terça-feira, 18 de outubro de 2011

Wal-Mart enfrenta problemas nas operações chinesas

Por LAURE BURKITT, de Pequim
The Wall Street Journal

O Wal-Mart Stores Inc. anunciou que o diretor-presidente de suas operações na China e a vice-presidente sênior de recursos humanos naquele país deixaram a empresa, que está sofrendo desafios regulatórios sem precedentes num importante mercado de crescimento. 

Ed Chan, que era diretor-superintendente e diretor-presidente da Wal-Mart da China desde 2006, saiu da empresa na segunda-feira por motivos pessoais, disse um comunicado da empresa. 

Clara Wong, vice-presidente sênior de recursos humanos da Wal-Mart da China, também deixou a empresa. 

Scott Price, diretor-superintendente e diretor-presidente da Wal-Mart da Ásia, foi escolhido para atuar como presidente interino do Wal-Mart da China. Price vai acumular seus cargos na divisão da Ásia, disse Anthony Rose, um porta-voz do Wal-Mart. Ele não fez comentários adicionais. 

A troca no topo é a mais recente de mudanças na direção da operação chinesa do Wal-Mart. Em maio, o diretor financeiro e o diretor operacional na China pediram demissão. 

Na semana passada, a empresa americana, que tem sede em Bentonville, Arkansas, informou que dois funcionários do Wal-Mart foram presos e 35 outros foram detidos na metrópole chinesa de Chongqing devido a alegações do governo municipal de que a varejista rotulou fraudulentamente a carne de porco comum como sendo um tipo mais caro de carne de porco orgânica. 

Na quarta-feira, um porta-voz do governo de Chongqing citou um relatório no jornal oficial da cidade que dizia que, dos 35 detidos, 25 ainda estavam em detenção, o que significa que as autoridades terão que libertá-los ou acusá-los formalmente nos próximos dias. Sete outras pessoas estavam em prisão domiciliar e três haviam sido libertadas mediante fiança. 

O Wal-Mart já informou que está cooperando com as investigações em curso. A rede fechou temporariamente 13 de suas lojas em Chongqing depois que o governo ordenou que elas fossem fechadas por 15 dias e multou o Wal-Mart em 3,65 milhões de iuanes (cerca de US$ 575.000). Autoridades de Chongqing alegaram que a empresa vendia carne de porco rotulada enganosamente há dois anos. 

O Wal-Mart havia anunciado em março que teve um faturamento de US$ 7,5 bilhões no ano passado em suas 328 lojas na China então em operação, número que subiu para quase 350.


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Tags: wal-mart, economia-chinesa, regulações-china, comércio-global, operações-internacionais, multinacionais, rede-varejo

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