quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Curso de contabilidade figura entre os preferidos pelos jovens

Matéria publicada em Portal Fator Brasil

Oportunidades geradas pelo mercado financeiro motivam a escolha pela profissão, avalia o Ibracon.

O curso de contabilidade é uma das 10 carreiras mais procuradas entre os jovens que vão prestar vestibular nas faculdades federais. A informação foi divulgada pelo Ministério da Educação, com base em levantamento do Sistema de Seleção Unificado (Sisu), a partir do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). Entre o segundo semestre de 2011 e os primeiros seis meses deste ano, a procura pelo curso de contabilidade praticamente dobrou e ocupa agora a 8ª posição no ranking nacional, com 28 mil candidaturas.

Segundo Eduardo Pocetti, presidente do Ibracon (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil), os principais motivos que têm levado os estudantes a procurar formação em Ciências Contábeis são as novas oportunidades profissionais geradas pelo mercado financeiro. “Hoje, o setor financeiro exige processos mais eficientes, dinâmicos e transparentes, o que torna o contador figura chave no organograma da maioria das empresas. Ainda mais agora, que estamos totalmente convergidos com a contabilidade internacional e que as transações nas bolsas ganham mais espaço, atraindo novos investidores. Esse movimento estimula a contratação de profissionais cada vez mais capacitados para preparar as demonstrações financeiras e auditá-las”, diz Pocetti.

Os profissionais formados neste curso podem trabalhar com auditoria, contabilidade, controle, perícia ou ainda seguir a carreira acadêmica. O salário inicial é de aproximadamente R$ 1.800,00 como trainee. No entanto, a remuneração de um coordenador contábil pode chegar a R$ 13 mil e de um diretor, a mais R$ 30 mil.

Leia também
Banco do Brasil ingressa na carteira do índice Dow Jones de Sustentabilidade
Para os desempregados da Espanha, tempo é dinheiro
Profissão de contador vive bom momento no mercado
Ceará é o 1º Estado do Norte e Nordeste a ter Cartão BNDES em todos os municípios
Invisto ou compro uma casa?
Como transformar seu negócio em franquia?
Emissão de FIDC cai 65,3% e prejudica captação de bancos
Petrobras é uma das 100 empresas mais respeitadas do mundo
Afinal, o que é SCP?
As lições do Rei da Banana
Apartamento tem área igual a 50 casas populares e vale R$ 22 mi
7 dicas para evitar endividamento na hora de comprar a casa própria
Empresas brasileiras empregam dez vezes menos físicos...
Empresa chinesa compra salas de cinemas nos EUA e vira líder mundial

Tags: Contabilidade, Ciências-Contábeis, curso-universitário, profissão-carreira-Contador-Contabilista, CRC, CFC, finanças, mercado-financeiro, IFRS

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Banco do Brasil ingressa na carteira do índice Dow Jones de Sustentabilidade

Matéria publicada no Portal Fator Brasil

O Banco do Brasil passa a integrar o rol de empresas reconhecidas pelo índice Dow Jones de Sustentabilidade da Bolsa de Nova Iorque (DJSI) como líderes em práticas de sustentabilidade corporativa em todo o mundo. O anúncio foi feito pela empresa responsável pelo licenciamento e publicação do DJSI, a Sustainable Asset Management (SAM), em Zurique, na Suíça.

O Índice é revisado anualmente com base em questionários enviados às empresas (2,6 mil companhias com maior capitalização de mercado baseado no free-float) e em informações públicas disponibilizadas em relatórios anuais e websites de relações com investidores. São listadas as empresas com melhor performance em cada um dos 10 ‘supersetores’ avaliados (financeiro, saúde, tecnologia, bens de consumo etc). Em cada um desses setores, são listados 10% das empresas participantes.

Para o vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores do BB, Ivan Monteiro, as instituições que compõem o Índice são capazes de criar valor para os acionistas no longo prazo, por aproveitar oportunidades de negócios ao mesmo tempo em que também gerenciam os riscos associados a fatores econômicos, ambientais e sociais.

O desempenho do Banco do Brasil vinha apresentando melhoras na avaliação do DJSI, reflexo do acerto das iniciativas desenvolvidas ao longo do período. Nos processos de avaliação de 2009, 2010 e 2011, o Banco do Brasil já havia se posicionado entre os 15% melhores desempenhos do setor, motivo pelo qual foi incluído no “The Sustainability Yearbook”, publicado anualmente pela Sustainability Asset Management.

A listagem do Banco no DJSI representa importante reconhecimento do mercado de capitais quanto à atuação do Banco do Brasil no tema da sustentabilidade corporativa, porque reforça reconhecimento já obtido, internamente, na Bolsa de Valores de São Paulo, com a inclusão do BB no ISE, o Índice de Sustentabilidade Empresarial daquela Bolsa.

“A inclusão do Banco do Brasil no DJSI é um reconhecimento internacional da seriedade dos compromissos e práticas do Banco do Brasil com relação ao tema sustentabilidade. Reconhecimento esse que já ocorre em âmbito nacional por conta da listagem obtida no índice de sustentabilidade da Bolsa de Valores de São Paulo, desde seu lançamento em 2005”, comemora o vice-presidente de Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Sustentável, Robson Rocha.

Desde sua criação, em janeiro de 1999, o DJSI tornou-se uma referência importante para instituições administradoras de recursos. Elas se baseiam neste índice para tomar suas decisões de investimentos e oferecem produtos diversificados aos seus clientes tendo como base as ações das empresas componentes do DJSI, comprometidas com o desenvolvimento social, ambiental e cultural.


Leia também
Para os desempregados da Espanha, tempo é dinheiro
Profissão de contador vive bom momento no mercado
Ceará é o 1º Estado do Norte e Nordeste a ter Cartão BNDES em todos os municípios
Invisto ou compro uma casa?
Como transformar seu negócio em franquia?
Emissão de FIDC cai 65,3% e prejudica captação de bancos
Petrobras é uma das 100 empresas mais respeitadas do mundo
Afinal, o que é SCP?
As lições do Rei da Banana
Apartamento tem área igual a 50 casas populares e vale R$ 22 mi
7 dicas para evitar endividamento na hora de comprar a casa própria
Empresas brasileiras empregam dez vezes menos físicos...
Empresa chinesa compra salas de cinemas nos EUA e vira líder mundial


Tags: DJSI, ISE, sustentabilidade, indice-sustentabilidade-Dow-Jones, BB, Banco-do-Brasil

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Para os desempregados da Espanha, tempo é dinheiro

Por MATT MOFFETT e ILAN BRAT
Matéria publicada no The Wall Street Journal

Embora ela seja um dos milhões de jovens espanhóis desempregados, Silvia Martín, de 22 anos, consola-se em saber que tem o apoio do seu banco. Não se trata de uma instituição financeira, mas de um banco de tempo cujos quase 400 membros permutam serviços por tempo.

Martín, que não tem carro, nem dinheiro para andar de táxi, já precisou dos outros membros para lhe dar caronas e a ajudá-la com consertos domésticos. Em troca, ela já tomou conta de parentes idosos dos outros membros, organizou festas de criança e até mesmo carregou caixas para um associado que estava se mudando.

O banco de tempo não apenas economiza dinheiro, diz ela, mas também lhe dá ânimo ao fazê-la se sentir "parte de uma comunidade que está realizando ações positivas em tempos difíceis".

Num momento em que os líderes europeus se debatem com um aperto econômico de cinco anos que impôs à Espanha a maior taxa de desemprego do mundo industrializado, os jovens espanhóis estão cada vez mais aderindo a tais iniciativas básicas para sobreviver. As diversas medidas, — algumas geralmente associadas a economias rurais ou zonas de desastre — suplementam a rede de proteção social que está sendo corroída pelos programas de austeridade do governo. 

Além dos bancos de tempo, elas incluem os mercados de escambo que estão surgindo nos bairros, moedas locais concebidas para estimular a abatida economia de varejo e redes de caridade que reaproveitam coisas descartadas. Um grupo ambiental lançou há pouco tempo os Huertos Compartidos, ou Hortas Compartilhadas, que associam donos de terras ociosas com aqueles dispostos a cultivá-las e dividir a produção. 

O crescimento dos bancos de tempo revive um conceito criado nos Estados Unidos e na Europa pelos anarquistas e socialistas do século XIX, que queriam testar a sua filosofia de que os preços dos bens e serviços deveriam refletir mais fielmente o trabalho gasto para produzi-los. 

O número desses bancos na Espanha — alguns administrados por associações de bairro, outros por governos locais — quase dobrou, para 291, nos últimos dois anos, segundo uma pesquisa de Julio Gisbert, um banqueiro que mantém o website "Vivir Sin Empleo", que acompanha iniciativas de ajuda mútua. Alguns economistas receiam que o aumento de tais sistemas informais de trocas está empurrando a economia da Espanha ainda mais para o buraco — fora do alcance de reguladores e coletores de impostos, e efetivamente fazendo o país regredir no tempo em termos de desenvolvimento. 

"Estamos dando um passo atrás não só como um país do euro, mas também como um país desenvolvido", diz José García Montalvo, professor de economia da Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona. 

Bancos e moedas sociais, diz ele, podem prejudicar a economia em geral porque a renda obtida nesses arranjos muitas vezes não é declarada, diminuindo a receita fiscal do governo. Moedas sociais e bancos de tempo também suprimem o uso do crédito, acrescenta García Montalvo, o que, num nível moderado, pode ajudar as pessoas a abrir negócios e acessar bens e serviços benéficos com os quais não poderiam arcar sem fazer dívida. 

Outros, porém, dizem que as medidas representam uma importante força estabilizadora na sociedade. Para as "pessoas que não conseguem arrumar emprego, essas possibilidades de trocas e ajuda mútua podem ajudar a tornar suportável uma situação que de outro modo seria insustentável", diz José Luis Álvarez Arce, diretor do departamento de economia da Universidade de Navarra. 

Iniciativas semelhantes estão aparecendo também em outras economias em dificuldade no sul da Europa. Na Grécia, por exemplo, centenas de pessoas em uma cidade usam uma moeda chamada TEM, a sigla para unidade local alternativa. Bancos de tempo em Módena, na Itália, e em outros lugares do país se mobilizaram para ajudar as pessoas atingidas pelos terremotos deste ano. A economia da Espanha está em mau estado desde o estouro da bolha imobiliária em 2008. O desemprego chegou ao recorde de 25% no segundo trimestre, e o governo prevê que a contração econômica continuará até o ano que vem.

Enquanto isso, o sistema de assistência pública da Espanha vem sofrendo os efeitos dos cortes realizados nos orçamentos estaduais e federal para acalmar os mercados financeiros. À medida que os benefícios terminavam para desempregados de longo prazo, o percentual de espanhóis sem trabalho que recebiam assistência caiu de 78% para 65% em 2010. No mês passado, o governo anunciou o mais severo plano de austeridade orçamentária na história recente do país. 

A crise vem sendo particularmente dura para as pessoas entre 20 e 30 anos, que se tornaram adultas no período de democracia e prosperidade que se seguiu à morte do ditador Francisco Franco em 1975. Esses foram os primeiros espanhóis a colher os frutos do Estado de bem-estar social forte, com saúde para todos, ensino superior acessível e proteções generosas aos trabalhadores, diz Rodolfo Gutiérrez, um sociólogo da Universidade de Oviedo. Elas viram o padrão de vida de seus pais melhorar significativamente e entraram na força de trabalho no fim dos anos 90 e início dos anos 2000, quando o emprego era abundante e o crédito e bens de consumo eram fáceis de obter, diz ele. 

Hoje, trabalhadores de 16 a 24 anos enfrentam a astronômica taxa de 53,3% de desemprego. Para aqueles entre 25 e 34 anos, a taxa é de 27%. Ela cai um pouco para os mais velhos, pois as leis trabalhistas da Espanha podem tornar caro demiti-los. 

Metade dos jovens desempregados vem procurando emprego por pelo menos um ano, segundo a agência de estatísticas nacional, e as poucas vagas existentes geralmente são trabalhos temporários que pagam pouco. O número de pessoas na faixa dos 20 e 30 anos que vivem com seus pais começou a aumentar nos últimos 12 meses, depois de ter caído durante anos. 

"Não é uma geração perdida; é uma geração frustrada", diz José Ortuño, um roteirista e diretor de cinema de 35 anos. Ele fez recentemente uma série de animação para a internet chamada "Treintañeros", que mostrava Pedro, um empregado de lanchonete que tem quatro diplomas. Ele representa uma geração que "vive às custas dos pais até que possa viver às custas dos filhos", diz Ortuño. 

"Eu acho que o modelo de Estado de bem-estar social chegou ao limite", diz Laia Serrano, 38, uma economista que há um ano criou uma organização sem fins lucrativos chamada BarcelonActua, que conecta pessoas necessitadas com aquelas que podem doar bens ou serviços. 

Claro que mesmo os criadores de iniciativas como essa reconhecem que elas não vão salvar o euro ou trazer estabilidade duradoura para a Espanha.

"Estamos numa panela de pressão e tudo o que podemos fazer é deixar sair um pouco do vapor para não explodir", diz Francisco Romero, diretor da agência municipal de emprego da cidade de Totana, que lançou várias iniciativas de economia alternativa.

O Banco de Tempo de Valladolid, aberto pela prefeitura pouco antes do início da crise, tem atraído cada vez mais membros, e mais jovens, com a piora da economia espanhola. Os novos desempregados gostam dos princípios igualitários do banco, diz seu administrador, Juan Manuel Primo: "A hora de cada um tem o mesmo valor aqui", diz ele. Uma hora de trabalho de uma costureira tem o mesmo valor da de um advogado. Membros escrevem recibos uns para os outros pelo serviço prestado. A cada mês, Primo põe os dados dos recibos num computador para acompanhar quantas horas cada membro deu e recebeu. Ele não permite desequilíbrios maiores do que 20 horas em cada direção.

Numa manhã recente na biblioteca municipal, Cristina Altable, 38, que faz parte do banco, estava ensinando inglês para Camila Gil, 17, cuja mãe paga pelas lições passando roupa e fazendo faxina para outros membros. Em troca, Altable tem feito aulas de Pilates e agora um desenhista gráfico do banco está dando uma garibada em seu currículo.

Leia também
Profissão de contador vive bom momento no mercado
Ceará é o 1º Estado do Norte e Nordeste a ter Cartão BNDES em todos os municípios
Invisto ou compro uma casa?
Como transformar seu negócio em franquia?
Emissão de FIDC cai 65,3% e prejudica captação de bancos
Petrobras é uma das 100 empresas mais respeitadas do mundo
Afinal, o que é SCP?
As lições do Rei da Banana
Apartamento tem área igual a 50 casas populares e vale R$ 22 mi
7 dicas para evitar endividamento na hora de comprar a casa própria
Empresas brasileiras empregam dez vezes menos físicos...
Empresa chinesa compra salas de cinemas nos EUA e vira líder mundial
A Contabilidade nunca esteve tão Gerencial!

Tags: crise-Europa, economia-Espanha-desemprego, escambo-troca-trabalho, banco-tempo, crise-mundial-EUA