quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A importância e os desafios das MPEs

Por Odelmo Diogo - Blog TRADE-OFF

Levantamento do IBGE mostra que micro e pequenas empresas representavam em 2009 um percentual de 98,3% do total de empresas e outras organizações legalmente constituídas no país. O período de crises econômicas experimentado pela economia brasileira, a partir do final dos anos 70, gerou o aumento da taxa de desemprego e a elevação do nível de informalidade, contribuindo assim para o surgimento de um grande número de pequenos negócios. Por sua vez, o grande volume desses “micronegócios” criou a necessidade de estabelecimento de legislação específica que tivesse a finalidade de facilitar a assistência e a formalização desses pequenos empreendimentos.

Verifica-se que a importância das MPEs é decorrente, tanto do grande volume de produtos e serviços por elas produzidos e comercializados, como pelo grande número de empregos por elas gerados. Em 2009, micro e pequenas empresas eram responsáveis por 39,4% dos empregos formais no País. Dessa forma, elas podem ser vistas como uma espécie de amortecedor do desemprego.

Mais sobre o assunto:
Afinal, cadê o Gerente Financeiro das MPEs? - Portal da Classe Contábil
Afinal, como fica o dilema contábil das MPEs?
Brasil é o país mais empreendedor do G20

Ainda em relação ao mercado de trabalho, as MPEs representam uma opção de ocupação para uma significativa parcela da população, que possui condição de desenvolver seu próprio negócio, e garantem ainda uma oportunidade de emprego formal ou informal para uma mão-de-obra excedente, em geral com pouca qualificação, que não encontra emprego nas empresas maiores.

Apesar da grande importância das MPEs para a economia brasileira, alguns problemas presentes no cotidiano desses pequenos negócios ainda precisam ser superados. Dentre os principais problemas é essencial citar a elevada taxa de mortalidade, o gerenciamento financeiro amador, a baixa qualificação da mão-de-obra, a assimetria de informações e a pouca disponibilidade de capital de giro próprio.

A solução dos problemas apontados não é fácil e passa pelo envolvimento do Estado e de outras instituições que atuam com foco no fortalecimento do segmento MPE. Neste sentido, observa-se que o SEBRAE desenvolve um papel diferenciado e pode ser utilizado de forma mais intensa. No entanto, o papel principal cabe ao Estado compreendendo desde a qualificação da mão-de-obra e dos próprios dirigentes até a disponibilização de programas e linhas de crédito mais acessíveis por meio de bancos vinculados ao governo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário