terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sob críticas, bancos dos EUA perdem clientes para Walmart

Sílvio Guedes Crespo
Matéria publicada no Blog Radar Econômico


Em meio à irritação de grande parte da sociedade americana com os bancos – não apenas por ideologia, mas também por questões práticas, como a criação de novas taxas – muitos correntistas estão fugindo das instituições financeiras até onde podem e migrando para o Walmart, informa uma reportagem do "New York Times".

“Os americanos dizem que estão fartos dos bancos. Eles protestam em Wall Street e esperneiam por causa de taxas. Agora surge um beneficiário inusitado: o Walmart”, diz o jornal. 

Nos Estados Unidos, a rede de supermercados mantém em mais de mil lojas um setor chamado Money Center, no qual os clientes podem descontar cheques, pagar contas, enviar dinheiro ao exterior e colocar créditos em cartões de débito pré-pagos. 

Os serviços, que já vinham sendo muito utilizados por quem não tem conta em banco, agora têm atraído cada vez mais os bancarizados insatisfeitos. 

Mesmo nas lojas do Walmart em que não há Money Center, conta o “Times”, também existem quiosques ou balcões que oferecem serviços desse tipo. 

Banqueiros temem que Walmart combine suas operações de varejo com as financeiras e esvazie os negócios dos bancos pequenos. A rede de supermercados, por sua vez, argumenta que simplesmente oferece serviços financeiros mais barato do que os concorrentes, assim com produtos do supermercado. 

Indignados 

No fim de setembro, o Bank of American anunciou que criaria uma taxa mensal sobre cartões de débito. Outros bancos, como o Wells Fargo e o JP Morgan Chase, testaram em alguns Estados uma tarifa desse tipo, alegando que a maior regulação do sistema financeiro aumentou os custo dos serviços. No entanto, os bancos desistiram após protesto de clientes indignados. 

A irritação com as taxas bancárias leva clientes a procurarem não só o Walmart, mas cooperativas de crédito. Nas últimas quatro semanas (portanto, logo depois que o Bank of America criou a taxa), 650 mil pessoas aderiram a esse tipo de serviço, segundo a associação do setor.


Confira as últimas postagens
Alto consumo e pouca poupança dificultam investimento no Brasil
Afinal, quando é positivo adquirir consórcio?
A tecnologia está matando empregos?
Iene muda futuro de Honda e Toyota
Aviso prévio maior deverá aumentar rotatividade de trabalho nas MPE...
Setor imobiliário cria riscos para economia chinesa
Banco de investimentos de Dubai cria fundo de futebol
País importa inflação vinda da China
O fim da crise

Tags: crise-americana, bancos-eua, insatisfação-sistema-financeiro, Occupy-Wall-Street, crise-eua, credibilidade-bancos-americanos, crise-hipotecas

Nenhum comentário:

Postar um comentário