sexta-feira, 1 de julho de 2011

Ceará é líder na exportação de frutas

Por Odelmo Diogo - Blog TRADE-OFF

Com exportações no valor de US$ 281,6 milhões correspondentes a 32,2% das frutas brasileiras exportadas em 2010, o Ceará é o estado brasileiro que mais exporta frutas. As informações foram divulgadas em publicação do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE) intitulada de Agronegócio Cearense: Um Balanço de 2010 e Desempenho no 1º trimestre de 2011.

A fruta mais produzida no estado é a banana com 28,4%. Em seguida aparece maracujá com 15,9% e o melão 13,8%, da produção frutífera do Ceará. A produção total do estado no ano de 2010 foi de 1,06 milhões de toneladas, correspondendo a um valor bruto de produção de R$ 752,4 milhões.

A pauta de exportação do estado, no que diz respeito a frutas, é formada principalmente por castanha de caju (64,7%), melão (26,4%) e banana (4,0%). Apesar de avanços na produção de outras frutas, a castanha de caju ainda lidera o ranking das exportações frutíferas.

Merece destaque o fato de que, apesar do conhecido fenômeno da “seca”, o estado conseguiu avanço na produção frutífera nas últimas duas décadas. No entanto, considerando as atividades vinculadas a cadeia do agronegócio cearense, a produção de grãos, massiva em mão-de-obra, gera flutuações no nível de emprego e renda no interior do estado em decorrência de oscilações nas safras. Assim, oscilações das safras implicam em oscilações no nível de emprego do interior do estado.


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MEC quer mais 4 milhões de universitários até 2020

Agência Cãmara de Notícias

O secretário de Educação Superior do MEC, Luiz Cláudio Costa, afirmou ontem que o governo espera, até 2020, aumentar em 4 milhões o número de estudantes universitários (de todas as idades) no País. Atualmente, 5,9 milhões de alunos estão em faculdades públicas ou privadas, conforme dados oficiais. O ensino superior foi tema de audiência pública da comissão especial que analisa o Plano Nacional de Educação (PNE - PL 8035/10) – a proposta define metas para a educação brasileira nos próximos dez anos.

Luiz Costa disse também que a meta prevista no PNE de que, em 2020, 33% da população entre 18 e 24 anos estejam na universidade será atingida antes do prazo. "Não há dúvidas de que conseguiremos, porque temos ações que apontam para isso e já tivemos aumento significativo nos últimos anos. Hoje, 17,4% dos jovens entre 18 e 24 anos estão nas faculdades ou já concluíram o curso. Esse é o número correto com que trabalharmos", disse.

Vagas ociosas
O representante da Associação Nacional dos Centros Universitários (Anaceu), Celso Frauches, ressaltou que o número de vagas existentes hoje no País é suficiente para a expansão da educação superior. Segundo ele, no ano passado, ficaram ociosas 1,6 milhão de vagas em universidades – 40 mil delas em instituições públicas.

Para Celso Frauches, as deficiências da educação básica dificultam o acesso ao ensino superior e ajudam a justificar o fato de, anualmente, cerca de 500 mil alunos abandonarem a universidade antes da formatura. “Na maior parte das vezes, isso acontece porque os estudantes não acompanham o ritmo das aulas. Eles não tiveram na escola conhecimentos mais aprofundados de matemática, biologia e outras ciências”, argumentou.

O representante da Anaceu ressaltou ainda que muitos estudantes não conseguem tirar boas notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que é usado como requisito para o ingresso em boa parte das faculdades. “Para esse quadro mudar, precisamos melhorar a qualidade da educação básica”, reiterou.

Ausência
O presidente da comissão, deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), lamentou a ausência, no debate, de representantes da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). "As universidades federais precisam entender que elas não constituem um Estado dentro do Estado, que elas precisam se aproximar, participar das reuniões e dar sua contribuição”, afirmou.

A comissão especial realizará audiência pública na próxima quarta-feira (6) para discutir o financiamento da educação. Pelo PNE, o Brasil deverá investir, em 2020, pelo menos 7% do PIB no setor. O objetivo da reunião é justamente saber de onde virão esses recursos.