sábado, 9 de julho de 2011

Fazenda analisa limpar déficit da Previdência

Para secretário executivo do ministério, proposta feita por Garibaldi Alvez 'tem seus méritos, mas também tem alguns problemas'

Lu Aiko Ottao, de O Estado de S. Paulo
http://economia.estadao.com.br/

CURITIBA - O Ministério da Fazenda ainda está analisando a proposta do ministro da Previdência, Garibaldi Alves, de tirar da contabilidade de sua pasta as renúncias fiscais autorizadas para viabilizar políticas públicas de outras áreas. "A proposta tem méritos, mas também tem alguns problemas", disse ao Estado o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa.

Na edição da última segunda-feira, o Estado informou que a Previdência tem pronta proposta, elaborada em conjunto com as centrais sindicais e as entidades representativas dos aposentados, pela qual as renúncias de contribuições previdenciárias como as das entidades filantrópicas e do Simples, seriam transferidas para outros ministérios.

Assim, o que hoje é perda de arrecadação com as renúncias entraria na contabilidade da pasta como receita. Com essa mudança, o que hoje aparece como déficit da Previdência, R$ 17,8 bilhões de janeiro a maio deste ano, cairia pela metade.

Do ponto de vista do setor público, seria apenas uma mudança contábil, segundo observou Barbosa. O déficit continuaria do mesmo tamanho, porém dividido entre várias pastas, sendo a Fazenda a principal delas.

Para a Previdência, a proposta teria a virtude de "limpar" suas contas e torná-las comparáveis às de outros países. Teria também uma vantagem política: mostrar que o déficit é menor do que parece hoje.Assim, diminuiria a pressão por uma reforma profunda no sistema.

Barbosa reconhece que um dos méritos da proposta seria o político, de colocar a discussão sobre o déficit em outras bases. Outra vantagem seria mostrar claramente que o rombo no sistema ocorre, em parte, por causa dessas renúncias, que são decididas pela sociedade via Congresso.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Petrobrás sobe 20 posições, para 34ª, entre as 500 maiores da ‘Fortune’

Estatal brasileira tem faturamento de US$ 120,052 bilhões e lucro líquido de US$ 19,184 bilhões

Luciana Collet, da Agência Estado
http://economia.estadao.com.br/

SÃO PAULO - A Petrobrás é a companhia brasileira melhor colocada na lista anual das 500 maiores empresas do mundo, elaborada pela revista norte-americana Fortune. A estatal brasileira de petróleo aparece na 34ª posição, com faturamento de US$ 120,052 bilhões e lucro líquido de US$ 19,184 bilhões. Na comparação com o ranking anterior, a companhia escalou 20 posições, já que em 2010 havia figurado na 54º lugar, com faturamento de US$ 91,869 bilhões e lucro de US$ 15,504 bilhões.

A Petrobrás aparece atrás de diversas outras grandes empresas de petróleo mundiais, como Royal Dutch Shell (2º); Exxon Mobil (3º), BP (4º); Sinopec Group (5º); China National Petroleum (6º); Chevron (10º); Total (11º), Conoco Phillips (12º) e ENI (23º).

Na liderança do ranking, aparece a rede varejista Walmart, com faturamento de US$ 421,849 bilhões e lucro de US$ 16,389 bilhões, inferior ao da Petrobras. Se a lista fosse feita por lucro, o Walmart apareceria apenas na 13ª colocação, enquanto a estatal brasileira ficaria com o 8º lugar. A gigante de alimentos Nestlé registrou o maior lucro dentre os grandes grupos mundiais, com ganho de US$ 32,843 bilhões. Por receita, a empresa suíça fica aparece em 42º lugar.

Outras seis empresas brasileiras aparecem no ranking Global 500. O Banco do Brasil ficou no 117º lugar, com faturamento de US$ 62,891 bilhões. Em relação à lista anterior, subiu 31 colocações. Já os demais bancos brasileiros que aparecem no ranking perderam posições: o Bradesco passou do 135º lugar para o 156º, com faturamento US$ 53,010 bilhões, enquanto Itaúsa - Investimentos Itaú recuou da 117ª colocação para 359ª, ou a sexta brasileira melhor colocada, com faturamento de US$ 26,982 bilhões.

A Vale aparece este ano como a 186ª maior empresa global, com receita de US$ 45,293 bilhões, um salto de 177 posições. O grupo frigorífico JBS teve evolução ainda mais significativa, de 190 colocações, passando do 496º lugar, no ano passado, para o 306º, com faturamento de US$ 31,279 bilhões. A Ultrapar Holdings subiu do 471º para o 399º, com faturamento de US$ 24,135 bilhões, sendo a sétima e última brasileira que figura entre as 500 maiores companhias do mundo.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Brasileiro consome 30 quilos de plástico reciclável por ano, mostra pesquisa

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/

São Paulo – Cada brasileiro consome, em média, aproximadamente 30 quilos de plástico reciclável por ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Em 2010, de acordo com anuário do setor químico da entidade, foram consumidas no país cerca de 5,9 mil toneladas de plástico, o que representa 50% a mais do que há dez anos.

Os dados foram apresentados hoje (7) pela pesquisadora Lucilene Betega de Paiva em um seminário na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Lucilene trabalha no Instituto de Pesquisa Tecnológica do Estado de São Paulo (IPT) e é especialista em plásticos.

Em sua participação no seminário, ela falou sobre a importância da reciclagem desse material. Segundo ela, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) pode ajudar a “transformar um passivo ambiental em uma fonte de recursos financeiros”.

A PNRS foi o tema central do seminário na Alesp. O evento faz parte de uma série de debates preparatórios para a 12ª Conferência das Cidades, promovida pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados.

A Conferência das Cidades ocorre todo ano, no segundo semestre. Em 2011, ela está programada para outubro e deve tratar também da PNRS.

A PNRS foi instituída por lei aprovada, sancionada e regulamentada no ano passado. Ela estabelece regras para a destinação do lixo produzido no país. De acordo com a PNRS, a reciclagem deve ser priorizada. Já o lixo não reciclável deve ser levado a aterros sanitários. Os lixões precisam fechados até 2015.

Dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), também apresentados no seminário na Alesp, mostram que o Brasil ainda precisa avançar para cumprir o estabelecido pela PNRS. Segundo levantamento feito pela entidade em 350 cidades que concentram quase metade da população urbana brasileira, 42% do lixo do país não receberam uma destinação adequada no ano passado.

Ao todo, foram 23 milhões de toneladas de lixo levadas para lixões ou aterros controlados, que não são ambientalmente apropriados. Para aterro sanitários, em que existem sistemas para evitar contaminação de água e solo, foram levadas 31 milhões de toneladas de lixo.

O deputado federal Manoel Junior (PMDB-PB), presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano, disse que a implantação da PNRS é um desafio para o país. As discussões durante seminários e na Conferência das Cidades, acrescentou, podem ajudar a adequar a destinação do lixo no país.

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Tags: meio-ambiente, reciclagem, pnrs, politica-nacional-residuos-solidos, responsabilidade-socio-ambiental