012. "Sem a renda do Programa Bolsa Família, a taxa de extrema pobreza em 2012 seria 4,9%, ou seja, 36% maior que a observada com o programa", diz o capítulo do livro que trata dos efeitos macroeconômicos do Bolsa Família, divulgado pelo presidente do Ipea e ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri, que assina o capítulo junto com os pesquisadores Fabio Vaz e Pedro de Souza.

Os pesquisadores concluíram que o programa contribuiu para aumentar a freqüência escolar e queda da repetência, da inatividade de pessoas classificadas como “nem-nem” (não estudam nem trabalham), da mortalidade em crianças menores de cinco anos e da prevalência de baixo peso no nascimento, além de crescimento na proporção de crianças com vacinas nas idades corretas. Os estudos não indicam estímulo à informalidade e à fecundidade, segundo o Ipea.

Na apresentação dos dados, o programa recebeu o 1º Prêmio Award for Outstanding Achievement in Social Security, concedido pela Associação Internacional de Seguridade Social, na Suíça, em reconhecimento ao combate à pobreza e na promoção dos direitos sociais da população de baixa renda. A organização tem 330 filiadas em 157 países. A cerimônia oficial de premiação será em novembro, no Catar.

Para a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, os dados “derrubam todos os mitos sobre o Bolsa Família, como o da preguiça e o da informalidade, e comprova estatisticamente os seus efeitos positivos”, e rebate as críticas de assistencialismo e gastos elevados. De acordo com a ministra, esses efeitos não se deram apenas em relação à distribuição de renda, mas também na qualidade de vida das famílias beneficiadas pelo programa, em questões como educação e redução da mortalidade infantil.

Atualmente, o programa beneficia 13,8 milhões de famílias, quase 50 milhões de pessoas. Em 2013, o orçamento previsto é R$ 24 bilhões, cerca de 0,46% do PIB, segundo o ministério.

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Tags: Bolsa-Família, Brasil, Transferência-Renda, Politcas-Públicas, Programas-Governamentais, Fome-Zero, PIB

domingo, 22 de setembro de 2013

Contabilidade é a quarta profissão que mais cresce no mundo

Matéria publicada pela ABN News

BRASÍLIA [ ABN NEWS ] — Lápis, papel, calculadora e muitos números. Para tantas planilhas e balancetes, há sempre um profissional de contabilidade auxiliando os gestores nas questões burocráticas das empresas. Mas, engana-se quem pensa que o contador só atua na área técnica. O papel do profissional vem crescendo e ele já trabalha no assessoramento e consultoria em gestão, bem como no desenvolvimento e crescimento dos negócios.

No domingo, 22 de Setembro, é comemorado o Dia do Contador. Para o presidente do Conselho Federal de Contabilidade, Juarez Domingues Carneiro, o momento é de consolidação e crescimento da profissão. “A contabilidade é a ciência da informação. O Brasil cresceu muito nesse sentido, tornando-se referência internacional. Estamos em uma fase ascendente, ganhando prestigio e reconhecimento”, afirmou.

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De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), a profissão é a quarta mais demandada no mundo. Só no Brasil, existem 490 mil profissionais registrados. A Região Sudeste é destaque e concentra mais da metade dos contadores, seguida do Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte.

Para exercer a profissão, os bacharéis em Ciências Contábeis e técnicos em Contabilidade devem se submeter ao Exame de Suficiência, instituído em setembro de 2010, pela Lei n.º 12249/10. Em 2013, o exame teve recorde de inscrições. Quase 56 mil bacharéis realizarão as provas, no dia 29 de setembro. No Brasil, somente os cursos de Direito e Contabilidade utilizam esse recurso para medir o conhecimento e nivelar o mercado. Aprovado no Exame, o futuro profissional obtém o registro junto ao Conselho Regional de Contabilidade.

Mas o presidente do conselho reconhece que a figura do contador ainda é vista, por parte da sociedade, de forma distorcida e equivocada. Pensando nisso, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) lançou este ano a campanha “2013: ano da Contabilidade no Brasil”. De caráter educativo, o projeto tem como objetivo informar a sociedade quais são os serviços prestados pelos profissionais da Contabilidade e conscientizar a população da importância do contador para o desenvolvimento socioeconômico do País.

“A contabilidade é a linguagem universal dos negócios, e é também uma das maiores difusoras da responsabilidade socioambiental do mundo. A nossa intenção é mostrar para a sociedade brasileira o importante papel do profissional contábil no desenvolvimento do país”, ressalta Juarez Domingues Carneiro.

Qual a função do profissional de contabilidade?

O contador ou técnico em Contabilidade, após registro no Conselho Regional de Contabilidade, tem a função de analisar, interpretar e relatar informações, financeiras e operacionais, para o controle de uma empresa. Além disso, o profissional também é essencial nas funções de planejamento, avaliação e controle das atividades para assegurar o uso apropriado e a responsabilidade abrangente de recursos.

Sobre o CFC

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) é uma autarquia federal, dotada de personalidade jurídica de direito público, criada pelo Decreto-Lei nº 9.295/46, de 27 de maio de 1946. O principal objetivo do CFC é registrar, normatizar, fiscalizar, promover a educação continuada e editar Normas Brasileiras de Contabilidade de natureza técnica e profissional. O conselho possui um representante em cada Estado, e no Distrito Federal, que atua nos Conselhos Regionais de Contabilidade. Atualmente, existem 490 mil profissionais no País, incluindo contadores e técnicos em contabilidade.

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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Afinal, o que é SCR?

Por Odelmo Diogo - Blog TRADE-OFF

O Sistema de Informações de Crédito do Banco Central – SCR é um banco de dados composto por informações das operações de crédito, avais e fianças prestados, bem como limites de crédito disponibilizados pelas instituições financeiras para as pessoas físicas e jurídicas no Brasil. 

O SCR é um instrumento de supervisão bancária. Ele possibilita ao Bacen efetuar o acompanhamento das carteiras de crédito das instituições financeiras desempenhando assim importante função na prevenção de crises e proteção do Sistema Financeiro Nacional.

Para cumprir seu principal objetivo que é fortalecer a estrutura de supervisão bancária e garantir a eficácia deo acompanhamento e avaliação dos riscos inerentes à atividade financeira, o SCR guarda os dados das operações contratadas por todas as instituições, de modo a permitir que o Banco Central possa adotar ações preventivas visando proteger os recursos que os cidadãos aplicam ou depositam nas instituições financeiras do Sistema Financeiro Nacional.

Atualmente, o SCR armazena informações sobre as operações dos clientes com responsabilidade total igual ou superior a R$ 1.000,00 contemplando as obrigações vincendas e vencidas, além dos valores decorrentes de fianças e avais prestados pelas instituições financeiras aos seus clientes, bem como valores de créditos a liberar constantes nos relatórios mensais.

Além de funcionar como importante ferramenta de supervisão bancária, o SCR possibilita que as instituições financeiras dimensionem riscos e disponibilizem linhas de crédito de acordo com o perfil de endividamento do cliente.

Para o consumidor, um dos benefícios do SCR é que o volume maior de informações contribui para a diminuição dos riscos de concessão de crédito, possibilitando assim a existência de taxas de juros menores no mercado e contribuindo para uma maior competição entre as instituições financeiras que integram o SFN.

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