sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Elaboração do orçamento deve envolver toda a família

Crianças e adolescentes devem participar das discussões junto aos pais.

Matéria publicada em www.previ.com.br

Não é difícil encontrar referências sobre a importância da família. Para muitos autores, poetas e pensadores, ela é “a base de tudo”. E também deve ser a base da educação financeira. Especialistas garantem: o orçamento doméstico deve ser discutido por todos os membros do núcleo familiar.

O educador e planejador financeiro Pedro Braggio, professor de cursos de graduação e pós-graduação, afirma que a família deve se reunir, ao menos, uma vez a cada 15 dias para discutir as finanças. Nesses encontros, devem ser traçadas estratégias e objetivos para garantir que as contas vão fechar e os sonhos vão ser realizados.

“Muitas pessoas não sabem exatamente qual a situação financeira das próprias famílias. Às vezes o filho acha que o pai tem rendimentos muito altos, quando isso não é verdade. Há casos, inclusive, de maridos e esposas que não sabem os ganhos e os gastos de um e do outro. Por isso, é fundamental fazer esse tipo de reunião periódica, como em uma empresa, guardadas as devidas proporções”, alerta.

Envolvimento das crianças

Segundo o consultor, as crianças devem estar inseridas nesse contexto desde muito cedo. Assim, os pais devem mostrar aos filhos, desde pequenos, que o dinheiro é importante, e que ele não vem “de graça”. Por isso, iniciativas como o uso de cofrinhos podem ser úteis.

“As crianças e adolescentes devem participar das reuniões quinzenais, e não devem apenas ouvir. Elas têm de ter o direito de falar. Se disserem algo que não está certo, devem ser corrigidas pelos pais. Entretanto, muitas vezes acabam por dar boas ideias, que podem mudar os rumos das finanças familiares. As crianças são mais puras, têm menos 'vícios' de pensamento que os adultos, e isso faz com que elas enxerguem as coisas de forma diferente, consigam ver coisas mais positivas”, afirma.

O economista Vicente de Paula Oliveira, autor do livro “Otimização na Recuperação de Ativos Financeiros”, publicado pela editora do Instituto Brasileiro de Estudo e Gestão da Inadimplência (IbeGI), destaca que o orçamento doméstico é o instrumento estratégico do planejamento financeiro, e é necessário para famílias de todos os níveis de renda.

Elaborar e gerir

O economista afirma que é fundamental a participação de toda a família na elaboração – e na gestão – do orçamento. Na hora dos encontros, devem ser colocados em pauta temas como permanência no emprego, condições de saúde de cada um e metas em médio e longo prazo. Para Oliveira, os objetivos de todos os membros da família devem ser estabelecidos antes da elaboração do orçamento doméstico. Por isso, a compra de um imóvel, uma viagem de férias e gastos com educação, entre outros, devem ser listados pelos membros do núcleo familiar.

“A definição dos objetivos e metas ajudará na execução do orçamento doméstico, que é a chave para orientar o consumo dentro das possibilidades de cada família. É preciso conhecer a natureza e prever a evolução dos gastos domésticos e, consequentemente, gastar menos do que se ganha. Uma gestão correta do orçamento familiar ajuda a assegurar o pagamento das contas no vencimento, a garantir fundos para gastos emergenciais e, claro, a alcançar as metas desejadas e programadas”, explica.

Após a elaboração do planejamento, deve entrar em cena outra característica importante: a disciplina. “Um bom planejamento financeiro não adianta de nada, caso não seja obedecido no dia a dia. É fundamental exercer o chamado 'consumo consciente', hábito que reflete os valores da cidadania”, complementa.

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Tags: finanças-pessoais, educação-financeira, terapia-financeira, família-finanças-orçamento, planejamento-financeiro

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

PIB aumenta R$ 1,78 a cada R$ 1 investido no Bolsa Família, diz Ipea

Matéria publicada em Portal Fator Brasil

Brasília – Criado pela Lei 10.836, de 9 de janeiro de 2004, o Bolsa Família vai completar dez anos. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a cada R$ 1 investido no programa de transferência de renda provoca aumento de R$ 1,78 no Produto Interno Bruto (PIB).

O estudo aponta ainda efeitos do programa no consumo das famílias. "O Programa Bolsa Família é, por larga margem, a transferência com maiores efeitos sobre o PIB, que aumenta R$ 1,78 a cada R$ 1 adicionado ao programa. Ou seja, nessas condições, um gasto adicional de 1% do PIB no programa, que privilegia as famílias mais pobres, gera aumento de 1,78% na atividade econômica – e de 2,40% sobre o consumo das famílias –, bem maior que o de transferências previdenciárias e trabalhistas crescentes de acordo com o salário do beneficiário", dizem os pesquisadores em trecho do livro Programa Bolsa Família: uma década de inclusão e cidadania, que será lançado no próximo dia 30.
Conforme o estudo, o programa reduziu em 28% a extrema pobreza no país, entre 2002 e 2012. "Sem a renda do Programa Bolsa Família, a taxa de extrema pobreza em 2012 seria 4,9%, ou seja, 36% maior que a observada com o programa", diz o capítulo do livro que trata dos efeitos macroeconômicos do Bolsa Família, divulgado pelo presidente do Ipea e ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri, que assina o capítulo junto com os pesquisadores Fabio Vaz e Pedro de Souza.

Os pesquisadores concluíram que o programa contribuiu para aumentar a freqüência escolar e queda da repetência, da inatividade de pessoas classificadas como “nem-nem” (não estudam nem trabalham), da mortalidade em crianças menores de cinco anos e da prevalência de baixo peso no nascimento, além de crescimento na proporção de crianças com vacinas nas idades corretas. Os estudos não indicam estímulo à informalidade e à fecundidade, segundo o Ipea.

Na apresentação dos dados, o programa recebeu o 1º Prêmio Award for Outstanding Achievement in Social Security, concedido pela Associação Internacional de Seguridade Social, na Suíça, em reconhecimento ao combate à pobreza e na promoção dos direitos sociais da população de baixa renda. A organização tem 330 filiadas em 157 países. A cerimônia oficial de premiação será em novembro, no Catar.

Para a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, os dados “derrubam todos os mitos sobre o Bolsa Família, como o da preguiça e o da informalidade, e comprova estatisticamente os seus efeitos positivos”, e rebate as críticas de assistencialismo e gastos elevados. De acordo com a ministra, esses efeitos não se deram apenas em relação à distribuição de renda, mas também na qualidade de vida das famílias beneficiadas pelo programa, em questões como educação e redução da mortalidade infantil.

Atualmente, o programa beneficia 13,8 milhões de famílias, quase 50 milhões de pessoas. Em 2013, o orçamento previsto é R$ 24 bilhões, cerca de 0,46% do PIB, segundo o ministério.

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